domingo, 25 de dezembro de 2011

Papai Noel

[Desconstruindo Papai Noel]
Quando era criança eu sempre me perguntava o motivo de o velhote só chegar à meia noite do dia 24 para o dia 25. Convenhamos que, só pela ansiedade dos presentes, esperar até meia noite naquela época era tenso. O tempo simplesmente não passava.
Enfim, qual a razão do maracujá de gaveta barbado demorar tanto? Simples! Primeiro pq mora longe pra caralho, lá na PQP, e qualquer semelhança com a música Toda Puta Mora Longe do Velhas Virgens não é mera coincidência. E segundo pq ele passa o dia 24 inteiro dando e comendo o Rudolph, a rena do narizinho vermelho. Sugestivo o 24, não?
O resultado é esse que vcs estão vendo: o cara chapado, praticamente em coma alcoólico e nesse estado deplorável enquanto as criancinhas de todo o mundo o esperam.
Vc vai mesmo permitir que essa coisa aí coloque seu filho no colo ao entregar os presentes?
Eu não!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Facebook e o Holocausto

Algum tempo atrás alguém postou, no Twitter, o link de uma matéria sobre um piá ter processado o Facebook por armazenar dados não autorizados sobre ele, como fotos, o que curtiu ou não, entre outras coisas. Como ganhou a causa, o piá tbm exigiu um relatório detalhado sobre todas as informações que o FB possuía dele, no que recebeu um calhamaço de 1200 páginas.
Logo que o regime nazista assumiu o poder no início dos anos 1930, começaram a fazer um recenseamento com perguntas aparentemente simples sobre o modo de vida da população. Muito se questiona sobre a eficácia com que os nazistas encontraram e deportaram os judeus durante a 2ª Guerra Mundial e a resposta é simples: foi dessa forma aparentemente inocente que os identificaram. Em nome do lucro, os americanos forneceram a tecnologia necessária à catalogação (máquinas leitoras de cartão perfurado - precursora da informática moderna) que permitiu tamanha precisão. Confira este link para mais detalhes.
Resolvi, de brincadeira, criar um perfil fake no FB só pra bisbilhotar (e pra parar de usar a conta da minha mãe para estes fins). Pelo e-mail que usei para me logar, uma tal de Elisabete já havia mandado convite de amizade, o qual neguei por não conhece-la. E mesmo que conhecesse não aceitaria o convite pq não quero ter perfil ativo. Para minha surpresa, mesmo depois de ter negado o convite, o FB ainda perguntou se eu a conhecia fora do mundo virtual. O que interessa para um site como este saber se eu conheço a pessoa no mundo real? Boa coisa não é.
Voltando para a época atual, sabe aquelas perguntas bobas que a gente responde sem nem pensar direito? Pois é, convém pensar um pouco melhor antes de responder ao censo e àquelas perguntas idiotas do questionário sócio-econômico do ENEM ou dos Vestibulares uma vez que não sabemos quem tem acesso a estes dados e muito menos quais os reais interesses. No final das contas minha aversão às redes sociais tem algum fundamento que vai além do meu senso antisocial. Uma coisa é certa: nada é por acaso e qualquer semelhança com recenseamentos anteriores não é mera coincidência. Fiquem ligados!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Papo Nerd 6

Vc já pensou em viajar no tempo? Certamente que sim, principalmente se for fã de filmes como “De Volta para o Futuro” ou um tímido inveterado que gostaria de dizer a si mesmo pra não ter medo de chegar junto daquela guria do colégio pq ela lhe dirá “sim”. E se vc se deslocar no espaço-tempo sem nem saber?
Sabe esse monitor para onde vc está olhando agora? Pois é, para que seja possível enxerga-lo é preciso que ele emita luz e que ela chegue até seus olhos (qdo estiver ligado). Da mesma forma, qdo ele estiver desligado é preciso que haja uma fonte luminosa no ambiente, a luz refletirá nele (monitor) e chegará até seus olhos para que vc o enxergue. Se não houver nenhuma fonte luminosa no ambiente vc não conseguirá enxergar nada, justamente pq não há luz chegando aos seus olhos. Agora que entendemos como funciona o processo da visão já é possível pirar o cabeção no deslocamento temporal.
Lembra daquelas aulas de História em que a gente desenha uma linha do tempo linear? Nada mais é do que um risco reto, seguindo a linha da folha do caderno. Vamos marcando os anos de forma crescente, começando pela esquerda e aumentando conforme avança para a direita.
Uns físicos muito loucos (ou atrasados, dependendo do ponto de vista) acreditam que o espaço-tempo é linear e, por isso, impossível de se avançar ou retroceder nele. Viajando na maionese, imaginemos que seja possível um veículo se descolar em velocidade superior à da luz, que é de 300 mil quilômetros por segundo, e que esse veículo se deslocará de um ponto “A” qualquer até um ponto “B”. Se estes pontos estiverem a 300 mil quilômetros de distância um do outro, a luz demorará exatamente um segundo para se deslocar de “A” a “B”. Supondo que os pontos estejam a 600 mil quilômetros de distância um do outro e que o veículo se mova a 600 mil quilômetros por segundo, a luz demorará 2 segundos para ir de “A” até “B”, enquanto o tal veículo demorará apenas 1 segundo para se deslocar pelo mesmo percurso. Como o veículo em questão se move mais rápido que a luz, ele chegará ao ponto “B” antes que a luz refletida do objeto chegue lá. Ao chegar em “B”, a pessoa que estiver no veículo visualizará o ponto “A” no segundo anterior ao de ter saído de lá, ou seja, retrocedeu um segundo no tempo. Ao passo que se a pessoa se deslocar do ponto “B” para o ponto “A” visualizará a luz instantes posteriores. Traduzindo em miúdos, avançará ao futuro. Muito louco, não?
Uma outra vertente da Física acredita que o espaço-tempo seja uma espiral, onde passado e futuro ocasionalmente se encontram. Nos deslocamos por ele sem nem termos consciência disso e, em tese, nosso cérebro está adaptado a essas “viagens” esporádicas. Para não fritarmos nossos miolos tentando entender o que aconteceu, o cérebro automaticamente “apaga” essas experiências e pronto, a vida continua. O problema, ou a solução, é que não esquecemos completamente dessas “viagens” e por isso temos aquelas sensações de deja vu. Uma pira bem louca essa, não?
Ok, ok, antes que eu perca meus dois leitores já adianto que não andei fumando nada. Não posso citar nomes e nem fontes pq não me lembro onde li essas paradas, além de isto não ser um artigo científico e nem nada, mas as teorias são perfeitamente válidas.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sinceridade

Quando eu tinha uns 9 anos de idade e estava na 3ª série, a professora inventou de fazermos um amigo secreto no final do ano. A ideia da “cabeça-de-latinha” era desenvolver o lado sociável dos alunos ao escrever um cartãozinho para o tal amigo e pela troca de presentes (que era uma caixa de bombons).
O piá que se sentava na minha frente era a personificação perfeita do mala-sem-alça. Só fazia bagunça, abria a boca pra falar besteira bem na hora da explicação da professora, tirava sarro da menina que eu gostava bem na minha frente (ele não sabia que ela era minha “musa”), entre outras peripécias, e eu não falava nada. Como sempre fui muito comportado (acho que o termo correto é “tímido”), aquilo tudo me incomodava muito.
Por ironia do destino, tirei justo ele como amigo secreto. No tal do cartãozinho eu escrevi que lhe desejava um feliz natal, com muitos presentes e próspero ano novo (aquelas merdas que a gente escreve e recebe todo ano) e, pra fechar, que esperava nunca mais ve-lo.
Penso que aquela era a forma dele expressar seu gosto pela vida, de aproveitar a infância e, em parte, não merecia ter lido aquilo. Talvez hoje eu fosse menos ranzinza se tivesse levado a escola mais “na flauta”, brincado mais, zuado mais e falado mais besteira pras meninas.
Meus ataques de sinceridade são uma de minhas características que cultivo desde a infância, mas não de forma tão exacerbada. Quando esse meu lado se manifesta acabo por magoar, de forma involuntária, alguém ao meu redor.

domingo, 20 de novembro de 2011

Amor


Há quem o tenha e valorize.
Há quem tem e desperdiça.
E também há quem poderia ter, mas faz tão pouco caso que passa a possuir apenas minha total e completa indiferença.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Natureza

Às vezes ela me surpreende, mesmo nesta selva de pedra.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

USP

Tudo começou com a tentativa de assalto a um estudante da Faculdade de Economia da USP no dia 18/05 desde ano e que fatalmente terminou com sua morte. O centro acadêmico da referida faculdade organizou um protesto na manhã do dia seguinte pedindo por mais segurança dentro do campus.
A polícia foi lá, fez um convênio com a reitoria e suas passagens tornaram-se mais rotineiras, por assim dizer.
Até aí, tudo dentro dos conformes.
Não sou fã da polícia e nem de seus modos truculentos, mas ao desempenharem o trabalho pelo qual são pagos enquadraram três estudantes fumando uma couve, tempero verde, orégano, chame aquela porra do que quiser. Pode chamar pelo nome literal, Cannabis sativa, também conhecida como maconha. A partir daí baixou o santo nos universitários, saíram rodando a baiana e invadiram a reitoria pq os vagabundos foram enquadrados. Pra que?
Meu, esses estudantes estão perdendo o foco! Não estamos mais em plena ditadura onde o simples fato de estar numa faculdade seja motivo de ir passar a noite no xadrez, nem de ter esses chiliquinhos por qualquer coisa.
Querem protestar? Então que protestem por problemas reais que afetam a sociedade como um todo, como a falta de qualidade dos serviços de saúde, educação, segurança pública ou até mesmo pela corrupção, pela roubalheira descarada e pelos políticos que não fazem porra nenhuma pra merecer os salários e mordomias que ganham. Isso é motivo de protesto.
Agora vêm encher o saco por causa daqueles 3 maconheiros, possivelmente filhinhos de papai, que foram parar no xadrez? Ah, vão tudo pra merda!!!
Isso é falta de levar umas boas cintadas na bunda pra largar mão de ser besta. E não resolvendo o problema até a adolescência, então é falta de borrachada nas canelas dessa molecada mimada. No final das contas, a falta de foco os reduziu a meros vândalos.

domingo, 30 de outubro de 2011

Do que os homens gostam

...está ligado à personalidade. Por exemplo, os que estão apenas preocupados com a aparência e em fazer bonito tanto para desconhecidos quanto para os amigos só vai querer pegar as “gostosas” pq é um cara fútil. Ao passo que os que estão interessados numa boa conversa, numa pessoa cativante e divertida não se apegarão tanto aos detalhes físicos. Claro que um ou outro detalhe chamará a atenção, como cor dos olhos, cabelos, altura e afins, mas não será fator determinante.
Se alguém me perguntasse qual é a mulher ideal pra mim eu diria que é aquela que sabe desenvolver uma boa conversa que vá além de novela, Caras e Contigo. Mas se por acaso insistirem com relação a detalhes puramente técnicos como as características físicas eu diria que as magras e com seios fartos. Mas sabe o que é mais engraçado? Eu só fiquei com uma assim. As outras fugiram totalmente a esse “padrão” simplesmente pq eram divertidas, sabiam conversar e tinham um cheiro gostoso. Um prof de biologia no cursinho costumava dizer que o fator determinante a manter um casal unido por vários anos é o cheiro natural da pessoa.
Suponhamos que a preferência do cara sejam as loiras, altas, de cabelos lisos e compridos e na hora “H” ele escolhe a baixinha, magrela e de cabelos encaracolados. Nem é pelo reconhecimento de que a loira seja muita areia pro caminhãozinho dele. Mesmo pq esse lance do caminhão não quer dizer nada. Ainda que a moça seja muita areia, o que o impede de fazer várias viagens? =D Voltando, o cara escolhe a baixinha simplesmente pq a mulher que o atrai (a tal da loira blábláblá) o aterroriza, o cara literalmente treme na base e prefere chegar na que está ao lado pq, em tese, um fora dela machucará menos o ego.
Mulheres altas são estranhas, mas não pela altura e sim pelo complexo. Eu diria até que elas conseguem ser mais encanadas e complexadas que as gordinhas. Aliás, as gordinhas são umas delícias à parte. É até engraçado qdo uma mulher alta reclama que os caras não chegam nelas. Aí é que está o problema. Eles até chegam, mas daí são elas que dão pra trás e posso citar um caso ocorrido comigo há algum tempo. Eu tenho 1,63m de altura. Não sei ao certo a altura da moça, mas é pra lá de 1,80m. Ela insinuou que eu era um baixinho folgado só por ter puxado papo. Toma lá, sabichona! Fique sozinha então.
Particularmente eu prefiro gurias que estejam próximas da minha altura, digamos que de 1,55m até 1,70m esteja numa faixa boa. Concordo que qualquer coisa acima disso fique esteticamente estranho, mas como diria meu pai: “na horizontal tudo se encaixa”. Além do mais, e daí que a diferença de alturas seja estranha? As pessoas que estão olhando não estão pagando minhas contas. Consequentemente a opinião delas não importa nem um pouco.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sampa...

...é essa merda aí, coberta de poluição.
Vista do Parque Estadual da Cantareira.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dragão chinês

Recebi um e-mail alertando sobre o perigo dos produtos chineses de qualquer tipo, que vão desde roupas, passando por brinquedos e indo até guarda-chuvas, carros e afins. Já faz algum tempo que o recebi e possivelmente já o apaguei, por isso não tenho como mostrar dados numéricos e declarações de quem o escreveu que, salvo o engano, foi um professor de economia. Como o texto era longo e com algumas projeções futuras, o que o tornava meio chato de ler, farei uma síntese pra ir direto ao assunto.
As pessoas, de uma forma geral, estão preocupadas com a economia que representa em seus bolsos comprar produtos mais baratos e nem sempre de melhor qualidade. Seguindo o mesmo impulso e visando apenas o lucro momentâneo e exorbitante, empresas economizam em tributos e em mão de obra ao transferir seus parques industriais para a China, onde bem sabemos as condições em que vivem os trabalhadores de lá. Esse tipo de atitude visa o lucro puro e simples.
Enquanto a ganância os corrói, nossos parques industriais vão se degradando e gerando desemprego, impulsionados principalmente pelo marasmo em que se encontra nosso governo ao sufocar a população com impostos abusivos ao mesmo tempo em que abrem as pernas para produtos estrangeiros.
O perigo à nossa economia aparecerá de médio e longo prazo. Com a desativação dos parques industriais ao redor do mundo e com a concentração dos mesmos na China, os chineses estão rindo sozinhos. Pq? Pq agora eles vendem baratinho, mas depois, qdo todo o mundo depender deles para a obtenção de produtos industrializados, aí sim é que eles vão rir mais ainda. E será das nossas caras de tacho. Pior: poderão cobrar o que quiserem pq os trouxas capitalistas estavam preocupados exclusivamente com seus próprios bolsos.
Aos poucos estamos criando o monstro que irá nos engolir.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mulheres que mexem com minha(s) cabeça(s) 7

[Zoe Saldana]

domingo, 9 de outubro de 2011

Mulher, Mãe e Divorciada

Pensei em escrever sobre a dificuldade de encontrar alguém com o perfil “ideal”, mas acabei por mudar de ideia no meio do caminho e eis que disserto sobre as possíveis vantagens das mulheres, mães e divorciadas.
Note que a palavra ideal logo acima está entre aspas pelo motivo de ser apenas uma projeção mental do que seria socialmente aceitável como nora do ponto de vista da minha mãe, ou seja, algo como faixa etária entre 20 e 25 anos, solteira, sem filhos, estudante universitária ou formada. Confesso que essa projeção é bastante tentadora, mas quem disse que a vida é fácil?
Mulheres divorciadas já passaram pela experiência do matrimônio, da vida a dois e possivelmente pelo tédio da rotina. São maduras, estão vacinadas, por assim dizer, e não deixarão chegar ao nível que chegou anteriormente (espero). Elas tbm podem ser mães, o que implica responsabilidade, afinal a maternidade não é para qualquer uma. Por essas e outras é que tem vantagens sobre as adolescentes cabeças de latinha espalhadas por aí. Eu adoraria dar uma nora “ideal” pra minha mãe, mas o que fazer se é justamente o oposto que me atrai?
Querida mamãe, a vida é feita de caminhos e escolhas. Eu escolhi uma estrada que estava fechada para mim, mas ao retornar me deparei com outra. Eu sinto muito que vc não curta esta nova alternativa, mas se ela estiver aberta e me escolher é por ali que eu vou pq o que importa, no final das contas, é ser feliz.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

\oo/

sábado, 17 de setembro de 2011

Estrela do mar

Filmes de ação são os que mais me chamam a atenção. Às vezes, dependendo do meu humor, tbm pode rolar uns documentários, comédias, aventuras e até (pasmem!) filmes “mela-cueca”, aquelas romanticidades que a gente pensa que só existe na telinha. Aliás, essa palavra existe ou baixou o santo do Guimarães Rosa por um breve suspiro? Alguns filminhos “água-com-açúcar” são bons pra desacelerar, refletir e dar uma pausa na (iminente) violência urbana em que vivo, mas confesso que alguns deles são meio perturbadores. Explico. São tão perfeitinhos que, embora a arte imite a vida que imita a arte, parece uma obra de ficção, pura e simples.
A correria diária parece nos escravizar de tal forma que a única maneira de perpetuarmos nossa espécie é chegar chegando nas mulheres com as expressões mais ridículas possíveis visando apenas a cópula. E o pior de tudo é que elas caem nesse conto da carochinha.
Como tenho apenas uns 2 ou 3 leitores posso revelar alguns segredos sem medo de cair aos quatro ventos. Eis que eu não sei “chegar junto”, fazer o “approaching”, saca? Fico numa puta dúvida de como puxar papo, o que dizer naqueles primeiros 10 segundos antes que a guria me ache um idiota ou algo do tipo. E tudo isso pq meu pai não me ensinou a ser um cafajeste fdp, aquele que “come” uma no café, uma no almoço e duas na janta. Não que a culpa seja dele, não é isso! Ao mesmo tempo em que sou tímido, tbm respeito a mulher como ser humano e não apenas como um objeto. Sou adepto de uma boa conversa sobre assuntos diversos, sem aquela neura de mostrar o currículo nos primeiros minutos da conversa e tentar impressionar com números, tanto de feitos quanto da conta bancária. Pra mim, inteligência é afrodisíaco e só me chama atenção a guria que sabe prosear sem assuntos clichê e que vão muito além de Contigo, Caras, novela e frases feitas. Acho que nasci no século errado. Conhecer a guria hj e ela já estar dormindo na minha cama no mesmo dia ou, no máximo, no dia seguinte não é a minha praia. Eu gosto de cortejar, deixar as coisas acontecerem naturalmente.
Assisti outro dia a um desses filmes “mela-cueca” em que a moça levou um pé-na-bunda do namorado e está fazendo de tudo para voltar com ele. Um professor de biologia, querendo provar sua tese, topa ajuda-la na reconquista. Numa determinada parte do filme ela vai ao laboratório onde ele trabalha e encontra a “casca” (na verdade era um exoesqueleto) de uma estrela do mar e estava faltando uma das “pernas”. A guria achou que estivesse quebrada, ao que o professor explicou que a estrela do mar, quando se sente sozinha, solta uma das “pernas” para que esta forme um novo ser e passe a fazer companhia pra ela. Metaforicamente falando, claro, afinal como uma estrela pode se sentir sozinha?
Às vezes eu queria ser uma estrela do mar só para poder formar a “tampa da minha panela” a partir de um membro autoamputado e não mais passar pelo desgosto de criar expectativas acerca das gurias que só tiram onda (mesmo sem querer nada comigo não saem do meu pé) e quebrar a cara na sequência, de ser só mais um.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Besteirol

Nem lembro mais quando foi a última vez em que escrevi algo para rir, se é que alguma vez já o fiz. Receberei um pequeno grupo de amigos (amigas, na verdade) em minha casa no final do ano e, como não tenho espaço pra todo mundo, resolvi tirar sarro delas (pra não perder o costume).
Numa despretensiosa troca de e-mails eu disse que daria pra acomodar mais uma em minha cama se ela não se importasse em dividi-la comigo, ao que ela respondeu não se importar se não for “molestada” durante a noite.
Não poderia deixar por menos em minha réplica:

Esse negócio de “não molestar” durante o sono é complicado. Veja bem, no final do ano é beemmm provável que esteja fazendo aquele calorzão. Consequentemente o traje de dormir será o "pijama" de verão, que no meu caso é cueca samba-canção e camiseta. Dormir de conchinha em trajes confortáveis com uma bela moça favorecerá uma ereção involuntária que, sendo vc a compartilhar da minha cama, será sumariamente cutucada em suas partes posteriores. Esse cutuco, mesmo de leve, deixar-me-á inspirado a dar liberdade à minha mão boba que, diga-se de passagem, tem vida própria e independe de comandos meus. Resumindo, compartilhar o leito no verão será foda, literalmente falando.

Para o bom andamento das coisas e visando principalmente minha saúde, espero que os respectivos namorados delas não acompanhem o blog.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pátria que nos pariu!

Um dia desses, li pixado num muro: “Pq será que político não faz greve?”. Simples. Político não faz greve pq são eles mesmos que decidem seus aumentos salariais e verbas adicionais para melhorar suas condições de “trabalho”, o que no final das contas acaba indo parar em seus bolsos, mesmo que não contratem ninguém, não tenham despesas de gabinete, nem de viagens. Traduzindo em miúdos, tomam posse da grana sem fazer porra nenhuma mesmo.
Enquanto isso, servidores públicos municipais de SP fazem greve por reposição de perdas e não por reajustes salariais, uma vez que depende do orçamento público (segundo Irene Batista, presidente do sindicato dos servidores públicos). Aí nosso “querido” prefeito diz que o funcionário do serviço funerário está “se recusando a prestar seus serviços num momento difícil para outro ser humano”, conforme vídeo, como se ele estivesse preocupado. Aham, senta lá. Como diz o ditado, “no dos outros é refresco”.
Os políticos promovem discussões intermináveis e não chegam a consenso nenhum qdo o assunto é de interesse público, mas são capazes de resolver em meia hora seus reajustes salariais, aumentos de mordomias e absolvição de colegas corruptos, safados e afins. Eles estão lá para nos representarem e não servirem apenas a seus próprios interesses. Estamos num estado democrático de direito, certo? Então tomemos as rédeas da situação!
Os políticos honestos podem ficar para resolver os assuntos relativos ao interesse coletivo. Já todos os sem-vergonhas serão demitidos por justa causa (“funcionário” vagabundo tem que ir pra rua mesmo e sem nenhum direito - Aliás, isso me lembra de uma música do Gabriel Pensador, especificamente entre 0’35’’ até 0’53’’) e nós, o povo, resolveremos assuntos do interesse deles através de referendo, especialmente nos casos que envolver destino correto de verba pública e aumento salarial. Simples assim.
Caso a situação não se resolva eu serei coroado Imperador absoluto e acabarei com o ninho de cobras, enviando-os diretamente para a guilhotina. Ou para a forca, dependendo do meu humor. Falando sério agora, caros leitores, não podemos deixar a situação do jeito que está, como se fosse a casa da mãe Joana. Algo precisa ser feito antes que tudo vá pra pátria que nos pariu!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Born to be King



Comemorando o 65º aniversário de Freddie Mercury.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Carniça

Quem é o xarope que tira foto de bicho morto? Eu!!!
Havia uma razão por trás dessa morbidez toda e a imagem fez parte de um trabalho de Fotografia “Avançada”.
Os restos mortais dessa pobre criatura estavam no meio da calçada e quase pisei nela. Ou melhor, no que sobrou dela. Lembrei dois passos adiante que precisava de uma foto para simbolizar “carniça” no tal trabalho. Simplesmente parei, saquei a câmera e comecei a fotografar de perto. Os passantes, enxeridos, tbm pararam pra ver o que eu estava fazendo e saíam abismados com o que viam.
Ninguém mandou serem curiosos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Introspecção

Santa Cândida, Tingüí, Bacacheri, Boa Vista,
Cabral, Juvevê, Alto da Glória, Centro.
Campina do Siqueira, Bariguí até Campo Comprido.
Batel, Botânico, Água Verde, Santa Quitéria.
Praça da Espanha, do Japão, Osório e Rui Barbosa.
Comendador Araújo, Calçadão da XV, Nicarágua e México.
Campo Largo e a Fazenda, lá onde Judas perdeu a bota.
Coração em frangalhos, vazio.

Aquela saideira que teima em acabar. Hip-Hip-Hurra!
Besteiras aleatórias ditas ao vento – Risos.
Até papos “esquisitos” sobre salão, corte de cabelo e unhas.
E sem novidades “Mocorongas” pra contar.
Meus amigos, vcs fazem uma puta falta.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Onde está meu amor?

Minha relação para com a cidade de São Paulo é de amor e ódio numa tênue linha que separa o tédio do pouco caso. Mesmo assim ainda é possível dizer que fiquei marcado de forma positiva, de um jeito ou de outro.
Tudo começou assim, como quem não quer nada, com um simples comentário num blog qualquer. Discussões mais acaloradas sobre assuntos diversos exigiam outros meios de comunicação mais precisos e discretos. Primeiro veio o e-mail, depois o Messenger e daí para o telefone não demorou muito. Papo vai, papo vem, horas diárias ao telefone até que, parafraseando Renato Russo, “veio mesmo de repente uma vontade de se ver”. Nos encontramos pontualmente ao meio dia de um sábado ensolarado na Estação São Bento do Metrô para um programa tradicional: o pastel do Mercado Municipal. Satisfeita a necessidade fisiológica que o horário impunha, mas não a de passarmos mais horas juntos, o passeio prosseguiu numa caminhada descontraída pelo centro até a Praça Coronel Fernando Prestes, ao lado da Estação Tiradentes do Metrô. Os arredores do local são recheados de curiosidades históricas que talvez poucos conheçam, como a arcada de pedra que já foi um presídio feminino no início do século XX na fachada de um banco e o fato de o Parque da Luz ter sido o primeiro Jardim Botânico de São Paulo, entre outras.
Aquele mês de Janeiro estava particularmente quente e uma parada para uma cervejinha trincando de gelada se fazia necessária num barzinho aconchegante na parte de trás da Pinacoteca e com vista para o coreto do parque. Tudo era motivo de comentários, desde a vegetação até os passáros e o contraste com a selva de pedra que se estendia logo ali depois dos portões. O coração batia forte e o sol já começava a se pôr. Ainda não havia “lua de prata no céu”, mas “foi assim que a conheci” e “um beijo aconteceu”. O mundo poderia ter acabado ali que não me importaria. Naquele momento eu era a pessoa mais feliz que já existiu.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

midlewintertears

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Papo Nerd 5

No antigo Império Romano, o deus Baco, do vinho, era frequentemente homenageado com suntuosas festas que podiam durar vários dias. Mas não era só durante o dia, pra dormir tranquilo à noite e continuar festejando no dia seguinte. Não mesmo. As festas duravam dias e noites seguidas.
O convidado comia e bebia feito um porco até se empanturrar, depois retirava-se momentaneamente para um cômodo onde uma bela escrava nua o aguardava com uma pluma de pavão, ambos besuntados de óleos aromáticos, e uma ânfora. A escrava introduzia graciosamente a pluma goela adentro do sujeito para provocar-lhe o vômito, que era “devolvido” dentro da tal ânfora. O fulano, refeito, aproveitava a oportunidade para satisfazer seus ímpetos sexuais com a pobre moça e retornava à festa pronto para empanturrar-se novamente. O ato se repetia enquanto houvesse comida, bebida e convidados ávidos pela diversão.
O nome da festa? Homenagens ao deus Baco não poderiam ter outro nome senão Bacanal.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Divagações 10

"Se eu não vejo a mulher que mais desejo
Nada que eu veja vale o que não vejo"

Poema de Augusto de Campos, adaptado do texto do trovador Bernart de Ventadorn.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Lacinho

Estudei o Primário e o Ginásio (atual Ensino Fundamental) numa escola que mais parecia um quartel. Só faltávamos ser obrigados a bater continência para a diretora. Uma das funcionárias (a tiazinha do portão) quase chegava a fazê-lo, simbolicamente falando, de tão puxa-saco e dedo-duro que era. Apesar da rigidez disciplinar e das cafonices esporádicas, foi lá que aprendi a ser gente. Todas as comemorações cívicas eram lembradas em suas respectivas datas antes do início das aulas, com cada turma cantando uma música temática. Cantávamos o Hino Nacional todas as quartas-ferias (envergonho-me profundamente por ter esquecido a letra) e o hino da escola todas as sextas.
Não sei qual foi a intenção, mas qdo estava na 3ª série, a coordenação pedagógica inventou de nos enfeitar com uma porcaria de um lacinho cor de merda, preso sobre o bolso da camisa com um daqueles alfinetes de pressão. Pasmem! O uniforme era camisa social branca, com o logotipo da escola bordado sobre o bolso, calça social e sapato marrom, um porre. Ah, e o blusão era amarelo mostarda. Chique no último! Lá pela 6ª ou 7ª série a escola se tocou do ridículo e alterou o uniforme para algo mais confortável, semelhante aos uniformes escolares de hj.
Voltando para o lacinho, todos os alunos o usariam no 1º mês daquela modinha sazonal. No segundo mês, ele mudaria para amarelo ouro para os que se destacassem de alguma forma, melhorando notas e comportamento. Por fim, os que se destacassem mais o trocariam para marrom (traduzindo, aqueles que fossem catequizados e virassem umas múmias nerds). Fui usando aquela porcaria e levando a ideia de girico em banho-maria. Qdo chegou o 2º mês, duas de minhas primas ganharam o lacinho amarelo por terem melhorado algumas notas (e isso pq elas falavam mais do que taquara rachada). O lacinho marrom ficou para o piá mais imbecil e puxa-saco da turma, aquele que tirava 9,5 ou 10 em tudo, falava “amém” para o que a professora dizia e dedurava os colegas.
Nunca fui um aluno exemplar com relação a notas, mas elas tbm não eram ruins. Digamos que oscilava entre 7 (média para passar) e 8 em sua grande maioria. Às vezes rolava alguma coisa abaixo da média, nada preocupante, e tbm um 9 ou 10. Diferentemente do que possam pensar, eu tbm nunca fui do fundão. Sempre sentei no meio, às vezes na frente, e era introspectivo – pra não dizer tímido, coisa que ainda sou. Apesar disso tudo, continuei com o mesmo lacinho cor de merda. Naquele segundo mês eu descambei pra putaria. Não usava mais o treco na camisa (a tiazinha do portão vivia me aporrinhando pra usar aquela merda ou iria me dedurar pra coordenação), minhas notas caíram um pouco, meu comportamento piorou e ainda dei uma ombrada no “Pônei Maldito” do lacinho marrom por ter feito menção de me caguetar para a professora (O “piá de prédio” passou o resto da tarde chorando feito uma gazela). Pelo menos aboliram o treco no 3º mês, acredito eu que por terem criado (ou evoluído) monstrinhos e focos de resistência nas outras turmas.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Caveira

Fiquei sabendo do caso de um jovem de 23 anos que veio a falecer na tarde deste último sábado, vítima de um assalto. Depois de ter entregue relógio e celular, o meliante atirou pela lateral esquerda do rapaz, com o projétil saindo pela lateral direita. No trajeto, a bala estraçalhou o baço, um dos rins, a veia cava inferior (que leva o sangue da parte inferior do corpo de volta ao coração) e a veia mesentérica (responsável pela irrigação do intestino). Traduzindo: ficou dois dias internado, recebeu 5 bolsas de sangue e veio a óbito pela extensão dos ferimentos.
O caso daqueles três adolescentes chapados me fez refletir acerca da violência urbana sem levar em conta a questão social do indivíduo que não teve oportunidades na vida e viu alguma perspectiva na atividade ilícita, ou seja, não encontrou trabalho pq não teve estudo de qualidade e sua única opção foi cair na criminalidade. Será que foi a única mesmo? É bem provável que me contradiga em alguns argumentos por não ter encontrado uma possível solução pacífica a este problema que aflige a todos nós.
Nada se sabe sobre o autor do disparo no caso citado acima. Mas em outros tantos casos, o meliante é preso em flagrante, chega à delegacia e é liberado ou, no caso de condenado pela justiça, cumpre um terço da pena e é solto por bom comportamento ou aproveita a deixa daquelas porcarias de indulto de natal, ano novo, dia das mães, o inferno que seja, e não retorna à prisão. Se prisão resolvesse algo, o cara ia pra lá, cumpria pena e retornava reabilitado à sociedade. Mas não! Saem de lá ainda piores. Veja bem, o cara é preso, sai numa boa e volta à criminalidade.
E ainda me chamam de radical quando digo que esses vagabundos só tem jeito qdo amanhecem no meio do mato com a boca cheia de formiga. Morreu? Então que vá para o diabo que o carregue. Pelo menos o lazarento do “presunto” não ressuscita pra infernizar a vida do cidadão de bem.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Bunda de Cavalo

O homem, com seu pensamento voltado única e exclusivamente a desenvolver coisas para a guerra, achou que andar a cavalo já estava fora de moda e, por isso, inventou a biga. O conjunto todo era muito pesado para um único cavalo, que cansava rápido, se tornava lento e perdia a utilidade militar. Como o homem só vê utilidade prática nas coisas quando é possível transformá-la em arma para matar seus semelhantes, emparelhou dois cavalos e criou o que usualmente chamamos de “bitola”, ou seja, a largura da biga passou a ser de duas bundas de cavalo.
No antigo Império Romano era preciso ir e vir, então o homem (não necessariamente o mesmo) criou estradas. Para não atrapalhar o trânsito das carroças, a largura da estrada era de duas bundas de cavalo pra ir, duas bundas pra vir, duas para estacionamento num sentido e mais duas para estacionar no outro sentido. Pronto, estava criada a largura padrão das estradas.
Outro homem inventou o trem. Vc, caro leitor, é capaz de adivinhar a largura do vagão? Isso mesmo! Duas bundas de cavalo. A tal da bitola citada anteriormente não é mera coincidência. O homem tbm inventou o carro que, por “coincidência”, tem a mesma largura da biga. O homem é mesquinho e prefere andar em meios de transporte individuais (sozinho em seu próprio carro) ou, qdo muito, dá carona a alguém e isso só contribui para deixar ainda mais caótico o trânsito das cidades. Visando melhor aproveitar o espaço, criou um carro menor e mais estreito, com capacidade para duas pessoas, uma se sentando à frente da outra. A idéia não pegou. Pq? Pq não é legal sentar um na frente do outro. O legal é sentar ao lado. Daí o xarope inventou aquela bosta de “carro” que se convencionou chamar de Smart, que de “smart” não tem nada pq ocupa a mesma merda de espaço de um carro comum.
O homem foi ao espaço e já pousou na Lua, mas antes de voar era preciso transportar aquele monte de pedaço de metal para ser montado e se transformar numa nave espacial. Como esse material era transportado? De trem. E esse trem tem a largura do que? Duas bundas de cavalo.
Traduzindo: Segundo o prof Coelho, não importa se vc vai dar uma volta de carroça ou se vai ao espaço: o mundo se resume a duas bundas de cavalo.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cobiça

“Não cobiçarás a mulher do próximo”, principalmente quando o próximo estiver próximo. Claro, afinal não vou correr o risco de cabecear os punhos de alguém de graça, principalmente qdo este alguém é tão chegado meu. Mas não tenho como não pensar no assunto, baseado em informações que chegaram ao meu conhecimento pela boca do cidadão em questão.
Conheci essa moça outro dia, assim por acaso, e nem tive muito contato com ela. Pelo pouco que sei, é responsável, dedicada e inteligente. Como disse antes, não sei quase nada dela, mas gostaria de poder expor tudo o que sei acerca de suas qualidades. Só não posso faze-lo para não ficar tão óbvio de quem e para quem estou falando. Enfim, pouco tempo de namoro e a testa da moça já está bastante enfeitada, por assim dizer, e ela nem desconfia.
O que me deixa muito de cara com a situação é que, primeiro, ela não merecia estar passando por isso. Segundo, um cara legal como eu, que com certeza não a estaria sacaneando desta forma, estou aqui, solteiro.
Aprendi há muitos anos e da pior maneira que uma mulher não vale uma amizade. Alguém que eu considerava meu amigo deu o bote qdo menos esperava e pelas costas. Mulher de amigo meu, pra mim, é homem. Não que eu a queira para mim, muito pelo contrário (Não sei se a que eu quero não me quer ou não me quer agora, mas enfim). Só não é justo o cara te-la e tratá-la com todo esse pouco caso. Essa situação só me faz refletir até que ponto é certo ou errado cobiçar a mulher alheia.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Amy

Levando-se em conta que o estado normal da guria era estar entorpecida por alguma substância, praticamente um Kurt Cobain do sexo feminino, “passar desta para uma melhor” (ou não) era apenas uma questão de tempo. Acredito eu que tenha sido melhor assim e concordo com a afirmação (não lembro onde li) de que “é melhor apagar do que queimar aos poucos”. Pelo menos assim os fãs se lembrarão dela no auge (?) de sua fama e beleza.
Agora, o que está torrando o saco, não apenas o meu, é essa falta de assunto reinante na mídia. Pow, não está acontecendo mais nada por aí que não tenha valor-notícia? Grande Imprensa, vamos mudar o disco?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mulheres que mexem com minha(s) cabeça(s) 6

[Ah, se ela me desse bola!]

Não tenho a menor ideia de quem seja a moça, mas o que importa? As gordinhas tbm têm seus encantos!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

White Power???

Pensei em rodear sobre o absurdo que é pregar discriminação via internet, ainda mais contra uma bela morena que ganhou o concurso de Miss Itália no Mundo essa semana, mas resolvi ir direto ao ponto. Não vou me manifestar quanto a essa prática ao redor do mundo pq o que ocorre fora da Terra Brasilis não é problema meu. No entanto, fiquei espantado com as tais mensagens ofensivas à moça, principalmente em Língua Portuguesa. Explico. Esse tipo de ideologia aqui no Brasil simplesmente não se sustenta por duas questões bem simples. 1) Os únicos que podem ser chamados de brasileiros verdadeiros são os índios, e pelo que consta não são brancos. 2) O povo brasileiro é tão miscigenado que não há como isolar uma única raça (se é que pode ser chamada assim).
Pode até haver meia dúzia de gatos pingados branquelos e de olhos azuis por mera ironia do destino (uma vez que o alelo do gene destas características são de caráter recessivo), mas se analisarmos a fundo sua árvore genealógica em algum momento encontraremos um pardo, mulato ou até mesmo um negro em seus ascendentes. Não preciso ir muito longe para citar um exemplo. Conheço uma senhora muito gente boa no Paraná que agora está de cabelos brancos por ser idosa, mas em sua juventude ela era loira, de olhos azuis e descendente de alemães. Com orgulho ela se lembra de que o avô de sua mãe era negro e, por isso, herdou os cabelos ligeiramente crespos. Além do mais, o xarope que inventou esse lance de superioridade da raça branca morreu faz tempo e já foi tarde. Talvez tenha sofrido algum tipo bulling sexual na escola, mas isso é assunto pra outro post.
Divulgar mensagens ofensivas pela net é fácil pq o sujeito garante anonimato. Eu diria que é uma atitude covarde não somente pela impunidade, mas por agredirem a memória de seus antepassados. Antes de rasparem as cabeças e saírem espancando minorias por aí, será que eles se perguntaram a origem de seus cabelos cacheados ou ondulados, fisionomia arredondada de seus narizes, entre outras características? Claro que não.
Está bem claro na Constituição de 1988 o direito à liberdade de expressão, sendo vedado o anonimato. Traduzindo para a massa racista e ignorante: “Quer falar merda? Fale, mas fale na cara e assine embaixo, porra!”.
[Racista da Ku Klux Klan (KKK) é socorrido por médicos negros]
O mundo é redondo, brother. O cara que vc esculaxa hoje pode te salvar a pele amanhã, sendo que tudo o que ele precisaria fazer seria sentar e olha-lo sangrar até morrer. “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada” – Edmund Burke.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Motorcycle

Parafraseando um amigo, “Um dia estaremos assim!”.
Bebamos a isso. Prosit!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sorvete

Quando nossa ex-secretária para assuntos gerais e aleatórios veio trabalhar na casa da minha mãe, a filha dela estava com uns 9 ou 10 anos. O tempo passou, a menina cresceu e virou uma bela mulher, inteligente, responsável e sabe o que quer da vida. Uma moça de família e para casar, não fosse o detalhe básico de que ela adora aloprar os outros. Há uns 3 anos ela veio para o meu lado com uma conversa boba de irmos tomar um suco e talz, que foi quando descobri que ela estava fazendo a mesma coisa com o meu primo. Inclusive, estava ficando com ele.
Dei um corridão nela, por assim dizer, e ficamos um bom tempo sem nos falarmos. Como nesse tempo todo eu ainda morava em Curitiba foi bastante fácil. Voltamos a nos falar, apenas como amigos, lá pela metade do ano passado e, qdo estava em Sampa, ela vinha me visitar pra colocarmos a fofoca em dia.
Certo de que havia mudado e pq tive abertura para isso, a convidei algumas vezes para sairmos no início do ano. A princípio ela até topava, mas sempre inventava uma desculpa qualquer na hora “H”. Toquei um “Foda-se” e bola pra frente, afinal a fila precisa andar.
Outro dia ela puxou papo no msn e conversamos um pouco sobre assuntos aleatórios quando veio com uma ideia louca de querer tomar sorvete. Já sabendo que ela curte zoar e tirar o time de campo quando a chapa esquenta, resolvi aloprar tbm:
- Vá à padaria.
- Não posso. Agora está fechada.
- Então vá ao mercado.
- Tbm está fechado. (O papo rolou por volta das 22h).
- Vc bem que poderia comprar pra mim, né? (Insinuando que eu fosse a um mercado 24h que tem aqui perto e depois até a casa dela)
Como ela adora dar pausas longas nos momentos cruciais da conversa, resolvi fazer o mesmo jogo: marquei 5min no relógio antes de responder:
- De fato, um sorvetinho agora cairia muito bem.
Já sabendo que ela demoraria a responder, enrolei um pouco e mandei a bomba:
- Mas agora não posso. Estou ocupado.
Ela desconversou, mudou de assunto e disse que iria dormir.
Descobri algo bastante interessante: esnobar quem te esnoba não tem preço!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Renovação

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Rock n Roll Train

Comemorando esta data significativa, eis os discos que mudaram minha vida de alguma forma por terem dado início a algo maior, na ordem em que apareceram e que certamente os teria furado de tanto ouvir se fossem de vinil. Aumenta o som, cabeção!




segunda-feira, 11 de julho de 2011

Blink

sábado, 9 de julho de 2011

Tapinha 2

Quem já passou pela disciplina de Sociologia na faculdade, principalmente nas aulas da profª Lili, sabe que a violência presenciada nas metrópoles não é fato isolado de o cidadão meliante ser unicamente um vagabundo, mas tbm à falta de perspectivas com relação ao futuro e acesso deficitário às condições sociais básicas como saúde, emprego, educação e lazer. Tendo consciência de que existe a questão social, vou deixá-la de lado neste post para me ater exclusivamente à falta de rigidez educacional por parte dos pais, apenas para complementar o que foi dito anteriormente.
Estava ajudando mãe na limpeza do quintal em frente de casa um dia desses quando passaram dois piás e uma guria na faixa dos 14 ou 15 anos, visivelmente chapados e discutindo entre eles. A princípio não entendi qual era o motivo da discussão, mas o que importa? Bêbados e drogados são fodas pq não falam coisa com coisa. Virei para o outro lado pra evitar contato visual e que viessem me aborrecer. A vizinha da casa de baixo tbm estava limpando a frente da casa dela e veio comentar conosco sobre aqueles três. Eles estavam com medo de apanhar dos traficantes do bairro pq distribuíram maconha (couve, alface, tempero verde, orégano, chame do que quiser) na noite anterior e haviam esquecido de anotar no caderninho a quantidade e pra quem entregaram o “bagulho”. Ela comentou tbm que sempre leva o cachorro pra passear numa praça próxima dali, coisa de uns 100m de casa e costuma encontrar marcas de sangue com uma frequência maior do que gostaria. Dizem as más línguas que quem apronta dessas leva umas facadas às vezes.
Ainda não tive a oportunidade de ler, mas baseado exclusivamente no título de um livro de Içami Tiba, “Quem Ama, Educa”! E quem educa precisa fazê-lo de maneira enérgica às vezes, o que envolve uns eventuais tabefes. Não para machucar, mas sim para chamar à realidade e tomar juízo. Estou me referindo aos tabefes dos pais e/ou responsáveis legais pela educação do jovem, ok?
Um pai não pode levantar a mão para o filho com a intenção de educá-lo (uma vez que as palavras não surtiram efeito), mas traficante pode vir esfaquear numa boa e ninguém faz nada. O Estado prende o educador ao mesmo tempo em que faz de conta que não vê a ação do criminoso. Lamentável.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Chefes

Desde qdo comecei a trabalhar, aos 17 anos, passei pelos lugares mais bizarros possíveis em termos de respeito para com o funcionário. Não chegava a ser um atentado à dignidade humana, mas eram coisinhas, picuinhas, frescuras e afins que tiravam qualquer um do sério. Meu primeiro emprego em Curitiba foi na filial de uma empresa especializada em automação de escritórios cuja sede fica em Cuiabá. A tal empresa abriu essa filial pelo único motivo de ter ganho a licitação para prestar serviços para o Governo do Paraná nesse setor por 5 anos.
Como todos devem saber, existe uma velha rixa entre RJ e SP e só Deus sabe o motivo. Enfim, sou paulistano e o gerente, nos 6 meses em que trabalhei lá, era um lazarento de um carioca. Como os caras só tomaram vergonha na cara pra instalar o relógio de ponto pouco depois de minha saída, o controle era feito pelo relógio do xarope. Éramos em 5 técnicos e num determinado dia os outros 4 chegaram entre 7h50 e 7h55. Eu cheguei às 7h57. Como o expediente começava às 8h e, por lei, o trabalhador ainda tem 5min de tolerância, eu estaria dentro do horário legal até 8h05, ou seja, cheguei 8min antes do prazo final. O safado teve a cara-de-pau de me chamar no canto pra me encher o saco pq eu havia sido o último a chegar. FDP, né? Tudo bem, eu não deixei por menos.
Cada um dos técnicos saía com um dos carros da empresa e, qdo o carioca me enchia o saco com coisas “nada-a-ver”, como essa do horário, eu literalmente ignorava as lombadas que apareciam pelo caminho. Em Piraquara, cidadezinha da região metropolitana de Ctba, há muitas estradas de terra quase sem movimento e com várias lombadas meio altas. Não foram poucas as vezes em que meti a cabeça no teto por ter rampado nelas com o carro ou o enfiei nas poças de lama para deixá-lo imundo (uma das encheções era deixar o carro brilhando por causa da marca das copiadoras – em 2005, a patrocinadora de um dos clubes paranaenses de futebol). Em outras ocasiões eram necessárias viagens curtas. Eu pegava estrada em 4ª marcha.
Essa empresa tbm exigia o uso de trajes sociais em cores pré-determinadas, que nos foram “fornecidos”. No entanto, foi descontado em folha o equivalente a metade do valor das vestes. Por lei, se a empresa exige uso de uniforme deve fornecer ao funcionário sem nenhum custo para o mesmo. Entrei com um processo logo que me mandaram embora e ganhei o equivalente ao triplo do que haviam me descontado. E não fui o único a faze-lo.

sábado, 2 de julho de 2011

Hibakusha


Não lembro exatamente quando começou, mas já faz muito tempo que me interesso pela Segunda Guerra Mundial, aspectos políticos, histórias pessoais, feitos heróicos de bravura e coragem e aparatos militares. As guerras de hoje não tem mais o brilho de antigamente. Cheguei ao ponto de pensar: “Putz, como eu gostaria de ter lutado lá”. Não no exército americano, melhor equipado, mas sim ao lado dos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e junto de figuras notáveis como o Sargento Max Wolff Filho.
Era isso o que eu pensava até conhecer pessoalmente o senhor Takashi Morita, 87 anos, um sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima (em japonês, hibakusha). O senhor Morita contou em primeira mão a experiência de estar próximo ao hipocentro (local da detonação da bomba) de uma explosão desta magnitude. “Foi o inferno”, diz, “algo como um esbarrão do sol”. Ele estava a 1300m do hipocentro e foi arremessado a mais de 10m de distância. Muito ferido e ainda atordoado, o primeiro pensamento que lhe ocorreu foi ajudar aos outros. Sessenta e seis anos depois, o Sr. Morita viaja o mundo alertando as pessoas sobre os perigos da energia atômica, é militante ferrenho da paz e diz não guardar rancor dos americanos. “O sentimento de vingança só gera mais violência”, conclui.

Mais detalhes sobre o relato do sr. Morita podem ser lidos aqui e aqui.

Estando em Curitiba, visite o Museu do Expedicionário, situado à Praça do Expedicionário, esquina com a Rua Ubaldino do Amaral no bairro Alto da Glória.



[Foto de Jéssica Marques @jessicamlr ]

terça-feira, 28 de junho de 2011

Praceiro

Taxista, motorista de aluguel, praceiro, chamem do que quiserem. Os caras, além de se acharem os donos da rua por pararem de qualquer jeito, em qualquer lugar e a qualquer hora e só contribuírem para o caos no trânsito ainda tem a cara lavada de enrolar a clientela. Ok, não vamos generalizar pra não ofender quem não precisa/merece. Digamos que “só” uns 99% sejam assim.
Enquanto morei em Curitiba tive por alguns meses um “rolo” que morava no Mato Grosso do Sul. Devido a alguns fatores externos, digamos assim, ela não podia ficar hospedada em casa e, por isso, ficávamos num hotel na região central quando ela ia me visitar. Fui buscá-la na rodoviária numa dessas visitas e pegamos um táxi para nos levar ao hotel, que era bem próximo dali: na rua XV mesmo, em frente ao Teatro Guaíra. Não lembro o nome do hotel e, mesmo que lembrasse, não o citaria aqui. Hoje ele não existe mais e, como faz um tempão que não passo lá em frente, não tenho a menor idéia do que tenha virado. De repente virou um edifício abandonado onde os sem-teto adoram invadir e a prefeitura ou o dono adoram entrar com ações de reintegração de posse só pra colocar aquele monte de gente na rua. Enfim, o hotel é bem perto da rodoferroviária (nome bonito, não? :P ) e daria para ir a pé numa boa, exceto pelo detalhe da bagagem da moça (ia para passar 4 dias, mas parecia que ficaria um mês).
Pegamos um táxi, expliquei detalhadamente o percurso ao motorista e passei a dar atenção à dita cuja. O trajeto era simples: bastava sair da rodoviária pela Av. Pres. Afonso Camargo, fazer o retorno no Viaduto Capanema, voltar pela Afonso Camargo, entrar à direita na Mariano Torres e depois à esquerda na Rua XV, simples assim. Ele passou reto pela Mariano Torres na maior cara-de-pau e entrou na Conselheiro Laurindo. Por aquela rua também chegaria à Rua XV, mas na quadra seguinte ao hotel. Como a Rua XV é de mão única seria necessário dar a volta na Praça Santos Andrade para poder parar em frente ao hotel e isso acresceria à corrida pelo menos R$10. Imediatamente dirigi a palavra ao sem-vergonha: “O senhor passou reto por onde eu havia indicado. Vire à direita na próxima rua para cair na Mariano Torres e continue o trajeto conforme orientado”. O cara fez uma tromba enorme e seguiu o caminho certo a partir dali. Chegando ao hotel paguei a corrida e ele ainda me deu o troco errado. Fiquei puto da cara e comentei com a moça em alto e bom som para o lazarento ouvir: “Além de me dar troco errado ainda tem a cara-de-pau de fazer outro caminho pq acha que sou turista”. O pilantra teve coragem de sair resmungando.
Curti o fim de semana numa boa e, tão logo a moça foi embora, liguei na central da prefeitura pra reclamar. Não sei se surtiu qualquer efeito, mas no decorrer das duas semanas seguintes eles me ligaram umas cinco vezes pra confirmar a história (provavelmente pra ver se eu caía em contradição nos detalhes).
Quero acreditar que ele tenha levado uma comida de rabo pra aprender a fazer o trabalho dele direito. Enfim, pode ter sido uma exceção (ou não), mas o fato é que se vc não prestar atenção eles te enrolam mesmo.

domingo, 12 de junho de 2011

Devaneios 5

"Nunca digas que esqueceste um amor. Diga apenas que consegue falar nele sem chorar, pois o amor é... inesquecível." - Guimarães Rosa

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Mela Cueca

Este era pra ser um post sobre a saudade que sinto dos meus amigos curitibocas e da RMC. No entanto, o texto ficou de extrema baitolice e por isso o subtraí do produto final. Mas saibam, caros amigos, que vcs fazem muita falta.

sábado, 4 de junho de 2011

Azerutan

Era uma vez um Santos, que não era tão Dumont assim.
Ele estava mais para Assis, o São Francisco.
Mas não era só isso.
Era o Pessoa também, Seu Fernando.

"Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia farei um castelo".
Um castelo de caixotes empilhados, de onde impera sozinho]
[no topo, único.
Lá no alto do castelo, seu castelo, Azerutan tem uma vista]
[privilegiada da cidade por
sobre as cabeças dos paulistanos apressados que mal o]
[notam, imponente.

Um trocado no fundo da lata: esse é o som que o faz se mexer]
[e presentear o indivíduo parado à sua frente com informações]
[sobre seu personagem.
"Muito prazer, seu Dumont. Não sabia que vc voava".
"Eu voo, sim, criança. Esse é meu presente para vc: conhecimento".
É assim que ele contribui na disseminação da cultura, um bilhete]
[de cada vez.

Apesar da tranquilidade que sua arte o trás, nem tudo são flores.
O povo, recluso num mundo de visão estreita, não dá o devido valor.
Ele já foi derrubado, humilhado e xingado.

Mal sabem o ser extraordinário que se esconde por baixo das vestes,
professor de desenho, artista plástico, entusiasta,
que sonha em ir a Paris, berço de sua arte.

Oh, Paris. Je t´aime Paris. Cidade Luz, colorida na essência.
"Ser estátua é matar a cor, é matar a vida".
Ao contrário, Azerutan dá vida à estátua.

A mesma vida que a natureza lhe deu.
Azerutan significa natureza, ou seria ao contrário?
Basta apenas dizer Antônio Carlos.

[Foto por Karol Coelho]

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Voyeur

domingo, 29 de maio de 2011

Deu Branco

Esse mês tá bem complicado pra escrever algo decente pq, com a mesma rapidez com que as ideias surgem, elas tbm me abandonam numa velocidade ímpar. Talvez seja por falta de tempo e/ou condições de escrever na hora que elas me vêm ou pela simples preguiça de desenvolve-las. Ou qdo tenho tempo e uma ideia na cabeça simplesmente me faltam argumentos pra continuar.
Acho que tô precisando de uma musa nova. =/

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Caminhos de São Paulo 4

Continuando o passeio em direção ao bairro da Luz, passaremos em frente a uma das entradas do Parque da Luz, hoje fechada, e pela Pinacoteca. O parque foi o primeiro Jardim Botânico de São Paulo e era reservado à nata da sociedade paulistana no começo do século XX (semelhante ao que o Passeio Público representa para a cidade de Curitiba), mas foi se degradando ao longo dos anos graças à prostituição, ao tráfico de drogas e aos desocupados que ali se amontoavam. [Parte de trás da Pinacoteca, vista do Pq. da Luz – Ah, se esse granito falasse]


Tanto o Parque quanto a Pinacoteca foram reformados há alguns anos e os acessos foram totalmente reformulados. [Interior da Pinacoteca]

A entrada principal da Pinacoteca era pela Avenida Tiradentes. Tanto a entrada do parque quanto da Pinacoteca agora estão na Praça da Luz e são vigiados por seguranças terceirizados. Com a reforma, o parque foi revitalizado, teve o público restringido e agora pode-se dizer que dá para passear por lá sem se preocupar tanto. Claro que o acesso ao parque é livre, mas pelo menos há uma certa coação dos desocupados de plantão e prostitutas da região por ser vigiado. Mesmo assim é bom continuar atento. [Assinatura de Auguste Rodin em uma de suas obras, acervo permanente da Pinacoteca]

Atravessando a rua poderemos visitar a Estação da Luz, principal porta de entrada da cidade de São Paulo aos imigrantes que chegaram ao Brasil a partir do final do século XIX para trabalhar nas lavouras de café no interior paulista e norte do Paraná. Inclusive era por ela que a produção cafeeira era escoada para o Porto de Santos. [Estação da Luz]


Originalmente a Estação foi construída em 1867 e sofreu algumas reformas a partir de 1900, configurando seu modelo atual. Boatos dizem que toda ela fora importada, mas a verdade é que apenas as peças metálicas, responsáveis pela estrutura, foram trazidas de forma pré-moldada da Inglaterra para serem montadas no local e todo o madeiramento é de origem brasileira. Atualmente a Estação acomoda linhas de trens metropolitanos e uma parada da linha 1 azul, ou norte-sul, do Metrô e há um anexo em fase de construção, também do Metrô, para implementação da linha 4 amarela. Uma parte da antiga Estação foi totalmente reformada para abrigar o Museu da Língua Portuguesa, que já recebeu mais de 1,6 milhões de visitantes desde sua inauguração em 21 de março de 2006 e o consolidou como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul. [Trem da Linha Amarela do Metrô]

Atrás da Estação da Luz há a antiga Estação Júlio Prestes, onde, além de parada de trens, também funcionou o prédio do DEOPS/SP, um dos locais para onde eram levados os presos políticos tanto na ditadura de Vargas quanto na Ditadura Militar que assolou o país de 1964 até 1985. Hoje no local funciona o Memorial da Resistência como um tributo a todos os que faleceram naquele período obscuro de nossa história recente. É possível conhecer antigas celas, uma verdadeira homenagem aos prisioneiros, incluindo uma caracterização baseada nos relatos dos sobreviventes e em moldes semelhantes a como era na época.

[Ferrolho de uma das celas reconstituídas – porta real]

Seguindo pela Rua Mauá, do outro lado da Avenida Tiradentes (sentido bairro), logo na primeira quadra, há uma pequena vila, de casas idênticas e ar europeu. Era nessa vila que moravam os operários que trabalharam na construção da Estação e ficou conhecida como Vila dos Ingleses. [Vila dos Ingleses]

Serviço:
* Museu da Língua Portuguesa – Praça da Luz, s/nº (0xx11-3326-0775 ou www.museudalinguaportuguesa.org.br)
* Pinacoteca do Estado de SP – Praça da Luz, 2 – (0xx11-3324-1000) ou www.pinacoteca.org.br)

[Por enquanto é só, mas eventualmente continuará qdo eu descobrir mais curiosidades sobre esta cidade caótica]

terça-feira, 24 de maio de 2011

Brasileirinho


Já que é pra sair do lugar comum, então vou sair de vez. O que sai da mistura de uma guitarra com um cavaquinho? Orgasmo auricular!
A imagem não está muito boa pq é uma versão em TVrip, mas o que importa é o som. E só pra constar: Sim, eu estava lá. \oo/

domingo, 22 de maio de 2011

cOração


Lembrei de um comentário do Renato Russo sobre uma música dos Menudos durante a gravação do Acústico: “É cafona, mas é bonita!”. Ok, até o tecnicamente “pedra de gelo” que vos escreve amoleceu com essa musiquinha.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mulheres que mexem com minha(s) cabeça(s) 5

[Alinne Moraes]

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Corpse Bride


Nem precisava dizer, mas hoje é sexta 13 e, pelo menos para mim, não é um dia de azar. Ao contrário. Pode ser um dia de sorte. Muita sorte.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Stripped

terça-feira, 10 de maio de 2011

Melancolia sem Depressão


Ein Meer voller Seelen
Doch so allein bleibt der Mensch in sich verschlossen
Er redet viel zu viel
Doch sagt er nichts - nichts gibt er preis - nichts nimmt er auf
Nur die Fassade schmückt er treu

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Religião X Razão

Vivo numa boa com as outras religiões, desde que sejam moderadas. Fanatismo, pra mim, tem passagem livre. Não sou seguidor de nenhuma, mas se tivesse que escolher a que melhor se adapta às minhas convicções seria o espiritismo Kardecista. Meus pais seguiram essa linha de raciocínio desde que eu me entendo por gente e, pouco tempo depois do divórcio, minha mãe virou evangélica.
Um dia, do nada, ela chegou pra mim e disse que tudo o que havia me ensinado antes estava errado, que aquilo tudo era coisa do demônio e que o certo era a igreja onde ela estava freqüentando. Tudo isso por influência de uma lazarenta bitolada que trabalhava com ela. Essa “transformação” foi há 15 anos.
Até hoje estou com a xarope entalada na garganta por ter tirado minha mãe da luz da razão e a afundado nesse mundinho de visão estreita. Pelo menos uma importante batalha eu venci: a impedi de ir parar na Universal, tbm por influência daquela uma.
Minha mãe e tia vão para Egito, Israel e Jerusalém no final do mês com um grupinho da igreja. A viagem está marcada já há pelo menos seis meses e, desde que começou aquele rolo todo por democracia no Oriente Médio estou meio que com o cu na mão. Agora que o Bin Laden está, em tese, morto, estou bem mais preocupado.
Fui e sou contra essa viagem por diversos motivos que não vem ao caso agora e o principal deles é justamente a instabilidade política da região. Os ânimos andam um pouco exacerbados aqui em casa ultimamente por causa disso, que foi qdo mãe soltou a máxima da semana: “Se Deus quiser eu farei essa viagem. Se Ele não quiser eu não vou”.
Desde que virou evangélica mãe esqueceu do livre arbítrio dado por Deus para tomarmos nossas próprias decisões (certas ou erradas) e basicamente acha que tudo o que acontece é vontade Dele, como se Deus não tivesse mais nada para fazer a não ser brincar de marionetes conosco (uma boa analogia é a capa do “The Number of the Beast” do Iron Maiden).
Pausa. Há uns 2 ou 3 anos mãe trabalhava num hospital de renome (ela é enfermeira) qdo resolveu (Deus impôs a vontade dele manipulando a dela) mudar de local de trabalho dentro daquele hospital. Logo de cara já não bicou com a médica da unidade e ficou aquele puta clima chato. Detalhe que era super querida e se dava muito bem com o pessoal do local de onde saiu. Aos olhos dela era tudo vontade de Deus e que as coisas iriam melhorar. Num belo dia resolveu ir a um desses shows promovidos pela igreja. Ela pulou tanto que escorregou e caiu. A queda foi tão cinematográfica que trincou o osso do dedão do pé. Não contente, continuou pulando a caiu mais duas vezes. Resultado: seis meses de licença, o dedão trincado e o cotovelo fraturado. Voltou ao trabalho e, 30 dias depois, foi demitida por influência da tal médica.
Continuando... Uma parte do Oriente Médio passou e ainda passa por mudanças políticas, a situação é tensa e agora, a menos de um mês da viagem, o tiozão é encontrado e morto (É o que dizem).
Apesar de nosso livre arbítrio, às vezes Deus não quer mesmo e dá todos os sinais possíveis para nos fazer mudar de idéia (como um simples tombo), mas a alienação é tão grande que os olhos e ouvidos não percebem o óbvio.

domingo, 1 de maio de 2011

Vendetta

“Um humilde veterano do teatro das variedades escalado como vítima e vilão pelas vicissitudes do destino. O único veredicto é a vingança, uma vendetta mantida como voto, não em vão, por seu valor e veracidade que um dia vingará os zelosos e os virtuosos” – V
Desde que nasci até o final da adolescência era relativamente comum ir passar o reveillon ou esporádicos feriados/finais-de-semana numa “Colônia de Férias” no Guarujá, litoral de SP. Foi num feriado de 1º de Maio que conheci a “M”, uma morena de seus 1,5m, cabelo castanho claro cacheado na cintura, olhos castanhos, pernas definidas, seios médios e uma barriguinha linda de morrer. Mal consegui relaxar naquele fim-de-semana prolongado, tamanha foi a emoção que senti à primeira vista e o nó no estômago pela oportunidade de chegar junto que tardava em aparecer. Sequer consegui dormir. Passei aqueles 3 dias dividido entre me divertir na companhia de meu pai e vaguear pela tal Colônia em busca da guria.
Domingão havia chegado e, com ele, a hora de ir embora tbm. Nem almocei naquele dia, que era pra não correr o risco de estar com mau hálito qdo fosse falar com ela (mesmo tendo passado fio-dental, escovado os dentes trocentas vezes e feito bochecho com antiséptico bucal – Inclusive, dava uma corrida até o quarto para repetir o bochecho de hora em hora).
Finalzinho da tarde, meu pai começando a perturbar pra ir embora, eu morrendo de fome e morgando na sala de estar do lugar (já de saco cheio de esperar). De repente a guria aparece, senta no sofá em frente e começa a folhear o jornal que estava sobre a mesa de centro. Até que enfim! Puxei papo e começamos a conversar. Eu com 16 anos, ela com 17. Trocamos telefones e talz.
O BIP (ou Pager) estava em alta naquela época pq ainda não havia celular, pelo menos não acessível aos reles mortais. O último modelo eram aqueles em que aparecia uma msg de texto numa telinha de cristal líquido. Ela tbm havia me passado o nº do BIP. Voltei pra casa feliz da vida.
Ela começou a dar uns perdidos logo nas primeiras vezes em que liguei e eu a receber msgs toscas no BIP, em tese enviadas pelo ex-namorado ciumento que havia “roubado” a agenda dela. Sei, sei. Deixei pra lá, toquei o “foda-se” o fui seguindo a vida.
Em janeiro do ano seguinte estava nesta mesma Colônia e curtindo um som qdo vi uma silhueta conhecida ali por perto. O som em questão era “Fear of the Dark” do Iron Maiden. Acho que é por isso que até hj acho esse álbum intragável (exceto, é claro, pelos clássicos presentes). Resolvi puxar conversa só pra não ser mal educado, afinal não guardava mágoas dela. Durante o papo ela pediu desculpas e contou a suposta história que o ex-namo dela era bastante ciumento, que haviam terminado havia pouco tempo e que ele tinha tentado queima-la com outros amigos tbm. Mantivemos contato por mais algum tempo, ela me convidou para umas festas e para o aniver de 18 anos, que foi uma pequena reunião na casa dela em março. Mandei um buquê de rosas champagne de presente. À noite, durante a “festa”, ela se fez de desentendida e nem comentou nada sobre o buquê. Achei estranho, mas deixei quieto. O engraçado é que tbm estava presente o tal ex-namo ciumento. Pensei comigo: “essa guria é louca!”. Toquei o “foda-se” de novo e pronto.
Seis anos depois, fui com minha família e uma amiga colorida para essa mesma Colônia apenas para passar o domingo. Senti uma sensação de “deja vu” na fila de entrada do refeitório com alguém que estava a duas pessoas na frente. Sim, era a “M”. Tudo o que havia acontecido antes passou pelos meus olhos em milésimos de segundo, semelhante a qdo estamos prestes a morrer (pelo menos é o que dizem). Achei legal revê-la ali na fila, mas como estava super bem acompanhado fiz de conta que não a conhecia e pronto. Já não havia mais nenhum hóspede no refeitório qdo precisei sair de lá no meio da refeição para buscar minha irmã, ainda bebê, que não saía da sala de brinquedos. Como as paredes do lugar são todas de vidro, ela (M) pôde ver que eu me dirigia para a saída e ficou por ali, meio que de bobeira, escorada na parede e nitidamente querendo forçar um esbarrão. Saí, a olhei nos olhos com um sorriso contido por um ou dois segundos, retornei o olhar para onde eu estava indo e solenemente a ignorei. Nunca mais a vi depois disso.
A vingança, de fato, é um prato que se come frio e provoca orgasmos múltiplos. No caso desta, sequer foi planejada. Simplesmente aconteceu.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Cartão Postal

[Rio Tietê - Ponte Cruzeiro do Sul]


Bem vindos a São Paulo!