sábado, 9 de julho de 2011

Tapinha 2

Quem já passou pela disciplina de Sociologia na faculdade, principalmente nas aulas da profª Lili, sabe que a violência presenciada nas metrópoles não é fato isolado de o cidadão meliante ser unicamente um vagabundo, mas tbm à falta de perspectivas com relação ao futuro e acesso deficitário às condições sociais básicas como saúde, emprego, educação e lazer. Tendo consciência de que existe a questão social, vou deixá-la de lado neste post para me ater exclusivamente à falta de rigidez educacional por parte dos pais, apenas para complementar o que foi dito anteriormente.
Estava ajudando mãe na limpeza do quintal em frente de casa um dia desses quando passaram dois piás e uma guria na faixa dos 14 ou 15 anos, visivelmente chapados e discutindo entre eles. A princípio não entendi qual era o motivo da discussão, mas o que importa? Bêbados e drogados são fodas pq não falam coisa com coisa. Virei para o outro lado pra evitar contato visual e que viessem me aborrecer. A vizinha da casa de baixo tbm estava limpando a frente da casa dela e veio comentar conosco sobre aqueles três. Eles estavam com medo de apanhar dos traficantes do bairro pq distribuíram maconha (couve, alface, tempero verde, orégano, chame do que quiser) na noite anterior e haviam esquecido de anotar no caderninho a quantidade e pra quem entregaram o “bagulho”. Ela comentou tbm que sempre leva o cachorro pra passear numa praça próxima dali, coisa de uns 100m de casa e costuma encontrar marcas de sangue com uma frequência maior do que gostaria. Dizem as más línguas que quem apronta dessas leva umas facadas às vezes.
Ainda não tive a oportunidade de ler, mas baseado exclusivamente no título de um livro de Içami Tiba, “Quem Ama, Educa”! E quem educa precisa fazê-lo de maneira enérgica às vezes, o que envolve uns eventuais tabefes. Não para machucar, mas sim para chamar à realidade e tomar juízo. Estou me referindo aos tabefes dos pais e/ou responsáveis legais pela educação do jovem, ok?
Um pai não pode levantar a mão para o filho com a intenção de educá-lo (uma vez que as palavras não surtiram efeito), mas traficante pode vir esfaquear numa boa e ninguém faz nada. O Estado prende o educador ao mesmo tempo em que faz de conta que não vê a ação do criminoso. Lamentável.

Nenhum comentário:

Postar um comentário