domingo, 29 de maio de 2011

Deu Branco

Esse mês tá bem complicado pra escrever algo decente pq, com a mesma rapidez com que as ideias surgem, elas tbm me abandonam numa velocidade ímpar. Talvez seja por falta de tempo e/ou condições de escrever na hora que elas me vêm ou pela simples preguiça de desenvolve-las. Ou qdo tenho tempo e uma ideia na cabeça simplesmente me faltam argumentos pra continuar.
Acho que tô precisando de uma musa nova. =/

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Caminhos de São Paulo 4

Continuando o passeio em direção ao bairro da Luz, passaremos em frente a uma das entradas do Parque da Luz, hoje fechada, e pela Pinacoteca. O parque foi o primeiro Jardim Botânico de São Paulo e era reservado à nata da sociedade paulistana no começo do século XX (semelhante ao que o Passeio Público representa para a cidade de Curitiba), mas foi se degradando ao longo dos anos graças à prostituição, ao tráfico de drogas e aos desocupados que ali se amontoavam. [Parte de trás da Pinacoteca, vista do Pq. da Luz – Ah, se esse granito falasse]


Tanto o Parque quanto a Pinacoteca foram reformados há alguns anos e os acessos foram totalmente reformulados. [Interior da Pinacoteca]

A entrada principal da Pinacoteca era pela Avenida Tiradentes. Tanto a entrada do parque quanto da Pinacoteca agora estão na Praça da Luz e são vigiados por seguranças terceirizados. Com a reforma, o parque foi revitalizado, teve o público restringido e agora pode-se dizer que dá para passear por lá sem se preocupar tanto. Claro que o acesso ao parque é livre, mas pelo menos há uma certa coação dos desocupados de plantão e prostitutas da região por ser vigiado. Mesmo assim é bom continuar atento. [Assinatura de Auguste Rodin em uma de suas obras, acervo permanente da Pinacoteca]

Atravessando a rua poderemos visitar a Estação da Luz, principal porta de entrada da cidade de São Paulo aos imigrantes que chegaram ao Brasil a partir do final do século XIX para trabalhar nas lavouras de café no interior paulista e norte do Paraná. Inclusive era por ela que a produção cafeeira era escoada para o Porto de Santos. [Estação da Luz]


Originalmente a Estação foi construída em 1867 e sofreu algumas reformas a partir de 1900, configurando seu modelo atual. Boatos dizem que toda ela fora importada, mas a verdade é que apenas as peças metálicas, responsáveis pela estrutura, foram trazidas de forma pré-moldada da Inglaterra para serem montadas no local e todo o madeiramento é de origem brasileira. Atualmente a Estação acomoda linhas de trens metropolitanos e uma parada da linha 1 azul, ou norte-sul, do Metrô e há um anexo em fase de construção, também do Metrô, para implementação da linha 4 amarela. Uma parte da antiga Estação foi totalmente reformada para abrigar o Museu da Língua Portuguesa, que já recebeu mais de 1,6 milhões de visitantes desde sua inauguração em 21 de março de 2006 e o consolidou como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul. [Trem da Linha Amarela do Metrô]

Atrás da Estação da Luz há a antiga Estação Júlio Prestes, onde, além de parada de trens, também funcionou o prédio do DEOPS/SP, um dos locais para onde eram levados os presos políticos tanto na ditadura de Vargas quanto na Ditadura Militar que assolou o país de 1964 até 1985. Hoje no local funciona o Memorial da Resistência como um tributo a todos os que faleceram naquele período obscuro de nossa história recente. É possível conhecer antigas celas, uma verdadeira homenagem aos prisioneiros, incluindo uma caracterização baseada nos relatos dos sobreviventes e em moldes semelhantes a como era na época.

[Ferrolho de uma das celas reconstituídas – porta real]

Seguindo pela Rua Mauá, do outro lado da Avenida Tiradentes (sentido bairro), logo na primeira quadra, há uma pequena vila, de casas idênticas e ar europeu. Era nessa vila que moravam os operários que trabalharam na construção da Estação e ficou conhecida como Vila dos Ingleses. [Vila dos Ingleses]

Serviço:
* Museu da Língua Portuguesa – Praça da Luz, s/nº (0xx11-3326-0775 ou www.museudalinguaportuguesa.org.br)
* Pinacoteca do Estado de SP – Praça da Luz, 2 – (0xx11-3324-1000) ou www.pinacoteca.org.br)

[Por enquanto é só, mas eventualmente continuará qdo eu descobrir mais curiosidades sobre esta cidade caótica]

terça-feira, 24 de maio de 2011

Brasileirinho


Já que é pra sair do lugar comum, então vou sair de vez. O que sai da mistura de uma guitarra com um cavaquinho? Orgasmo auricular!
A imagem não está muito boa pq é uma versão em TVrip, mas o que importa é o som. E só pra constar: Sim, eu estava lá. \oo/

domingo, 22 de maio de 2011

cOração


Lembrei de um comentário do Renato Russo sobre uma música dos Menudos durante a gravação do Acústico: “É cafona, mas é bonita!”. Ok, até o tecnicamente “pedra de gelo” que vos escreve amoleceu com essa musiquinha.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mulheres que mexem com minha(s) cabeça(s) 5

[Alinne Moraes]

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Corpse Bride


Nem precisava dizer, mas hoje é sexta 13 e, pelo menos para mim, não é um dia de azar. Ao contrário. Pode ser um dia de sorte. Muita sorte.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Stripped

terça-feira, 10 de maio de 2011

Melancolia sem Depressão


Ein Meer voller Seelen
Doch so allein bleibt der Mensch in sich verschlossen
Er redet viel zu viel
Doch sagt er nichts - nichts gibt er preis - nichts nimmt er auf
Nur die Fassade schmückt er treu

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Religião X Razão

Vivo numa boa com as outras religiões, desde que sejam moderadas. Fanatismo, pra mim, tem passagem livre. Não sou seguidor de nenhuma, mas se tivesse que escolher a que melhor se adapta às minhas convicções seria o espiritismo Kardecista. Meus pais seguiram essa linha de raciocínio desde que eu me entendo por gente e, pouco tempo depois do divórcio, minha mãe virou evangélica.
Um dia, do nada, ela chegou pra mim e disse que tudo o que havia me ensinado antes estava errado, que aquilo tudo era coisa do demônio e que o certo era a igreja onde ela estava freqüentando. Tudo isso por influência de uma lazarenta bitolada que trabalhava com ela. Essa “transformação” foi há 15 anos.
Até hoje estou com a xarope entalada na garganta por ter tirado minha mãe da luz da razão e a afundado nesse mundinho de visão estreita. Pelo menos uma importante batalha eu venci: a impedi de ir parar na Universal, tbm por influência daquela uma.
Minha mãe e tia vão para Egito, Israel e Jerusalém no final do mês com um grupinho da igreja. A viagem está marcada já há pelo menos seis meses e, desde que começou aquele rolo todo por democracia no Oriente Médio estou meio que com o cu na mão. Agora que o Bin Laden está, em tese, morto, estou bem mais preocupado.
Fui e sou contra essa viagem por diversos motivos que não vem ao caso agora e o principal deles é justamente a instabilidade política da região. Os ânimos andam um pouco exacerbados aqui em casa ultimamente por causa disso, que foi qdo mãe soltou a máxima da semana: “Se Deus quiser eu farei essa viagem. Se Ele não quiser eu não vou”.
Desde que virou evangélica mãe esqueceu do livre arbítrio dado por Deus para tomarmos nossas próprias decisões (certas ou erradas) e basicamente acha que tudo o que acontece é vontade Dele, como se Deus não tivesse mais nada para fazer a não ser brincar de marionetes conosco (uma boa analogia é a capa do “The Number of the Beast” do Iron Maiden).
Pausa. Há uns 2 ou 3 anos mãe trabalhava num hospital de renome (ela é enfermeira) qdo resolveu (Deus impôs a vontade dele manipulando a dela) mudar de local de trabalho dentro daquele hospital. Logo de cara já não bicou com a médica da unidade e ficou aquele puta clima chato. Detalhe que era super querida e se dava muito bem com o pessoal do local de onde saiu. Aos olhos dela era tudo vontade de Deus e que as coisas iriam melhorar. Num belo dia resolveu ir a um desses shows promovidos pela igreja. Ela pulou tanto que escorregou e caiu. A queda foi tão cinematográfica que trincou o osso do dedão do pé. Não contente, continuou pulando a caiu mais duas vezes. Resultado: seis meses de licença, o dedão trincado e o cotovelo fraturado. Voltou ao trabalho e, 30 dias depois, foi demitida por influência da tal médica.
Continuando... Uma parte do Oriente Médio passou e ainda passa por mudanças políticas, a situação é tensa e agora, a menos de um mês da viagem, o tiozão é encontrado e morto (É o que dizem).
Apesar de nosso livre arbítrio, às vezes Deus não quer mesmo e dá todos os sinais possíveis para nos fazer mudar de idéia (como um simples tombo), mas a alienação é tão grande que os olhos e ouvidos não percebem o óbvio.

domingo, 1 de maio de 2011

Vendetta

“Um humilde veterano do teatro das variedades escalado como vítima e vilão pelas vicissitudes do destino. O único veredicto é a vingança, uma vendetta mantida como voto, não em vão, por seu valor e veracidade que um dia vingará os zelosos e os virtuosos” – V
Desde que nasci até o final da adolescência era relativamente comum ir passar o reveillon ou esporádicos feriados/finais-de-semana numa “Colônia de Férias” no Guarujá, litoral de SP. Foi num feriado de 1º de Maio que conheci a “M”, uma morena de seus 1,5m, cabelo castanho claro cacheado na cintura, olhos castanhos, pernas definidas, seios médios e uma barriguinha linda de morrer. Mal consegui relaxar naquele fim-de-semana prolongado, tamanha foi a emoção que senti à primeira vista e o nó no estômago pela oportunidade de chegar junto que tardava em aparecer. Sequer consegui dormir. Passei aqueles 3 dias dividido entre me divertir na companhia de meu pai e vaguear pela tal Colônia em busca da guria.
Domingão havia chegado e, com ele, a hora de ir embora tbm. Nem almocei naquele dia, que era pra não correr o risco de estar com mau hálito qdo fosse falar com ela (mesmo tendo passado fio-dental, escovado os dentes trocentas vezes e feito bochecho com antiséptico bucal – Inclusive, dava uma corrida até o quarto para repetir o bochecho de hora em hora).
Finalzinho da tarde, meu pai começando a perturbar pra ir embora, eu morrendo de fome e morgando na sala de estar do lugar (já de saco cheio de esperar). De repente a guria aparece, senta no sofá em frente e começa a folhear o jornal que estava sobre a mesa de centro. Até que enfim! Puxei papo e começamos a conversar. Eu com 16 anos, ela com 17. Trocamos telefones e talz.
O BIP (ou Pager) estava em alta naquela época pq ainda não havia celular, pelo menos não acessível aos reles mortais. O último modelo eram aqueles em que aparecia uma msg de texto numa telinha de cristal líquido. Ela tbm havia me passado o nº do BIP. Voltei pra casa feliz da vida.
Ela começou a dar uns perdidos logo nas primeiras vezes em que liguei e eu a receber msgs toscas no BIP, em tese enviadas pelo ex-namorado ciumento que havia “roubado” a agenda dela. Sei, sei. Deixei pra lá, toquei o “foda-se” o fui seguindo a vida.
Em janeiro do ano seguinte estava nesta mesma Colônia e curtindo um som qdo vi uma silhueta conhecida ali por perto. O som em questão era “Fear of the Dark” do Iron Maiden. Acho que é por isso que até hj acho esse álbum intragável (exceto, é claro, pelos clássicos presentes). Resolvi puxar conversa só pra não ser mal educado, afinal não guardava mágoas dela. Durante o papo ela pediu desculpas e contou a suposta história que o ex-namo dela era bastante ciumento, que haviam terminado havia pouco tempo e que ele tinha tentado queima-la com outros amigos tbm. Mantivemos contato por mais algum tempo, ela me convidou para umas festas e para o aniver de 18 anos, que foi uma pequena reunião na casa dela em março. Mandei um buquê de rosas champagne de presente. À noite, durante a “festa”, ela se fez de desentendida e nem comentou nada sobre o buquê. Achei estranho, mas deixei quieto. O engraçado é que tbm estava presente o tal ex-namo ciumento. Pensei comigo: “essa guria é louca!”. Toquei o “foda-se” de novo e pronto.
Seis anos depois, fui com minha família e uma amiga colorida para essa mesma Colônia apenas para passar o domingo. Senti uma sensação de “deja vu” na fila de entrada do refeitório com alguém que estava a duas pessoas na frente. Sim, era a “M”. Tudo o que havia acontecido antes passou pelos meus olhos em milésimos de segundo, semelhante a qdo estamos prestes a morrer (pelo menos é o que dizem). Achei legal revê-la ali na fila, mas como estava super bem acompanhado fiz de conta que não a conhecia e pronto. Já não havia mais nenhum hóspede no refeitório qdo precisei sair de lá no meio da refeição para buscar minha irmã, ainda bebê, que não saía da sala de brinquedos. Como as paredes do lugar são todas de vidro, ela (M) pôde ver que eu me dirigia para a saída e ficou por ali, meio que de bobeira, escorada na parede e nitidamente querendo forçar um esbarrão. Saí, a olhei nos olhos com um sorriso contido por um ou dois segundos, retornei o olhar para onde eu estava indo e solenemente a ignorei. Nunca mais a vi depois disso.
A vingança, de fato, é um prato que se come frio e provoca orgasmos múltiplos. No caso desta, sequer foi planejada. Simplesmente aconteceu.