sábado, 30 de maio de 2009

Ode à pátria


Aquele slogan fatalmente estampado em todos os cantos durante a ditadura militar que assolou o país a partir de 1964, “Brasil: Ame-o ou deixe-o”, já está mais do que batido. O slogan, sim; o sentimento, não.
Aproveitando a deixa do post “Insignificantes”, sobre os brasileiros só darem valor para o que vem de fora, eu digo que só os ignorantes acreditam nessa besteira com uma euforia quase religiosa. Quem não gosta daqui, que vá embora. E indo, que não volte mais.
Os problemas são muitos, principalmente de ordem social. Todos têm. Saúde, Educação, Segurança, Desemprego, etc. O pior cego é aquele que não quer ver. Temos todos esses e muitos mais, mas não temos guerras (civis, tribais, etc), intolerância religiosa, terremotos, não somos alvo de organizações terroristas, não nos metemos nos assuntos internos de outras nações, seja de forma civil ou militar (Estamos no Haiti como força “de paz”, completamente diferente de “invasora”) (Ou quando nos metemos é de forma apaziguadora, com a diplomacia em primeiro lugar. Bom, pelo menos tentamos), nem somos atacados pelo mundo, independente de sermos turistas ou estarmos a trabalho (Sérgio Vieira de Melo, no Iraque, foi uma exceção e uma grande perda). Ao visitarmos outros países, só o fato de dizermos “sou brasileiro” já é motivo de fazer o interlocutor abrir um sorriso enorme. Somos hospitaleiros, recebemos a todos de braços abertos, mas aqui não é a casa da mãe Joana, não. Ou pelo menos não deveria ser (Quanto a isso o Governo Federal deveria ser mais rígido). Nossa cultura engloba um pouco de tudo, fazendo-a simplesmente única. Com o maior orgulho, eu sou brasileiro.

Nada mais digno do que fechar este Post com a “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, escrita em Portugal ao recordar-se de sua pátria natal, o Brasil. Segue abaixo:

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

domingo, 24 de maio de 2009

Cannabis


Couve, erva, orégano, tempero ou qualquer outra forma que vc quiser chama-la também é possível e plausível. Sim, estou falando dela, da maconha. Meus amigos mais próximos sabem desse episódio, mas pode ser que eu tenha esquecido de contar para algum deles. Os não tão próximos que não sabem continuarão não sabendo pelo mesmo motivo que meus pais não sabem: apesar da “propaganda”, continuam não tendo “tempo” para ler meu Blog que, insisto, não é do tipo “querido diário”. Então não há o menor problema nem preocupação em me “queimar” ao admitir que eu já fumei uma “couve”. Aliás, o lado positivo dessa ligeira “ausência” ou “falta de interesse” é que posso escrever sobre qualquer assunto e com qualquer ponto de vista que certamente não será o assunto central do almoço de domingo em família e muito menos será motivo para recriminação numa roda de amigos (indiferente de serem próximos ou nem tanto).
Não importa onde, nem quando, como, pq e nem com quem. A única informação importante neste caso é “quanto”. Estávamos eu e mais uma pessoa e, juntos, fumamos 2 “becks”. Praticamente um para cada. Quem estava comigo ficou na nóia rapidinho e começou a rir feito besta pq imaginou ter visto uma formiga tropeçando.
Tive bronquite quando criança e mal podia participar das aulas de Educação Física na escola pq logo ficava com a respiração “trancada” e com uma chiadeira daquelas no peito. Foi só dar a primeira tragada para ficar chiando feito panela de pressão. Pausa básica para me recuperar e “bora” queimar o resto do “beck”.
Terminamos o “bastãozinho do mal” e eu estava exatamente do mesmo jeito que comecei: completamente sóbrio. Nem sinal do “barato”. Talvez por não saber tragar ou sei lá eu o que.
O fato é que foi somente desta vez, não gostei e não perderei mais o meu tempo e $$$ repetindo esta experiência sem graça. O lado positivo é que matei minha curiosidade, desencanei e continuo tocando a vida da melhor forma possível. A única droga que faço uso ocasionalmente é de uma boa cervejinha trincando. Se estiver (bem) acompanhado, melhor ainda. De resto, sou careta convicto e disso não abro mão.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Eu sou mais eu

O assunto deste post tem como base esse texto: link.
Concordo plenamente com ele.
As mulheres reclamam que nós, homens, não queremos nada sério. Definitivamente elas estão procurando nos lugares errados pelas pessoas erradas. Se continuarem procurando por mauricinhos com peitorais avantajados, abdomens definidos e cérebros diminutos (o tempo que passam malhando é inversamente proporcional ao tempo que passam exercitando os neurônios), vcs, mulheres, só tem a perder.
Providas de inteligência (que assegurem conhecimento suficiente para desenvolver uma boa, interessante e descontraída conversa e sem falsos moralismos – ou seja, que fale besteira também) e um mínimo de cuidado próprio (unhas limpas, por exemplo – não estou sendo tão exigente), poderiam perfeitamente encontrar um candidato bem aqui, neste que vos escreve.
Odeio cigarro, é verdade, mas cheguei à brilhante conclusão de que ninguém é perfeito – nem eu -, então o fato de fumar ou não já não é mais fator determinante para escolha. Claro que as não fumantes têm preferência, mas não significa que as fumantes sairão perdendo. Na verdade, todas elas saem perdendo quando não me dão a oportunidade de mostrar meu valor e eu digo pq!
Nós, fofinhos, não somos metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo e sabemos conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. Aprendemos a cozinhar, conversar, sermos bem humorados, a usar o olhar e o sorriso para conquistar, por isso eu digo que nós sabemos fazer uma mulher feliz.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Chrome Heart


Não sou adepto de publicar letras de músicas pq quem as quiser ler é só procurar em sites especializados e afins. Porém, às vezes elas nos falam a um nível muito pessoal e traduzem fielmente (se não o todo, ao menos em parte) o que se passa dentro de nossas cabeças e/ou corações. A banda, oriunda de Maringá, acabou de lançar seu debut intitulado “Forging Metal” e chama-se Hazy Hamlet. Apesar do nome, não tem nada a ver com Shakespeare.

Rise! Take thy sword back to fight!
Thou shall meet no victory fleeing...
Thy soul still is a beast to tame!
Burn! Let thy damn weakness burn!
Follow the hot Muspell winds
Baptize thy heart in Surtur's Flames!

Feel the battle...
Make thy battle...
Free thy battlecry...

Pulsing courage
Chrome Heart!
Find thy instinct is thy guide
Mighty razor
Chrome Heart!
Find thy strength comes from inside
For Thou hast a Chrome Heart...

Hear! Hear what the plain says!
Many will meet death on this fields...
But thou shall not be one of them!
Ride! Once more thou must ride!
Thy brothers await thou with pride
And dawn must see that thou could stand

Hear the blade sing...
See the blade shine...
Feel the blade inside...

Hel whispers to thou crawling in thy skin
but cold Niflheim's not thy home...
Rise thy own seat aside of Odin
at the Golden Hall! The Golden Hall!

Feel the battle...
Make thy battle...
Free thy battlecry...

Chrome Heart... Chrome Heart...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Devaneios

Abrindo um parêntese na batalha, achei essa citação bastante interessante.

Louvado seja aquele que nos deu a dádiva de poder mordiscar e chupar seus grossos lábios, encostar coxa contra coxa e depositar nossos colhões no limiar da Porta da Clemência.

“O Jardim Perfumado” - Xeque O. M. Nefzaoui

domingo, 17 de maio de 2009

Defeated

Ajoelhado e rendido.
Deposto.
Privado da Liberdade.
Privado da Honra.
As armas depostas
aos pés do conquistador.
Clemência!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Assaltado - Parte 2

Fico espantado com as “facilidades” que o msn proporciona, principalmente depois que implantaram as “mensagens offline”. A pessoa fala o que quer (ou melhor, escreve), do jeito que quer e fica por isso mesmo. Eu, como destinatário da mensagem, fico à mercê da situação, pois só o que posso fazer é responder a tal da mensagem offline, esperar a pessoa ficar online para retrucar ou ligar para a tal. Em qualquer dos três casos, sairei perdendo. Nos dois primeiros pq não adiantará de nada por ser um bate-boca desnecessário. No terceiro, idem. E além disso ainda serei agraciado com a conta telefônica.
Chego à casa depois de mais uma aula cansativa da facu, ligo o pc e conecto o msn. Alguns instantes depois aparece a mensagem da ex-dona da máquina fotográfica (o atual dono é um bosta que está fazendo hora extra no mundo) dizendo “Não sei como vc vai repor essa merda, mas faça o mais rapidamente possível”. Bom, a mensagem ficou sendo essa depois que traduzi o “internetês” e corrigi os inevitáveis erros de Português. Seguida da tal mensagem vieram outras com “Olha o que eu achei” e um monte de links do Mercado Livre com promoções de máquinas de 7MP com cartões de memória de 2GB. Detalhe: a máquina “perdida” era de 5MP com cartão de 128MB. Capitalismo é foda.
Nada disso nos acompanhará ao túmulo ou além dele (dependendo das crenças de cada um) e nossa existência está totalmente banalizada.
Se um piá pode dar um tiro em alguém num semáforo, por exemplo, por causa de R$10, pq uma amizade de quase 8 anos não pode ser facilmente trocada por uma reles máquina fotográfica?
E viva o materialismo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Musa Inspiradora

Musa inspiradora é aquela mulher que está, intocável, sobre um pedestal.
Eu tenho uma musa. Ou tinha, não sei. Ela estava sobre o tal pedestal até pouco tempo atrás, mas graças à minha cara-de-pau ficamos no mesmo nível e pudemos conversar olho no olho. Embora não pareça, sou muito tímido. Meu momento “cara-de-pau” às vezes se manifesta na hora certa e provoca reações, por exemplo, a eliminação do incômodo pedestal.
Por inveja, por simples ingenuidade ou pela absoluta falta do que fazer, algumas reles mortais, que não estavam sobre o pedestal (pelo menos não para mim), começam a falar a respeito como se essa fosse a informação mais importante de suas vidas: “Quem é a musa?”. No final das contas, esse monte de fofocas e comentários inúteis acabam criando uma situação de saia-justa para ambos os lados e qualquer possibilidade de interação se dissolve no ar.
Ávidas pela fofoca, as mortais ficam em volta palpitando e cutucando, esperando por qualquer deslize para confirmarem suas suspeitas. Ainda que acertem, desmentirei com a maior cara-de-pau que puder improvisar para manter o seu anonimato. Ando rodeado por elas, é verdade, mas nenhuma despertou interesse maior do que amizade. A fase de ebulição hormonal que me fazia atirar para todos os lados e sem um mínimo de critério já passou faz tempo.
Não percebes, Dália Negra, que és tu que provoca suspiros e arrepios?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Motorocker


Formada em 93 por Marcelus (Vocal), Luciano e Thomas Jefferson (Guitarras), Sílvio (Baixo) e Juan Neto (Bateria), recém saídos do colégio (atual ensino médio), e hoje com idades girando em torno dos 30 e poucos anos, a banda ficou conhecida no sul do país pela fidelidade aos covers do AC-DC. Cansados do estereótipo de banda cover, partiram para composições próprias, resgatando idéias que já estavam prontas desde 87. Tocariam na Alemanha como AC-DC Cover, mas chegaram ao consenso de que deveriam investir as economias na produção do primeiro disco, o “Igreja Universal do Reino do Rock”, lançado em 2006. Com excelente aceitação pelo público, venderam todas as cópias e tiveram 9 como menor nota em revistas especializadas. A consagração foi inevitável, tanto é que realizaram o sonho de viver apenas da música. “Muitas pessoas acham que o fato de ser músico é algo paralelo, apenas para se divertir, e o têm como um vagabundo. Elas não entendem que é uma profissão como outra qualquer, em matéria de valor ou posição social”, diz o guitarrista Thomas Jefferson.
Abriram shows de bandas de peso, como Motörhead, Deep Purple, Glenn Hughes, Biohazard, Sepultura e Krisiun, entre outras. Mesmo com todas estas mudanças, o sucesso não lhes subiu à cabeça e continuam tratando a todos com o mesmo respeito e humildade de antes. Segundo o vocalista Marcelus, “Não somos melhores do que ninguém”. Tanto é que não têm um Set List definido para os shows. Definem geralmente as 2 primeiras músicas e a sequência será de acordo com o que o público quiser ouvir.
A apresentação deste sábado (09/05), que teve aproximadamente 3 horas de duração, foi num bar do Largo da Ordem (mesmo local onde foi concedida a entrevista) e contou principalmente com músicas próprias e alguns covers intercalados, que foram desde AC-DC até Motörhead, passando por Accept, Black Sabbath e Iron Maiden. “Tocar covers é muito bom, mas tocar originais é melhor. Quando dez, vinte ou trinta pessoas batem palma é ótimo. Quando mil batem [palmas], você precisa se segurar. É a tua música, né?”, diz Marcelus.
Com lançamento previsto para este ano, a banda está finalizando a gravação de seu novo álbum, intitulado temporariamente de “Sangue no olho e Rock na veia”.
Em comemoração aos 40 anos do Nazareth, o ex-guitarrista Manny Charlton está produzindo um álbum de covers onde o Motorocker participará com uma versão de “Telegram”. O mesmo disco contará com nomes como Metallica e Guns n Roses.
O bar em si não merece nenhum destaque, pois os funcionários do local dificultaram ao máximo esta matéria. Combinei antecipadamente com o responsável para conhecer o local em termos de programação e infra-estrutura, mas quando cheguei, o “figura bíblica” fez de conta que não havíamos combinado nada e me deixou plantado na portaria. Como não sou bobo, combinei paralelamente com a assessoria, que me deu livre acesso ao local e, principalmente, à banda (Meus agradecimentos à Luzia). Fora esse detalhe, Motorocker é satisfação garantida e vale cada centavo gasto, seja no ingresso, no cd, ou até mesmo nas cervejas consumidas antes, durante e depois das apresentações.

Seguem alguns trechos da entrevista:

Sobre viver apenas de música.
“O que queremos é viver de música e fazer exatamente o que gostamos.”, diz o vocalista Marcelus.

Ainda segundo Marcelus, “Todo mundo te ensina a ser um ‘bom empregado’, mas não a ser um ‘bom patrão’ e ter seu próprio negócio. Te condicionam a ser um ‘bom empregado’ desde qdo vc nasce, é incrível.”

Mudanças após o lançamento do “Igreja Universal...”:
“Mudou praticamente tudo, toda a nossa visão em relação ao que poderia acontecer. Antes da gravadora nos chamar pra gravar, metade [do álbum] já estava praticamente pronto em estúdio. Estávamos economizando uma grana para tocarmos na Alemanha como AC-DC Cover, mas olhamos uns para os outros e dissemos ‘Chega desse negócio de cover, pelo amor de Deus’. Antes de 93, já desde 87 foram feitos os primeiros hits das músicas. Vamos pegar esse dinheiro e investir no disco, vai que dá certo! Cara, foi um sonho! Deu tudo certo. Vendemos todos os discos e a menor nota foi 9. Temos o melhor público do mundo, isso eu garanto pra vc. Cara, estamos vivendo um sonho maravilhoso.”
(Entrevistador: “Que é o sonho de qualquer moleque que curte Rock´n´Roll)
“É, nós somos moleques de quase 40 anos, mas continuamos sendo [moleques] e o Rock faz isso com a gente.”, diz Marcelus.

Assédio dos fãs.
Marcelus: “Há um senso comum muito bacana pq não fazemos força para pensarmos e nem para sermos o que não somos. Cada um é o que é e acabou. Ninguém aqui ainda se acostumou com esse negócio de dar autógrafo, tirar foto. É demais pra gente. A gente não se acha nada. Nós somos nós mesmos e não melhores do que ninguém. Mas na condição que os fãs querem que a gente seja, pô, coloque-se no respeito. Então, dê autógrafo, tire foto, e não fique falando ‘ah, não sou ninguém’. Fomos obrigados a nos acostumarmos pq isso ocorre todos os dias.”

Sobre humildade e bandas que abrem um show ou outro para bandas grandes e tornam-se arrogantes.
Marcelus: “Posso até parecer meio pretensioso em falar, mas garanto que todos aqui concordam comigo: o palco não é para qualquer um. Não pq a gente seja mais do que ninguém, mas se vc quiser subir ao palco para ficar bonitinho, fazer pose, não desmanchar o cabelo e não suar, então faça isso na frente do espelho em casa. Veja o exemplo das grandes bandas, a humildade do AC-DC, do Motörhead, das bandas que a gente abriu [os shows], Deep Purple, Glenn Hughes, Biohazard, Sepultura, Krisiun. Pô, cara, os caras te olham nos olhos. O Lemmy (do Motörhead) veio se desculpar por não ter podido assistir à nossa apresentação. Agora, o que um cu de frango desse, que não tem nem merda no cu pra cagar, quer se achar, cara? É aquela coisa do playboy, ele tem um pinto deste tamanhozinho e compra um carro bem massa que é a extensão do pênis dele. Eles (os arrogantes) usam a banda como extensão do pênis deles, ou a largura do cu, não sei. Depende da opção sexual de cada um. Pode ser a largura do cu tbm. Ele toca na banda para ter um cu mais largo e agüentar um pau maior.”

Lançamento do novo disco.
Título temporário: “Sangue no olho e Rock na veia”, cuja temática será diversão de uma forma geral, sem fazer protesto político ou coisas do gênero. O público trabalha a semana inteira e qdo vai a um show de Rock não querem saber de mais problemas, eles querem se divertir.

Set List
“Músicas do Igreja Universal, do Vamo Vamo. O que o povão pedir, cara. Nunca temos o Set List definido. Vai de acordo como o público reagir ou o que pedirem. Depende do clima do público. Definimos as 2 primeiras músicas e o resto vai no embalo. Vendo a galera [na platéia] a gente sabe o que estão querendo ouvir. Eles nos colocaram lá em cima, então devemos muito a eles. Não devemos merda nenhuma a FDP nenhum de empresário, produtor, o caralho. Devemos a esse povão que vem nos ver, que tatua o nome da banda no corpo, que fica pedindo show aqui e acolá. A gente existe para eles.”

Sobre a participação no álbum comemorativo dos 40 anos do Nazareth.
“Não temos que ficar nos menosprezando. Não devemos nada [para os gringos]. Somos nacionalistas, para vc ver como amamos este país (mostrando a tattoo no braço com o brasão nacional), na bateria e tudo (há a circunferência azul da bandeira nacional, com as estrelas e a faixa de “ordem e progresso” no bumbo). Já me chamaram para deixar esta banda e ir cantar na Europa, comer chucrute, mas eu não vou nem fodendo. Prefiro ficar em casa fazendo churrasco e comendo arroz-e-feijão.”
(Entrevistador: E carne assada! Muita cerveja pra encher a cara! Se é certo estar feliz, então aqui é o lugar! – letra do “Igreja Universal...” – Risos gerais)

Assaltado

Dizem que há uma primeira vez para tudo.
Eu duvidava, mas agora tenho certeza que sim. Fui assaltado neste domingão, dia das mães, às 6 horas da manhã, ao retornar do show/entrevista com o Motorocker (próximo post), a aproximadamente 50 metros da minha casa.
Levaram a máquina fotográfica (que nem era minha) que registrei o evento e serviria para ilustrar minha primeira reportagem para o jornal da facu. Só faltou eles levarem o celular, que é onde estava gravada a entrevista. Aí sim eu viraria bicho.
Estou espumando de raiva, mas não pela câmera, e sim pelas fotos (ficaram um tesão, graças à minha amiga Pâmela, exímia fotógrafa e companheira de trabalhos da facu). Agora a reportagem ficou reduzida a um texto de aproximadamente 3 mil caracteres (A versão para impressão do jornal ficou reduzida, mas a versão do PI possui o mesmo texto do jornal e trechos da entrevista). Se estivesse junto com as fotos seria digna de um prêmio Pulitzer (Nem um pouco modesto. He he he...).
O que me deixa indignado (para não dizer puto da vida) são três coisas:
A primeira é que os meliantes eram de classe média, pelas roupas que vestiam, e são, acima de tudo, covardes. Vieram os 3 pra cima de mim, um deles com um cano de metal de aproximadamente 1 metro de comprimento. Se eu não estivesse tão cansado (vim a pé do centro até em casa), poderia ter enfrentado tranquilamente um por vez, já que não estavam armados (exceto pelo cano). Como estava feliz da vida por causa do show e de ter conseguido a entrevista, estava completamente anestesiado.
A segunda é que liguei para o celular da viatura do bairro, que pra variar não estava na viatura, e sim na central “para carregar”, como informou o inútil que atendeu a ligação. Liguei algumas vezes no 190 e a ligação não foi completada. Para finalizar, liguei no batalhão que atende esta região. O mesmo inútil que havia atendido ao celular foi quem atendeu ao fone. Reafirmei que precisava de uma viatura e que se não tardassem a chegar poderíamos encontrar os meliantes. Esperei 20 minutos em frente de casa e não vieram. Mandei um foda-se bem grandão, entrei, tomei banho e fui dormir.
A terceira coisa, e não menos pior, é que a pessoa de quem havia emprestado a máquina (uma amiga, a qual esperava um mínimo de compreensão, já que me predispus a comprar outra quando for possível) deu de dedo na minha cara, dizendo que a culpa por ter sido assaltado era minha e que eu fosse exatamente naquela hora me explicar com a mãe dela. Pelo menos a mãe foi compreensiva e disse que antes terem levado a máquina do que terem me acertado com o tal cano. É nessas horas que sabemos quem são nossos amigos de verdade.
Provavelmente os meliantes queriam algo para trocarem por drogas. Se alguém souber de uns babacas que trocaram uma Cybershot de 5MP, modelo DSC-P093 (antiga) por uma porra de um baseado, me avisem. Claro que isso será impossível, mas não custa sonhar, né?
Ainda estou na dúvida se peço a Papai-do-céu para colocar amor no coração deles ou se ao demônio para que tenham uma morte trágica e agonizante, do tipo ser atropelado, ou algo assim, e na seqüência ser abandonado no meio fio com as tripas para fora enquanto gritam em vão por suas respectivas mães.
O que sei é que lembro perfeitamente da cara de um deles e espero (para o bem dele) não nos cruzarmos quando eu estiver de mau humor.
De resto, sou um felizardo por terem errado os tijolos que jogaram na minha direção e o chute nas costas nem doeu tanto.
Pensando bem, foda-se. Já passou. Escrevi este post para extravasar.
Papai-do-céu é onisciente e onipotente. Mais cedo ou mais tarde a justiça divina recairá sobre eles. Enquanto isso eu vou levando a vida da melhor forma possível e com saúde.

domingo, 3 de maio de 2009

RH, pra que?

Alguns anos atrás, aproximadamente 5, quando a internet ainda não era tão popular (pelo menos não a banda larga), costumava-se entregar os currículos nos RH´s (também conhecidos como Recursos Humanos) diretamente no balcão junto às recepcionistas, que por sinal são jovens, bonitas, bem arrumadas e apresentáveis, mas há um problema marcante: em sua grande maioria são completamente burras, sebosas, tapadas e preconceituosas, que se acham grande coisa só pq tem um trabalho medíocre (que só recebe currículos, atende ao fone e anota recados) que paga uma porcaria de um salário mínimo e nem se dão conta de que esse salariozinho é só uma fração do que ganharia o cidadão prostrado na frente dela caso estivesse devidamente colocado no mercado de trabalho. Graças à internet e à banda larga, não mais necessitamos aturar este tipo de pessoa fútil e podemos cadastrar nosso currículo diretamente no banco de dados do RH, porém surgiu outro problema capaz de deixar qualquer um louco: as infindáveis perguntas retardadas que não dá pra deixar em branco, senão as páginas seguintes não são carregadas. Estou me referindo às perguntas do tipo: “Vc mora com seus pais? Pq?”; “Como ficou sabendo do nosso RH?”; “Como é a sua família?”, entre outras. Dá vontade de responder coisas sem noção, como por exemplo, não moro com meus pais pq eles são alienígenas e resolveram voltar para nosso planeta natal devido ao aquecimento global estar deixando suas peles de anfíbio ressecadas e com sérios problemas respiratórios. Ou então: fiquei sabendo da existência deste RH pq vi o endereço eletrônico rabiscado no papel higiênico da rodoviária e, como sou muito curioso, resolvi dar uma olhada. Ou então: minha família é bastante diversificada: meus pais são anfíbios do planeta Yellow, meus tios são macacos belgas, meus avós são descendentes de dinossauros que sobreviveram, no centro da Terra, à queda do cometa que exterminou seus semelhantes e nosso bichinho de estimação (ele tbm faz parte da família) é primo em segundo grau do vizinho do Jaspion.