quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ginógrafo

Quando a inspiração bate não há como segurar.
Estou com uma vontade louca de escrever, mas não qualquer coisa e não em qualquer lugar.
Pode ser com caneta tinteiro, pincel atômico, ou simplesmente uma esferográfica.
Preciso colocar pra fora esse turbilhão de idéias que me afligem, anseiam, confundem, e manifestá-las por todo o seu corpo.
Tudo o que eu queria/quero agora é escrever nessa pele da cor do pecado, com cheiro de primavera. Quero sorver-lhe o leite e beber da água com que lavou sua blusa.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Amélia

Outro dia fui levar o quadro que o chefe tem na cozinha da casa dele para trocar a moldura. Tudo a ver com minha função na empresa. Tudo bem, afinal foi um tempinho que fiquei fora, necessário para arejar as ideias. A esposa havia ido busca-lo (o chefe, não o quadro) e aproveitei a carona, já que a loja da moldura fica no caminho para a casa deles. A mulher dirigindo, o chefe no banco do passageiro, eu no banco de trás e o trambolho do quadro no porta-malas. Foi uma viagem rápida, de não mais do que 5 minutos. Esse breve período serviu para refletir, e muito.
Analisando única e exclusivamente pelo ponto de vista físico, ela é uma coroa até que bonita. Se fosse divorciada, ou algo assim, e eu estivesse na mesma faixa etária até poderia pensar em convida-la para um café.
Voltando para o curto trajeto até a loja de moldura, os dois conseguiram discutir pelos assuntos mais retardados possíveis, ele levantando a voz, senhor da razão, e ela abaixando o tom, como se submetendo às vontades dele. Naquele momento, toda a simpatia que tinha por ela foi por água abaixo. Quero dizer, continuo cumprimentando-a normalmente, mas aquela pincelada de admiração não existe mais.
Automaticamente lembrei dos meus avós maternos. Minha avó dá tudo na mão do vô, que ainda reclama se não está do jeito que ele quer/gosta. Detalhe que ele não disse como queria seja lá o que for e a vó não tem bola de cristal. Daí fica um resmungando/esbravejando de um lado e a outra deprimida do outro. Um saco.
Mulher “Amélia” não resolve nada e só concorda com o marido. Parte da culpa por serem “Amélias” recai sobre elas tbm, por nunca terem se dado o devido valor (?) ou por não cobrarem mais respeito de seus maridos. Talvez na época em que minha avó era jovem fosse desse jeito e até entendo em parte a “Amelhisse” dela. Já no caso da esposa do chefe não é bem assim, afinal está na mesma faixa etária dos meus pais e ambos sempre decidiram juntos (qdo ainda eram casados) sobre o que fariam, para onde iriam e afins e meu pai nunca levantou a voz pra impor a vontade dele. E qdo discutiam (todo casal discute) era de igual pra igual.
Não sei quem se parece com quem, se o chefe e esposa com meus avós ou vice-versa. O que sei é que meu ideal feminino (um deles) é ter uma mulher que me respeite, ao mesmo tempo em que sempre diga o que pensa/sente.
“Amélia”, pra mim, não serve.

sábado, 23 de outubro de 2010

Mulheres que mexem com minha(s) cabeça(s)

Confesso que a ideia de postar sobre essas mulheres extraordinárias que fazem nossa imaginação voar e nossos corações se encherem de alegria (e de tesão) não é original e já a vi em alguns blogs por aí. O que muda é quanto e como determinada pessoa/personagem mexe com cada um de nós, homens.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Frôzinha

Não se trata de uma flor pq são apenas folhas.
Como não sei o nome dela, então vai Frôzinha mesmo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Arte Moderna

Por Marchesini

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Casório

Apesar de minha aparente aversão a relacionamentos sérios, eu quero me casar, sim. Não de papel passado, como manda o figurino (mesmo pq o casamento como conhecemos é uma instituição falida), mas juntar as escovas de dente, morar junto, dividir os sonhos, compartilhar o tempo livre.
Uma avó de coração vive dizendo pra não me casar pq as mulheres são todas vagabundas e, se casar, para não arrumar filhos pq eles só enchem o saco, arrumam confusão e dão problemas. Será que ela se inclui nessa afirmação? A conhecendo do jeito que conheço sei que não diz isso por mal, apenas por ter se desiludido com ex-noras e pela falta de respeito com que os filhos a tratam.
Apesar de ouvir essa ladainha pelo menos uma vez por semana, não acredito que sejam todas vagabas. Mesmo raras, as pessoas de bem ainda existem.
Por outro lado, uma avó de sangue sempre me pergunta se encontrei alguém legal e qdo darei um bisneto pra ela.
Quanto a ser pai, não creio que esteja preparado no momento. Não sei se estarei algum dia. Mas quem está? A gente aprende (a ser pai) simplesmente sendo. Se eles (os filhos) vierem algum dia, sei que serão bênçãos e não problemas. De qualquer forma, antes de tê-los é preciso encontrar uma mãe digna para eles, né? E encontrando, que seja a tampa da minha panela. Conheci pessoas que dariam ótimas mães em todos os sentidos, mas não tinha aquela “química”.
Já houve alguém que pensei “essa é pra casar”, mas se escrevo isso agora é pq não foi. Um dia, quem sabe?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Papo Nerd 3

Durante uma aula entediante na facu, resolvi dar uma arejada nas idéias, tomar água e “esvaziar a caixa d´água”. Nesse momento cruzei com uma amiga que estava sentada no corredor e, teoricamente, cabulando aula (ou se preferir, gazeando). Quem gazeou aula foi a profª, que não apareceu naquele dia. Papo vai, papo vem, ela contou que estava fodida por ter que entregar um monte de trabalhos, matérias e afins naquela semana e que o sobrinho dela, de 7 anos, costuma dizer “eu si fodi”. Risadas à parte e mesmo ela explicando que assim está errado e que o “certo” é “me fodi”, não vou entrar no mérito da questão se é válido ou não explicar essas coisas para uma criança dessa idade, mas o fato é que “me fodi” também está errado por não se iniciar frases ou períodos com pronomes pessoais do caso oblíquo.

Tabela de pronomes pessoais
caso reto caso oblíquo
eu me, mim, comigo
tu te, ti, contigo, se, si, consigo
ele o, a, lhe
nós nos, conosco
vós vos, convosco
eles os, as, lhes

Saindo um pouco da teoria e adentrando ao campo prático, “te amo” tbm está errado. Pela coloquialidade da Língua Portuguesa falada, é possível e permissível falar assim, mas gramaticalmente está errado. Na forma escrita, então, nem pensar.
Não se esqueça: qdo for mandar um cartãozinho de dia dos namorados, o certo é “Amo-te!”. Ou sua namorada o achará um cara inteligente e se apaixonará mais ainda ou um nerd incorrigível. Ou as duas coisas! :)
Mas quem se importa com isso? O que vale é a intenção.

P.S.: Lembrei da minha amiga “semi-patty”! Cadê vc?

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Vagabunda?

Não lembro exatamente qdo foi. Acho que há umas duas semanas.
Estava no terminal já havia longos 30 minutos, esperando o busão pra voltar pra casa, qdo resolvi me virar para procurar algum conhecido na fila. Foi nesse momento que vi umas das criaturas mais lindas do mundo. Ela vestia uma calça jeans bem justa e de cintura super baixa, sapatos de salto alto, de uma cor púrpura que não sei definir ao certo e uma blusa branca de manga curta, com um decote discreto. Creio que se o ambiente estivesse mais iluminado talvez até fosse possível ver um ou dois pêlos pubianos, de tão baixa que era a cintura da calça. Ela possui quadril largo e seios pequenos, completamente o oposto do que me atrai, mas o engraçado é que mesmo assim me senti atraído por ela, de uma maneira diferente que ia além da barreira física. Os olhos eram brilhantes e hipnotizantes.
O busão chegou e, como já era de se esperar, estava lotado. Desceu uma galera no terminal e entrou o dobro daquilo. Eu no meio. A sorte foi que consegui um lugar pra sentar do lado esquerdo do coletivo. Dei uma olhada ao redor para o acaso de haver algum idoso ou deficiente precisando do assento e foi nesse momento que a vi de pé do lado direito. Logo em seguida um careca encostou nela de forma indiscreta (falando o português claro, encoxando mesmo). Ok, o busão estava cheio pra burro e eu, apesar de sentado, estava me sentindo como arroz de sushi. Imagino que estivesse um pouco pior para os que estavam de pé e, apesar de desconfortáveis, esses encoxamentos esporádicos são um pouco complicados de se evitar, mas nada impossíveis (depende muito da boa vontade do cidadão).
(Vou abrir aqui um parêntese rápido pra falar a respeito desse detalhe. Qdo estou de pé num busão cheio pra burro eu não fico encoxando a mulherada por uma questão de princípios: ela deve ser esposa, namorada, mãe ou irmã de alguém e, da mesma maneira que não quero que façam isso com as mulheres da minha família, eu não farei com as mulheres da família dos outros).
Voltando, o busão chegou ao terminal em que eu iria descer. Ainda estava sentado qdo a vi chegar até a porta para também desembarcar (a porta ficava bem na frente de onde eu estava sentado – sim, esse ônibus em questão tem as portas do lado esquerdo) qdo o tal careca voltou a encoxa-la de forma indiscreta. Notei que ele é casado pela aliança dourada na mão esquerda. Fiquei curioso a respeito e não vi anel nenhum nas mãos dela, ou seja, eles não eram casados e nem namorados. Ela deu um passo à frente para se aproximar mais da porta e notei que o careca abençoado (para não dizer filho de uma cadela sarnenta), que estava com o membro rijo, encostou novamente na moça.
Agora eu pergunto: pq ela não gritou? Pq não esboçou nenhum tipo de reação àquilo? Seria só questão dela abrir a boca para reclamar e tenho certeza de que apareceriam pelo menos dois caras para dar um tranco no folgado. Meu sangue estava fervendo, só esperando por uma reação dela pra ir pra cima do careca.
Qdo desembarcamos no terminal eu me vi hipnotizado, de punhos cerrados, indo atrás dele para enfiar-lhe a mão no focinho. Ela já havia sumido, confirmando minha suspeita de que não tinha nada com o lazarento.
Foi nesse momento que eu me dei conta da situação. Vou falar o que pra ele se ela foi assediada e não falou nada? Que direito eu tenho de tomar as dores se ela não reclamou? Das duas, uma. Ou ela estava com medo e/ou vergonha de reclamar ou é uma vagabunda que estava mesmo gostando daquilo. Quero acreditar que foi a 1ª opção.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Eco

Pra fechar a semana com humor. ;)

O namorado, no calor do momento, olha para a namorada completamente nua e diz:
- Que bucetão, hein? Que bucetão, hein?
A namorada, indiferente, diz:
- Tá, eu sei que é grande, mas pq vc disse duas vezes?
Ele responde:
- Eu não disse. Foi o eco!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Verborragia

Anhangabaú, Móoca, Ipiranga, Tatuapé, Jabaquara.
Penha, Lapa, Jaçanã, Tucuruvi, Santana, Barra Funda.
Ibirapuera, Vila Mariana, Paraíso, Brás, Consolação.
Morumbi, Tremembé, Capão Redondo.
Itaim Paulista.

Antes palavras tão comuns, insossas.
Hoje saudosas, de um “idioma” quase esquecido, como se estivesse em Budapeste.

“Próxima parada, estação Tietê. Acesso ao terminal rodoviário.”

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Plong Plong!

Salmonellas, por Benett

sexta-feira, 1 de outubro de 2010