sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cobiça

“Não cobiçarás a mulher do próximo”, principalmente quando o próximo estiver próximo. Claro, afinal não vou correr o risco de cabecear os punhos de alguém de graça, principalmente qdo este alguém é tão chegado meu. Mas não tenho como não pensar no assunto, baseado em informações que chegaram ao meu conhecimento pela boca do cidadão em questão.
Conheci essa moça outro dia, assim por acaso, e nem tive muito contato com ela. Pelo pouco que sei, é responsável, dedicada e inteligente. Como disse antes, não sei quase nada dela, mas gostaria de poder expor tudo o que sei acerca de suas qualidades. Só não posso faze-lo para não ficar tão óbvio de quem e para quem estou falando. Enfim, pouco tempo de namoro e a testa da moça já está bastante enfeitada, por assim dizer, e ela nem desconfia.
O que me deixa muito de cara com a situação é que, primeiro, ela não merecia estar passando por isso. Segundo, um cara legal como eu, que com certeza não a estaria sacaneando desta forma, estou aqui, solteiro.
Aprendi há muitos anos e da pior maneira que uma mulher não vale uma amizade. Alguém que eu considerava meu amigo deu o bote qdo menos esperava e pelas costas. Mulher de amigo meu, pra mim, é homem. Não que eu a queira para mim, muito pelo contrário (Não sei se a que eu quero não me quer ou não me quer agora, mas enfim). Só não é justo o cara te-la e tratá-la com todo esse pouco caso. Essa situação só me faz refletir até que ponto é certo ou errado cobiçar a mulher alheia.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Amy

Levando-se em conta que o estado normal da guria era estar entorpecida por alguma substância, praticamente um Kurt Cobain do sexo feminino, “passar desta para uma melhor” (ou não) era apenas uma questão de tempo. Acredito eu que tenha sido melhor assim e concordo com a afirmação (não lembro onde li) de que “é melhor apagar do que queimar aos poucos”. Pelo menos assim os fãs se lembrarão dela no auge (?) de sua fama e beleza.
Agora, o que está torrando o saco, não apenas o meu, é essa falta de assunto reinante na mídia. Pow, não está acontecendo mais nada por aí que não tenha valor-notícia? Grande Imprensa, vamos mudar o disco?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mulheres que mexem com minha(s) cabeça(s) 6

[Ah, se ela me desse bola!]

Não tenho a menor ideia de quem seja a moça, mas o que importa? As gordinhas tbm têm seus encantos!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

White Power???

Pensei em rodear sobre o absurdo que é pregar discriminação via internet, ainda mais contra uma bela morena que ganhou o concurso de Miss Itália no Mundo essa semana, mas resolvi ir direto ao ponto. Não vou me manifestar quanto a essa prática ao redor do mundo pq o que ocorre fora da Terra Brasilis não é problema meu. No entanto, fiquei espantado com as tais mensagens ofensivas à moça, principalmente em Língua Portuguesa. Explico. Esse tipo de ideologia aqui no Brasil simplesmente não se sustenta por duas questões bem simples. 1) Os únicos que podem ser chamados de brasileiros verdadeiros são os índios, e pelo que consta não são brancos. 2) O povo brasileiro é tão miscigenado que não há como isolar uma única raça (se é que pode ser chamada assim).
Pode até haver meia dúzia de gatos pingados branquelos e de olhos azuis por mera ironia do destino (uma vez que o alelo do gene destas características são de caráter recessivo), mas se analisarmos a fundo sua árvore genealógica em algum momento encontraremos um pardo, mulato ou até mesmo um negro em seus ascendentes. Não preciso ir muito longe para citar um exemplo. Conheço uma senhora muito gente boa no Paraná que agora está de cabelos brancos por ser idosa, mas em sua juventude ela era loira, de olhos azuis e descendente de alemães. Com orgulho ela se lembra de que o avô de sua mãe era negro e, por isso, herdou os cabelos ligeiramente crespos. Além do mais, o xarope que inventou esse lance de superioridade da raça branca morreu faz tempo e já foi tarde. Talvez tenha sofrido algum tipo bulling sexual na escola, mas isso é assunto pra outro post.
Divulgar mensagens ofensivas pela net é fácil pq o sujeito garante anonimato. Eu diria que é uma atitude covarde não somente pela impunidade, mas por agredirem a memória de seus antepassados. Antes de rasparem as cabeças e saírem espancando minorias por aí, será que eles se perguntaram a origem de seus cabelos cacheados ou ondulados, fisionomia arredondada de seus narizes, entre outras características? Claro que não.
Está bem claro na Constituição de 1988 o direito à liberdade de expressão, sendo vedado o anonimato. Traduzindo para a massa racista e ignorante: “Quer falar merda? Fale, mas fale na cara e assine embaixo, porra!”.
[Racista da Ku Klux Klan (KKK) é socorrido por médicos negros]
O mundo é redondo, brother. O cara que vc esculaxa hoje pode te salvar a pele amanhã, sendo que tudo o que ele precisaria fazer seria sentar e olha-lo sangrar até morrer. “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada” – Edmund Burke.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Motorcycle

Parafraseando um amigo, “Um dia estaremos assim!”.
Bebamos a isso. Prosit!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sorvete

Quando nossa ex-secretária para assuntos gerais e aleatórios veio trabalhar na casa da minha mãe, a filha dela estava com uns 9 ou 10 anos. O tempo passou, a menina cresceu e virou uma bela mulher, inteligente, responsável e sabe o que quer da vida. Uma moça de família e para casar, não fosse o detalhe básico de que ela adora aloprar os outros. Há uns 3 anos ela veio para o meu lado com uma conversa boba de irmos tomar um suco e talz, que foi quando descobri que ela estava fazendo a mesma coisa com o meu primo. Inclusive, estava ficando com ele.
Dei um corridão nela, por assim dizer, e ficamos um bom tempo sem nos falarmos. Como nesse tempo todo eu ainda morava em Curitiba foi bastante fácil. Voltamos a nos falar, apenas como amigos, lá pela metade do ano passado e, qdo estava em Sampa, ela vinha me visitar pra colocarmos a fofoca em dia.
Certo de que havia mudado e pq tive abertura para isso, a convidei algumas vezes para sairmos no início do ano. A princípio ela até topava, mas sempre inventava uma desculpa qualquer na hora “H”. Toquei um “Foda-se” e bola pra frente, afinal a fila precisa andar.
Outro dia ela puxou papo no msn e conversamos um pouco sobre assuntos aleatórios quando veio com uma ideia louca de querer tomar sorvete. Já sabendo que ela curte zoar e tirar o time de campo quando a chapa esquenta, resolvi aloprar tbm:
- Vá à padaria.
- Não posso. Agora está fechada.
- Então vá ao mercado.
- Tbm está fechado. (O papo rolou por volta das 22h).
- Vc bem que poderia comprar pra mim, né? (Insinuando que eu fosse a um mercado 24h que tem aqui perto e depois até a casa dela)
Como ela adora dar pausas longas nos momentos cruciais da conversa, resolvi fazer o mesmo jogo: marquei 5min no relógio antes de responder:
- De fato, um sorvetinho agora cairia muito bem.
Já sabendo que ela demoraria a responder, enrolei um pouco e mandei a bomba:
- Mas agora não posso. Estou ocupado.
Ela desconversou, mudou de assunto e disse que iria dormir.
Descobri algo bastante interessante: esnobar quem te esnoba não tem preço!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Renovação

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Rock n Roll Train

Comemorando esta data significativa, eis os discos que mudaram minha vida de alguma forma por terem dado início a algo maior, na ordem em que apareceram e que certamente os teria furado de tanto ouvir se fossem de vinil. Aumenta o som, cabeção!




segunda-feira, 11 de julho de 2011

Blink

sábado, 9 de julho de 2011

Tapinha 2

Quem já passou pela disciplina de Sociologia na faculdade, principalmente nas aulas da profª Lili, sabe que a violência presenciada nas metrópoles não é fato isolado de o cidadão meliante ser unicamente um vagabundo, mas tbm à falta de perspectivas com relação ao futuro e acesso deficitário às condições sociais básicas como saúde, emprego, educação e lazer. Tendo consciência de que existe a questão social, vou deixá-la de lado neste post para me ater exclusivamente à falta de rigidez educacional por parte dos pais, apenas para complementar o que foi dito anteriormente.
Estava ajudando mãe na limpeza do quintal em frente de casa um dia desses quando passaram dois piás e uma guria na faixa dos 14 ou 15 anos, visivelmente chapados e discutindo entre eles. A princípio não entendi qual era o motivo da discussão, mas o que importa? Bêbados e drogados são fodas pq não falam coisa com coisa. Virei para o outro lado pra evitar contato visual e que viessem me aborrecer. A vizinha da casa de baixo tbm estava limpando a frente da casa dela e veio comentar conosco sobre aqueles três. Eles estavam com medo de apanhar dos traficantes do bairro pq distribuíram maconha (couve, alface, tempero verde, orégano, chame do que quiser) na noite anterior e haviam esquecido de anotar no caderninho a quantidade e pra quem entregaram o “bagulho”. Ela comentou tbm que sempre leva o cachorro pra passear numa praça próxima dali, coisa de uns 100m de casa e costuma encontrar marcas de sangue com uma frequência maior do que gostaria. Dizem as más línguas que quem apronta dessas leva umas facadas às vezes.
Ainda não tive a oportunidade de ler, mas baseado exclusivamente no título de um livro de Içami Tiba, “Quem Ama, Educa”! E quem educa precisa fazê-lo de maneira enérgica às vezes, o que envolve uns eventuais tabefes. Não para machucar, mas sim para chamar à realidade e tomar juízo. Estou me referindo aos tabefes dos pais e/ou responsáveis legais pela educação do jovem, ok?
Um pai não pode levantar a mão para o filho com a intenção de educá-lo (uma vez que as palavras não surtiram efeito), mas traficante pode vir esfaquear numa boa e ninguém faz nada. O Estado prende o educador ao mesmo tempo em que faz de conta que não vê a ação do criminoso. Lamentável.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Chefes

Desde qdo comecei a trabalhar, aos 17 anos, passei pelos lugares mais bizarros possíveis em termos de respeito para com o funcionário. Não chegava a ser um atentado à dignidade humana, mas eram coisinhas, picuinhas, frescuras e afins que tiravam qualquer um do sério. Meu primeiro emprego em Curitiba foi na filial de uma empresa especializada em automação de escritórios cuja sede fica em Cuiabá. A tal empresa abriu essa filial pelo único motivo de ter ganho a licitação para prestar serviços para o Governo do Paraná nesse setor por 5 anos.
Como todos devem saber, existe uma velha rixa entre RJ e SP e só Deus sabe o motivo. Enfim, sou paulistano e o gerente, nos 6 meses em que trabalhei lá, era um lazarento de um carioca. Como os caras só tomaram vergonha na cara pra instalar o relógio de ponto pouco depois de minha saída, o controle era feito pelo relógio do xarope. Éramos em 5 técnicos e num determinado dia os outros 4 chegaram entre 7h50 e 7h55. Eu cheguei às 7h57. Como o expediente começava às 8h e, por lei, o trabalhador ainda tem 5min de tolerância, eu estaria dentro do horário legal até 8h05, ou seja, cheguei 8min antes do prazo final. O safado teve a cara-de-pau de me chamar no canto pra me encher o saco pq eu havia sido o último a chegar. FDP, né? Tudo bem, eu não deixei por menos.
Cada um dos técnicos saía com um dos carros da empresa e, qdo o carioca me enchia o saco com coisas “nada-a-ver”, como essa do horário, eu literalmente ignorava as lombadas que apareciam pelo caminho. Em Piraquara, cidadezinha da região metropolitana de Ctba, há muitas estradas de terra quase sem movimento e com várias lombadas meio altas. Não foram poucas as vezes em que meti a cabeça no teto por ter rampado nelas com o carro ou o enfiei nas poças de lama para deixá-lo imundo (uma das encheções era deixar o carro brilhando por causa da marca das copiadoras – em 2005, a patrocinadora de um dos clubes paranaenses de futebol). Em outras ocasiões eram necessárias viagens curtas. Eu pegava estrada em 4ª marcha.
Essa empresa tbm exigia o uso de trajes sociais em cores pré-determinadas, que nos foram “fornecidos”. No entanto, foi descontado em folha o equivalente a metade do valor das vestes. Por lei, se a empresa exige uso de uniforme deve fornecer ao funcionário sem nenhum custo para o mesmo. Entrei com um processo logo que me mandaram embora e ganhei o equivalente ao triplo do que haviam me descontado. E não fui o único a faze-lo.

sábado, 2 de julho de 2011

Hibakusha


Não lembro exatamente quando começou, mas já faz muito tempo que me interesso pela Segunda Guerra Mundial, aspectos políticos, histórias pessoais, feitos heróicos de bravura e coragem e aparatos militares. As guerras de hoje não tem mais o brilho de antigamente. Cheguei ao ponto de pensar: “Putz, como eu gostaria de ter lutado lá”. Não no exército americano, melhor equipado, mas sim ao lado dos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e junto de figuras notáveis como o Sargento Max Wolff Filho.
Era isso o que eu pensava até conhecer pessoalmente o senhor Takashi Morita, 87 anos, um sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima (em japonês, hibakusha). O senhor Morita contou em primeira mão a experiência de estar próximo ao hipocentro (local da detonação da bomba) de uma explosão desta magnitude. “Foi o inferno”, diz, “algo como um esbarrão do sol”. Ele estava a 1300m do hipocentro e foi arremessado a mais de 10m de distância. Muito ferido e ainda atordoado, o primeiro pensamento que lhe ocorreu foi ajudar aos outros. Sessenta e seis anos depois, o Sr. Morita viaja o mundo alertando as pessoas sobre os perigos da energia atômica, é militante ferrenho da paz e diz não guardar rancor dos americanos. “O sentimento de vingança só gera mais violência”, conclui.

Mais detalhes sobre o relato do sr. Morita podem ser lidos aqui e aqui.

Estando em Curitiba, visite o Museu do Expedicionário, situado à Praça do Expedicionário, esquina com a Rua Ubaldino do Amaral no bairro Alto da Glória.



[Foto de Jéssica Marques @jessicamlr ]