Formada em 93 por Marcelus (Vocal), Luciano e Thomas Jefferson (Guitarras), Sílvio (Baixo) e Juan Neto (Bateria), recém saídos do colégio (atual ensino médio), e hoje com idades girando em torno dos 30 e poucos anos, a banda ficou conhecida no sul do país pela fidelidade aos covers do AC-DC. Cansados do estereótipo de banda cover, partiram para composições próprias, resgatando idéias que já estavam prontas desde 87. Tocariam na Alemanha como AC-DC Cover, mas chegaram ao consenso de que deveriam investir as economias na produção do primeiro disco, o “Igreja Universal do Reino do Rock”, lançado em 2006. Com excelente aceitação pelo público, venderam todas as cópias e tiveram 9 como menor nota em revistas especializadas. A consagração foi inevitável, tanto é que realizaram o sonho de viver apenas da música. “Muitas pessoas acham que o fato de ser músico é algo paralelo, apenas para se divertir, e o têm como um vagabundo. Elas não entendem que é uma profissão como outra qualquer, em matéria de valor ou posição social”, diz o guitarrista Thomas Jefferson.
Abriram shows de bandas de peso, como Motörhead, Deep Purple, Glenn Hughes, Biohazard, Sepultura e Krisiun, entre outras. Mesmo com todas estas mudanças, o sucesso não lhes subiu à cabeça e continuam tratando a todos com o mesmo respeito e humildade de antes. Segundo o vocalista Marcelus, “Não somos melhores do que ninguém”. Tanto é que não têm um Set List definido para os shows. Definem geralmente as 2 primeiras músicas e a sequência será de acordo com o que o público quiser ouvir.
A apresentação deste sábado (09/05), que teve aproximadamente 3 horas de duração, foi num bar do Largo da Ordem (mesmo local onde foi concedida a entrevista) e contou principalmente com músicas próprias e alguns covers intercalados, que foram desde AC-DC até Motörhead, passando por Accept, Black Sabbath e Iron Maiden. “Tocar covers é muito bom, mas tocar originais é melhor. Quando dez, vinte ou trinta pessoas batem palma é ótimo. Quando mil batem [palmas], você precisa se segurar. É a tua música, né?”, diz Marcelus.
Com lançamento previsto para este ano, a banda está finalizando a gravação de seu novo álbum, intitulado temporariamente de “Sangue no olho e Rock na veia”.
Em comemoração aos 40 anos do Nazareth, o ex-guitarrista Manny Charlton está produzindo um álbum de covers onde o Motorocker participará com uma versão de “Telegram”. O mesmo disco contará com nomes como Metallica e Guns n Roses.
O bar em si não merece nenhum destaque, pois os funcionários do local dificultaram ao máximo esta matéria. Combinei antecipadamente com o responsável para conhecer o local em termos de programação e infra-estrutura, mas quando cheguei, o “figura bíblica” fez de conta que não havíamos combinado nada e me deixou plantado na portaria. Como não sou bobo, combinei paralelamente com a assessoria, que me deu livre acesso ao local e, principalmente, à banda (Meus agradecimentos à Luzia). Fora esse detalhe, Motorocker é satisfação garantida e vale cada centavo gasto, seja no ingresso, no cd, ou até mesmo nas cervejas consumidas antes, durante e depois das apresentações.
Seguem alguns trechos da entrevista:
Sobre viver apenas de música.
“O que queremos é viver de música e fazer exatamente o que gostamos.”, diz o vocalista Marcelus.
Ainda segundo Marcelus, “Todo mundo te ensina a ser um ‘bom empregado’, mas não a ser um ‘bom patrão’ e ter seu próprio negócio. Te condicionam a ser um ‘bom empregado’ desde qdo vc nasce, é incrível.”
Mudanças após o lançamento do “Igreja Universal...”:
“Mudou praticamente tudo, toda a nossa visão em relação ao que poderia acontecer. Antes da gravadora nos chamar pra gravar, metade [do álbum] já estava praticamente pronto em estúdio. Estávamos economizando uma grana para tocarmos na Alemanha como AC-DC Cover, mas olhamos uns para os outros e dissemos ‘Chega desse negócio de cover, pelo amor de Deus’. Antes de 93, já desde 87 foram feitos os primeiros hits das músicas. Vamos pegar esse dinheiro e investir no disco, vai que dá certo! Cara, foi um sonho! Deu tudo certo. Vendemos todos os discos e a menor nota foi 9. Temos o melhor público do mundo, isso eu garanto pra vc. Cara, estamos vivendo um sonho maravilhoso.”
(Entrevistador: “Que é o sonho de qualquer moleque que curte Rock´n´Roll)
“É, nós somos moleques de quase 40 anos, mas continuamos sendo [moleques] e o Rock faz isso com a gente.”, diz Marcelus.
Assédio dos fãs.
Marcelus: “Há um senso comum muito bacana pq não fazemos força para pensarmos e nem para sermos o que não somos. Cada um é o que é e acabou. Ninguém aqui ainda se acostumou com esse negócio de dar autógrafo, tirar foto. É demais pra gente. A gente não se acha nada. Nós somos nós mesmos e não melhores do que ninguém. Mas na condição que os fãs querem que a gente seja, pô, coloque-se no respeito. Então, dê autógrafo, tire foto, e não fique falando ‘ah, não sou ninguém’. Fomos obrigados a nos acostumarmos pq isso ocorre todos os dias.”
Sobre humildade e bandas que abrem um show ou outro para bandas grandes e tornam-se arrogantes.
Marcelus: “Posso até parecer meio pretensioso em falar, mas garanto que todos aqui concordam comigo: o palco não é para qualquer um. Não pq a gente seja mais do que ninguém, mas se vc quiser subir ao palco para ficar bonitinho, fazer pose, não desmanchar o cabelo e não suar, então faça isso na frente do espelho em casa. Veja o exemplo das grandes bandas, a humildade do AC-DC, do Motörhead, das bandas que a gente abriu [os shows], Deep Purple, Glenn Hughes, Biohazard, Sepultura, Krisiun. Pô, cara, os caras te olham nos olhos. O Lemmy (do Motörhead) veio se desculpar por não ter podido assistir à nossa apresentação. Agora, o que um cu de frango desse, que não tem nem merda no cu pra cagar, quer se achar, cara? É aquela coisa do playboy, ele tem um pinto deste tamanhozinho e compra um carro bem massa que é a extensão do pênis dele. Eles (os arrogantes) usam a banda como extensão do pênis deles, ou a largura do cu, não sei. Depende da opção sexual de cada um. Pode ser a largura do cu tbm. Ele toca na banda para ter um cu mais largo e agüentar um pau maior.”
Lançamento do novo disco.
Título temporário: “Sangue no olho e Rock na veia”, cuja temática será diversão de uma forma geral, sem fazer protesto político ou coisas do gênero. O público trabalha a semana inteira e qdo vai a um show de Rock não querem saber de mais problemas, eles querem se divertir.
Set List
“Músicas do Igreja Universal, do Vamo Vamo. O que o povão pedir, cara. Nunca temos o Set List definido. Vai de acordo como o público reagir ou o que pedirem. Depende do clima do público. Definimos as 2 primeiras músicas e o resto vai no embalo. Vendo a galera [na platéia] a gente sabe o que estão querendo ouvir. Eles nos colocaram lá em cima, então devemos muito a eles. Não devemos merda nenhuma a FDP nenhum de empresário, produtor, o caralho. Devemos a esse povão que vem nos ver, que tatua o nome da banda no corpo, que fica pedindo show aqui e acolá. A gente existe para eles.”
Sobre a participação no álbum comemorativo dos 40 anos do Nazareth.
“Não temos que ficar nos menosprezando. Não devemos nada [para os gringos]. Somos nacionalistas, para vc ver como amamos este país (mostrando a tattoo no braço com o brasão nacional), na bateria e tudo (há a circunferência azul da bandeira nacional, com as estrelas e a faixa de “ordem e progresso” no bumbo). Já me chamaram para deixar esta banda e ir cantar na Europa, comer chucrute, mas eu não vou nem fodendo. Prefiro ficar em casa fazendo churrasco e comendo arroz-e-feijão.”
(Entrevistador: E carne assada! Muita cerveja pra encher a cara! Se é certo estar feliz, então aqui é o lugar! – letra do “Igreja Universal...” – Risos gerais)
Abriram shows de bandas de peso, como Motörhead, Deep Purple, Glenn Hughes, Biohazard, Sepultura e Krisiun, entre outras. Mesmo com todas estas mudanças, o sucesso não lhes subiu à cabeça e continuam tratando a todos com o mesmo respeito e humildade de antes. Segundo o vocalista Marcelus, “Não somos melhores do que ninguém”. Tanto é que não têm um Set List definido para os shows. Definem geralmente as 2 primeiras músicas e a sequência será de acordo com o que o público quiser ouvir.
A apresentação deste sábado (09/05), que teve aproximadamente 3 horas de duração, foi num bar do Largo da Ordem (mesmo local onde foi concedida a entrevista) e contou principalmente com músicas próprias e alguns covers intercalados, que foram desde AC-DC até Motörhead, passando por Accept, Black Sabbath e Iron Maiden. “Tocar covers é muito bom, mas tocar originais é melhor. Quando dez, vinte ou trinta pessoas batem palma é ótimo. Quando mil batem [palmas], você precisa se segurar. É a tua música, né?”, diz Marcelus.
Com lançamento previsto para este ano, a banda está finalizando a gravação de seu novo álbum, intitulado temporariamente de “Sangue no olho e Rock na veia”.
Em comemoração aos 40 anos do Nazareth, o ex-guitarrista Manny Charlton está produzindo um álbum de covers onde o Motorocker participará com uma versão de “Telegram”. O mesmo disco contará com nomes como Metallica e Guns n Roses.
O bar em si não merece nenhum destaque, pois os funcionários do local dificultaram ao máximo esta matéria. Combinei antecipadamente com o responsável para conhecer o local em termos de programação e infra-estrutura, mas quando cheguei, o “figura bíblica” fez de conta que não havíamos combinado nada e me deixou plantado na portaria. Como não sou bobo, combinei paralelamente com a assessoria, que me deu livre acesso ao local e, principalmente, à banda (Meus agradecimentos à Luzia). Fora esse detalhe, Motorocker é satisfação garantida e vale cada centavo gasto, seja no ingresso, no cd, ou até mesmo nas cervejas consumidas antes, durante e depois das apresentações.
Seguem alguns trechos da entrevista:
Sobre viver apenas de música.
“O que queremos é viver de música e fazer exatamente o que gostamos.”, diz o vocalista Marcelus.
Ainda segundo Marcelus, “Todo mundo te ensina a ser um ‘bom empregado’, mas não a ser um ‘bom patrão’ e ter seu próprio negócio. Te condicionam a ser um ‘bom empregado’ desde qdo vc nasce, é incrível.”
Mudanças após o lançamento do “Igreja Universal...”:
“Mudou praticamente tudo, toda a nossa visão em relação ao que poderia acontecer. Antes da gravadora nos chamar pra gravar, metade [do álbum] já estava praticamente pronto em estúdio. Estávamos economizando uma grana para tocarmos na Alemanha como AC-DC Cover, mas olhamos uns para os outros e dissemos ‘Chega desse negócio de cover, pelo amor de Deus’. Antes de 93, já desde 87 foram feitos os primeiros hits das músicas. Vamos pegar esse dinheiro e investir no disco, vai que dá certo! Cara, foi um sonho! Deu tudo certo. Vendemos todos os discos e a menor nota foi 9. Temos o melhor público do mundo, isso eu garanto pra vc. Cara, estamos vivendo um sonho maravilhoso.”
(Entrevistador: “Que é o sonho de qualquer moleque que curte Rock´n´Roll)
“É, nós somos moleques de quase 40 anos, mas continuamos sendo [moleques] e o Rock faz isso com a gente.”, diz Marcelus.
Assédio dos fãs.
Marcelus: “Há um senso comum muito bacana pq não fazemos força para pensarmos e nem para sermos o que não somos. Cada um é o que é e acabou. Ninguém aqui ainda se acostumou com esse negócio de dar autógrafo, tirar foto. É demais pra gente. A gente não se acha nada. Nós somos nós mesmos e não melhores do que ninguém. Mas na condição que os fãs querem que a gente seja, pô, coloque-se no respeito. Então, dê autógrafo, tire foto, e não fique falando ‘ah, não sou ninguém’. Fomos obrigados a nos acostumarmos pq isso ocorre todos os dias.”
Sobre humildade e bandas que abrem um show ou outro para bandas grandes e tornam-se arrogantes.
Marcelus: “Posso até parecer meio pretensioso em falar, mas garanto que todos aqui concordam comigo: o palco não é para qualquer um. Não pq a gente seja mais do que ninguém, mas se vc quiser subir ao palco para ficar bonitinho, fazer pose, não desmanchar o cabelo e não suar, então faça isso na frente do espelho em casa. Veja o exemplo das grandes bandas, a humildade do AC-DC, do Motörhead, das bandas que a gente abriu [os shows], Deep Purple, Glenn Hughes, Biohazard, Sepultura, Krisiun. Pô, cara, os caras te olham nos olhos. O Lemmy (do Motörhead) veio se desculpar por não ter podido assistir à nossa apresentação. Agora, o que um cu de frango desse, que não tem nem merda no cu pra cagar, quer se achar, cara? É aquela coisa do playboy, ele tem um pinto deste tamanhozinho e compra um carro bem massa que é a extensão do pênis dele. Eles (os arrogantes) usam a banda como extensão do pênis deles, ou a largura do cu, não sei. Depende da opção sexual de cada um. Pode ser a largura do cu tbm. Ele toca na banda para ter um cu mais largo e agüentar um pau maior.”
Lançamento do novo disco.
Título temporário: “Sangue no olho e Rock na veia”, cuja temática será diversão de uma forma geral, sem fazer protesto político ou coisas do gênero. O público trabalha a semana inteira e qdo vai a um show de Rock não querem saber de mais problemas, eles querem se divertir.
Set List
“Músicas do Igreja Universal, do Vamo Vamo. O que o povão pedir, cara. Nunca temos o Set List definido. Vai de acordo como o público reagir ou o que pedirem. Depende do clima do público. Definimos as 2 primeiras músicas e o resto vai no embalo. Vendo a galera [na platéia] a gente sabe o que estão querendo ouvir. Eles nos colocaram lá em cima, então devemos muito a eles. Não devemos merda nenhuma a FDP nenhum de empresário, produtor, o caralho. Devemos a esse povão que vem nos ver, que tatua o nome da banda no corpo, que fica pedindo show aqui e acolá. A gente existe para eles.”
Sobre a participação no álbum comemorativo dos 40 anos do Nazareth.
“Não temos que ficar nos menosprezando. Não devemos nada [para os gringos]. Somos nacionalistas, para vc ver como amamos este país (mostrando a tattoo no braço com o brasão nacional), na bateria e tudo (há a circunferência azul da bandeira nacional, com as estrelas e a faixa de “ordem e progresso” no bumbo). Já me chamaram para deixar esta banda e ir cantar na Europa, comer chucrute, mas eu não vou nem fodendo. Prefiro ficar em casa fazendo churrasco e comendo arroz-e-feijão.”
(Entrevistador: E carne assada! Muita cerveja pra encher a cara! Se é certo estar feliz, então aqui é o lugar! – letra do “Igreja Universal...” – Risos gerais)
uma banda du caralho, parabens pela entrevista
ResponderExcluirMuito Legal Esse Post Tudo Q Eu Penso Sobre Esses MErdas Q Sobem No Palco Somente Pelo Dinheiro Ele falou Logo Acima,Espero Q o MotorockeR Continue tocando E fazendo Esse Sucesso Q faz Por MuitO Tempo...Simplesmente De Mais AdooRo e Sempre Adorarei O Bom E Velho MotorockeR !
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