Vc já pensou em viajar no tempo? Certamente que sim, principalmente se for fã de filmes como “De Volta para o Futuro” ou um tímido inveterado que gostaria de dizer a si mesmo pra não ter medo de chegar junto daquela guria do colégio pq ela lhe dirá “sim”. E se vc se deslocar no espaço-tempo sem nem saber?
Sabe esse monitor para onde vc está olhando agora? Pois é, para que seja possível enxerga-lo é preciso que ele emita luz e que ela chegue até seus olhos (qdo estiver ligado). Da mesma forma, qdo ele estiver desligado é preciso que haja uma fonte luminosa no ambiente, a luz refletirá nele (monitor) e chegará até seus olhos para que vc o enxergue. Se não houver nenhuma fonte luminosa no ambiente vc não conseguirá enxergar nada, justamente pq não há luz chegando aos seus olhos. Agora que entendemos como funciona o processo da visão já é possível pirar o cabeção no deslocamento temporal.
Lembra daquelas aulas de História em que a gente desenha uma linha do tempo linear? Nada mais é do que um risco reto, seguindo a linha da folha do caderno. Vamos marcando os anos de forma crescente, começando pela esquerda e aumentando conforme avança para a direita.
Uns físicos muito loucos (ou atrasados, dependendo do ponto de vista) acreditam que o espaço-tempo é linear e, por isso, impossível de se avançar ou retroceder nele. Viajando na maionese, imaginemos que seja possível um veículo se descolar em velocidade superior à da luz, que é de 300 mil quilômetros por segundo, e que esse veículo se deslocará de um ponto “A” qualquer até um ponto “B”. Se estes pontos estiverem a 300 mil quilômetros de distância um do outro, a luz demorará exatamente um segundo para se deslocar de “A” a “B”. Supondo que os pontos estejam a 600 mil quilômetros de distância um do outro e que o veículo se mova a 600 mil quilômetros por segundo, a luz demorará 2 segundos para ir de “A” até “B”, enquanto o tal veículo demorará apenas 1 segundo para se deslocar pelo mesmo percurso. Como o veículo em questão se move mais rápido que a luz, ele chegará ao ponto “B” antes que a luz refletida do objeto chegue lá. Ao chegar em “B”, a pessoa que estiver no veículo visualizará o ponto “A” no segundo anterior ao de ter saído de lá, ou seja, retrocedeu um segundo no tempo. Ao passo que se a pessoa se deslocar do ponto “B” para o ponto “A” visualizará a luz instantes posteriores. Traduzindo em miúdos, avançará ao futuro. Muito louco, não?
Uma outra vertente da Física acredita que o espaço-tempo seja uma espiral, onde passado e futuro ocasionalmente se encontram. Nos deslocamos por ele sem nem termos consciência disso e, em tese, nosso cérebro está adaptado a essas “viagens” esporádicas. Para não fritarmos nossos miolos tentando entender o que aconteceu, o cérebro automaticamente “apaga” essas experiências e pronto, a vida continua. O problema, ou a solução, é que não esquecemos completamente dessas “viagens” e por isso temos aquelas sensações de deja vu. Uma pira bem louca essa, não?
Ok, ok, antes que eu perca meus dois leitores já adianto que não andei fumando nada. Não posso citar nomes e nem fontes pq não me lembro onde li essas paradas, além de isto não ser um artigo científico e nem nada, mas as teorias são perfeitamente válidas.
Há 10 anos