quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Facebook e o Holocausto

Algum tempo atrás alguém postou, no Twitter, o link de uma matéria sobre um piá ter processado o Facebook por armazenar dados não autorizados sobre ele, como fotos, o que curtiu ou não, entre outras coisas. Como ganhou a causa, o piá tbm exigiu um relatório detalhado sobre todas as informações que o FB possuía dele, no que recebeu um calhamaço de 1200 páginas.
Logo que o regime nazista assumiu o poder no início dos anos 1930, começaram a fazer um recenseamento com perguntas aparentemente simples sobre o modo de vida da população. Muito se questiona sobre a eficácia com que os nazistas encontraram e deportaram os judeus durante a 2ª Guerra Mundial e a resposta é simples: foi dessa forma aparentemente inocente que os identificaram. Em nome do lucro, os americanos forneceram a tecnologia necessária à catalogação (máquinas leitoras de cartão perfurado - precursora da informática moderna) que permitiu tamanha precisão. Confira este link para mais detalhes.
Resolvi, de brincadeira, criar um perfil fake no FB só pra bisbilhotar (e pra parar de usar a conta da minha mãe para estes fins). Pelo e-mail que usei para me logar, uma tal de Elisabete já havia mandado convite de amizade, o qual neguei por não conhece-la. E mesmo que conhecesse não aceitaria o convite pq não quero ter perfil ativo. Para minha surpresa, mesmo depois de ter negado o convite, o FB ainda perguntou se eu a conhecia fora do mundo virtual. O que interessa para um site como este saber se eu conheço a pessoa no mundo real? Boa coisa não é.
Voltando para a época atual, sabe aquelas perguntas bobas que a gente responde sem nem pensar direito? Pois é, convém pensar um pouco melhor antes de responder ao censo e àquelas perguntas idiotas do questionário sócio-econômico do ENEM ou dos Vestibulares uma vez que não sabemos quem tem acesso a estes dados e muito menos quais os reais interesses. No final das contas minha aversão às redes sociais tem algum fundamento que vai além do meu senso antisocial. Uma coisa é certa: nada é por acaso e qualquer semelhança com recenseamentos anteriores não é mera coincidência. Fiquem ligados!