sábado, 4 de junho de 2011

Azerutan

Era uma vez um Santos, que não era tão Dumont assim.
Ele estava mais para Assis, o São Francisco.
Mas não era só isso.
Era o Pessoa também, Seu Fernando.

"Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia farei um castelo".
Um castelo de caixotes empilhados, de onde impera sozinho]
[no topo, único.
Lá no alto do castelo, seu castelo, Azerutan tem uma vista]
[privilegiada da cidade por
sobre as cabeças dos paulistanos apressados que mal o]
[notam, imponente.

Um trocado no fundo da lata: esse é o som que o faz se mexer]
[e presentear o indivíduo parado à sua frente com informações]
[sobre seu personagem.
"Muito prazer, seu Dumont. Não sabia que vc voava".
"Eu voo, sim, criança. Esse é meu presente para vc: conhecimento".
É assim que ele contribui na disseminação da cultura, um bilhete]
[de cada vez.

Apesar da tranquilidade que sua arte o trás, nem tudo são flores.
O povo, recluso num mundo de visão estreita, não dá o devido valor.
Ele já foi derrubado, humilhado e xingado.

Mal sabem o ser extraordinário que se esconde por baixo das vestes,
professor de desenho, artista plástico, entusiasta,
que sonha em ir a Paris, berço de sua arte.

Oh, Paris. Je t´aime Paris. Cidade Luz, colorida na essência.
"Ser estátua é matar a cor, é matar a vida".
Ao contrário, Azerutan dá vida à estátua.

A mesma vida que a natureza lhe deu.
Azerutan significa natureza, ou seria ao contrário?
Basta apenas dizer Antônio Carlos.

[Foto por Karol Coelho]

Um comentário:

  1. belo trabalho,gostaria que conhece-se meu mais novo personagem (Iemanjá ,a rainha das águas salgadas, a mãe dos filhos peixes,a senhora das pérolas,uma homenagem África, parabéns um grande abç,Azerutan ......


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