Oh, Valentine´s Day, tu chegaste novamente para intimidar-me. Mais uma vez estarei só, acompanhado dos livros e do vinho enquanto minha musa, minha verdadeira musa, extasia-se em braços alheios. Que sensação ruim a de imaginar-lhe sendo tocada por outro, de suas mãos acariciando um rosto que não o meu. Tenho vontade de sumir, de sair sem rumo e não mais voltar a este planalto árido que só causou dor e sofrimento. Agora, mais do que nunca, seria perfeita uma campanha para “arejar as idéias” (Não foi uma mera divagação e esta afirmação tem uma razão de ser). Talvez regressar à minha terra natal para ficar entre os meus.
Como pude enganar-me todo esse tempo? É óbvio que não fomos feitos um para o outro. Somos de planetas completamente diferentes. Eu sou um plebeu, vc, uma princesa. Romances onde a realeza se une em matrimônio com a plebe só dão certo nos livros infantis com o batido final “E foram felizes para sempre”. Eu não chegaria a tanto, afinal não quero me casar, não agora. Graças à errônea pontaria do meu cupido (para não chamá-lo de burro e completo idiota) passei todo esse tempo ofuscado pela idealização de uma musa sem me dar conta de que na verdade era apenas um reflexo.
Foi bom contemplá-la à distância este tempo todo, Dália Negra, mas percebo agora que via apenas minha bela e doce Esmeralda, filha do vento, vestida com sua bata branca e seu sári amarelo, radiante como os raios solares numa manhã de primavera. Esta sim, real e ao alcance das mãos, sem frescuras, sem meio-termos, direta e específica em suas vontades e anseios, que provoca suspiros e arrepios apenas ao chegar perto, que me leva ao completo êxtase quando nossas peles se encontram, mesmo com toques suaves, que faz meu coração bater no limite. Faltam-me palavras para descrever precisamente todas as reações que provocas, saudosa Esmeralda, e não há um único dia que não pense em ti.
Como pude enganar-me todo esse tempo? É óbvio que não fomos feitos um para o outro. Somos de planetas completamente diferentes. Eu sou um plebeu, vc, uma princesa. Romances onde a realeza se une em matrimônio com a plebe só dão certo nos livros infantis com o batido final “E foram felizes para sempre”. Eu não chegaria a tanto, afinal não quero me casar, não agora. Graças à errônea pontaria do meu cupido (para não chamá-lo de burro e completo idiota) passei todo esse tempo ofuscado pela idealização de uma musa sem me dar conta de que na verdade era apenas um reflexo.
Foi bom contemplá-la à distância este tempo todo, Dália Negra, mas percebo agora que via apenas minha bela e doce Esmeralda, filha do vento, vestida com sua bata branca e seu sári amarelo, radiante como os raios solares numa manhã de primavera. Esta sim, real e ao alcance das mãos, sem frescuras, sem meio-termos, direta e específica em suas vontades e anseios, que provoca suspiros e arrepios apenas ao chegar perto, que me leva ao completo êxtase quando nossas peles se encontram, mesmo com toques suaves, que faz meu coração bater no limite. Faltam-me palavras para descrever precisamente todas as reações que provocas, saudosa Esmeralda, e não há um único dia que não pense em ti.
engraçado, o dia dos namorados nunca me abalou, e olha q passei vários sozinha, sem vinhos ou livros, só pensando q naquela hora poderia estar nos braços fortes e meio cabeludos de algum homem, q poderia ou não, chamar de meu...
ResponderExcluirmas agora, sabendo que a data foi criada para preencher uma grande lacuna no comércio, entre o dia das mães e o dia do pais, me abala menos ainda.
e sobre o muso? sumiu.
bjs
Pensei em explorar o lado capitalista do Dia dos Namorados, mas resolvi deixa-lo de lado por alguns motivos.
ResponderExcluir1) para não me alongar muito e fatalmente virar um post cansativo;
2) foquei apenas o lado romântico da comemoração e seu valor simbólico, que é “apenas” o principal;
3) sem mencionar o fato de que o lado materialista dela (caso estivesse devidamente acompanhado) não faria a menor diferença nesta data, visto que eu não gastaria mais do que $10 num presente, ou melhor, numa lembrancinha. Meu lado materialista ficaria completamente jogado às traças, pois não faria questão dele (do presente) pelo simples fato de estar junto com a pessoa amada ser muito mais importante do que trocar frivolidades.
"...doce Esmeralda, filha do vento..."
ResponderExcluirSabe meu caro amigo, os filhos do vento são incompreendidos muitas vezes, mas você descobriu (ou talvez só o perceba mais tarde)algo muito importante a respeito deles...
"Não é inexistente o desejo de ficar, mas a caravana precisa partir".
Não se trata apenas de uma tradição,mas de uma necessidade de alma,quase que uma sina.
B.D.Q