Alguns anos atrás, logo que mudei para Curitiba, fui convocado para uma entrevista de emprego com o diretor de um grupo ligado à área de manutenção e instalação de alarmes e CFTV e a de vigilância, mas para atuar como técnico. Para resumir a estória de forma considerável, fiz a primeira entrevista (que ocorreu sem maiores problemas com relação a horário) com o diretor do grupo, o qual deixou bem claro que gostou da minha pessoa, não só pelo lado pessoal, mas também por ter sido o único a acertar todas as questões do teste teórico de eletrônica e lógica. Alguns dias depois foi marcada uma segunda entrevista, desta vez com o supervisor da área técnica.
Cheguei pontualmente no horário e me apresentei. Na sala haviam outros 15 candidatos sendo entrevistados individualmente. Por motivos de incompatibilidades de horário com o inicialmente sugerido pela “querida” do RH (sim, estou sendo irônico e sarcástico), fiquei por último. Ou seja, o combinado era às 11h, mas minha vez chegou apenas às 15h.
A entrevista foi um fiasco, pois o supervisor era um burocrata bitolado, preconceituoso e alienado que não me contratou única e exclusivamente pelo motivo de eu ser cabeludo e usar cavanhaque. Isso ficou bem claro nas palavras dele. Bem lá no fundo acredito que tenha sido por inveja das minhas madeixas, pois o cara ficou divagando sobre os longos anos que passou no Exército. Pobre coitado.
O que me deixa mais indignado não é o preconceito e limitações (culturais, éticas e morais) das pessoas ligadas a RH´s, mas sim o pouco caso destas com relação a quem busca uma nova colocação no mercado de trabalho e que raramente cumprem o horário combinado para as entrevistas. Às vezes comparo os encarregados de RH com médicos, que acham que têm o rei na barriga. Os médicos acham que são deuses, os “RH´s” tbm pelo motivo básico de decidirem quem fica ou quem vai para o “olho da rua”. Muita calma nessa hora. Em tempos de crise, qualquer um está sujeito a levar um “pé na bunda” e o jogo pode facilmente ser invertido. Nada impede que eu venha a entrevistar aquele supervisor bitolado algum dia...
Há 10 anos
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