Um amigo disse certa vez que Blogs são frescuras do tipo “Querido diário...”. O dos outros pode até ser. O meu não é. Como estive passando por uma fase ligeiramente estranha, resolvi dedicar um Post deste período a um outro amigo: meu dog.
A mãe deles já estava conosco havia anos quando nasceram, de cesariana, ele e o irmão. A pelagem de um era toda bege e cabeça branca, idêntica à da mãe. A do outro era completamente negra, com uma pequena mancha branca no peito e outra na ponta do rabo. O beginho, que não chegou a ser “batizado”, estava em melhores condições. O outro estava completamente desenganado.
Para nossa surpresa, na manhã seguinte, o beginho estava morto e o “Negão” firme e forte. Claro que esse não era o nome dele, que guardarei para mim. Era apenas um dos apelidos e atendia da mesma forma alegre e carinhosa de quando o chamávamos pelo nome.
Mamou sozinho e virou um “touro”. As costelas até ficaram ligeiramente quadradas antes de começar a andar, de tanto que engordou.
Adorava passear e brincar com uma bolinha de tênis. As pessoas perguntavam na rua a qual raça ele pertencia. Eu respondia todo orgulhoso que era um “dog street”, vulgo “vira-latas”. E de fato era mesmo.
Ele não era grudento do tipo que ficava te lambendo e alisando o tempo todo, mas gostava de um cafuné. Se parasse de mexer nele, logo cutucava com o focinho gelado para pedir mais. Latir era com ele mesmo, mas não o fazia a esmo. Apenas se houvesse algum desconhecido na vila. Qdo não estava latindo, ficava deitado ao nosso lado ou correndo pelo quintal. À noite, quando retornava do Cursinho, dava um pequeno assobio ainda na esquina. Ao chegar ao portão ele estava lá me esperando com o rabo abanando. Ele não era só o meu amigo. Era como um irmão. Era meu companheiro, meu fiel escudeiro.
Trouxe tantas alegrias à minha casa e falhei com ele no momento em que mais precisou de mim. Negão, vc não sabe como me dói lembrar disso. Espero que me perdoe por isso e que esteja bem, onde quer que seja.
Ele completaria 15 anos agora em fevereiro. Faleceu em dezembro de 2003, vítima de um câncer. Saudades eternas de vc.
Há 10 anos
existe amizade mais incondicional do q a canina???
ResponderExcluirbeijos
"...bem onde quer que esteja..."
ResponderExcluirSei onde ele está! No seu coração!E este é um ótimo lugar para se estar...
Falo por experiência própria!
Fique bem e ele estará bem.
B.D.Q
Meg.
Ahn q post bacana, me emocionou!
ResponderExcluir