Há 10 anos
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Divagações 9
Traçando um paralelo entre o Universo Star Wars e Ctba, onde seria a Orla Exterior? Depois do Contorno Sul ou nos cafundós do Boqueirão?
domingo, 19 de dezembro de 2010
Soneto 2
Quando a hora dobra em triste e tardo toque
E em noite horrenda vejo escoar-se o dia,
Quando vejo esvair-se a violeta, ou que
A prata a preta têmpora assedia;
E em noite horrenda vejo escoar-se o dia,
Quando vejo esvair-se a violeta, ou que
A prata a preta têmpora assedia;
Quando vejo sem folha o tronco antigo
Que ao rebanho estendia a sobra franca
E em feixe atado agora o vejo trigo
Seguir o carro, a barba hirsuta e branca;
Que ao rebanho estendia a sobra franca
E em feixe atado agora o vejo trigo
Seguir o carro, a barba hirsuta e branca;
Sobre tua beleza então questiono
Que há de sofrer do Tempo a dura prova,
Pois as graças do mundo em abandono
Que há de sofrer do Tempo a dura prova,
Pois as graças do mundo em abandono
Morrem ao ver nascer a graça nova.
Contra a foice do tempo é vão combate
Salvo a prole, que o enfrenta se te abate.
Contra a foice do tempo é vão combate
Salvo a prole, que o enfrenta se te abate.
William Shakespeare
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Crianças
Fazer um filho é relativamente fácil: basta pegar uma guria qualquer e pronto, nove meses depois vem o “brinde”. Daí cada um continua morando na sua respectiva casa ou na dos pais, já que não nos gostamos tanto assim, estávamos apenas curtindo, fazendo sexo por diversão e a gestação foi apenas a maior burrada de nossas vidas medíocres. Ou então juntamos as escovas de dente, dividimos um teto, nos aturamos e vamos tocando a vida da melhor maneira possível. Se der certo, deu. Se não deu, foda-se. É só nos separarmos, pagar a bosta da pensão em dia e pronto, tudo resolvido.
Alguém que “pega” todas provavelmente pensa deste jeito ao ser informado de que sua vida mudará em alguns meses. Eu pensaria: tudo resolvido uma ova. Recuso-me. Assim eu não quero. Prefiro continuar solteiro e sendo o último de minha linhagem, mesmo pq eu não sou do tipo que “pega” todas e mais algumas.
Eu não gosto de crianças. Nunca gostei. Elas são chatas, fazem birra, perturbam, choram, “seguram vela” e nos deixam nas maiores “saias-justas” possíveis, com perguntas e comportamentos inconvenientes nos momentos mais impróprios. Minha percepção com relação aos baixinhos começou a mudar quando minha irmã nasceu e quando conheci uma possível candidata ao cargo de mãe dos meus rebentos. Claro que as continuo achando um porre, mas tbm estou mais paciente e tolerante. Tanto é que comecei a pensar no assunto paternidade há alguns meses.
Há todo um contexto envolvido e não exatamente apenas na paternidade pura e simples pq, como disse antes, fazer é fácil. O pré-requisito é construir um lar com a mulher amada. Não só ter um local para morar e um teto para cobrir nossas cabeças, mas sim um reduto para construirmos sonhos e perspectivas, onde imperem o amor, carinho, lealdade e cumplicidade. Só então estaremos devidamente prontos a conceber e criar uma criança.
Eu encontrei a mãe dos meus filhos, digna desta posição, mulher honrada e independente. Ou melhor, pensei que encontrei. Ela, apesar de querer ser mãe, ainda não está pronta, seja física ou emocionalmente. Não a culpo, afinal há partes obscuras em seu passado que a marcaram e dificilmente são curadas/resolvidas de uma hora para outra. De alguma forma o amor, carinho e admiração continuam os mesmos por ela e quero o seu bem, por isso sempre será a minha Esmeralda. E eu continuarei em busca de Maria, igualmente digna e honrada, para amar e desposar e que conceberá meus descendentes.
* Esmeralda e Maria são personagens do livro “Esmeralda”, psicografado por Zibia Gasparetto.
Alguém que “pega” todas provavelmente pensa deste jeito ao ser informado de que sua vida mudará em alguns meses. Eu pensaria: tudo resolvido uma ova. Recuso-me. Assim eu não quero. Prefiro continuar solteiro e sendo o último de minha linhagem, mesmo pq eu não sou do tipo que “pega” todas e mais algumas.
Eu não gosto de crianças. Nunca gostei. Elas são chatas, fazem birra, perturbam, choram, “seguram vela” e nos deixam nas maiores “saias-justas” possíveis, com perguntas e comportamentos inconvenientes nos momentos mais impróprios. Minha percepção com relação aos baixinhos começou a mudar quando minha irmã nasceu e quando conheci uma possível candidata ao cargo de mãe dos meus rebentos. Claro que as continuo achando um porre, mas tbm estou mais paciente e tolerante. Tanto é que comecei a pensar no assunto paternidade há alguns meses.
Há todo um contexto envolvido e não exatamente apenas na paternidade pura e simples pq, como disse antes, fazer é fácil. O pré-requisito é construir um lar com a mulher amada. Não só ter um local para morar e um teto para cobrir nossas cabeças, mas sim um reduto para construirmos sonhos e perspectivas, onde imperem o amor, carinho, lealdade e cumplicidade. Só então estaremos devidamente prontos a conceber e criar uma criança.
Eu encontrei a mãe dos meus filhos, digna desta posição, mulher honrada e independente. Ou melhor, pensei que encontrei. Ela, apesar de querer ser mãe, ainda não está pronta, seja física ou emocionalmente. Não a culpo, afinal há partes obscuras em seu passado que a marcaram e dificilmente são curadas/resolvidas de uma hora para outra. De alguma forma o amor, carinho e admiração continuam os mesmos por ela e quero o seu bem, por isso sempre será a minha Esmeralda. E eu continuarei em busca de Maria, igualmente digna e honrada, para amar e desposar e que conceberá meus descendentes.
* Esmeralda e Maria são personagens do livro “Esmeralda”, psicografado por Zibia Gasparetto.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Verdades
“...tenho por mim que o homem não sente apenas com o coração, mas que com todas as suas partes. Sei que tal ideia pode parecer sandice, mas para mim a verdade é que o estômago apaixona-se pelas mulheres que cozinham bem, os ouvidos pelas que têm bela voz, os olhos pelas bem formadas, o nariz pelas que cheiram como flores, as mãos pelas que têm pele macia e o cano por aquelas que são bem dispostas.” *
A bem da verdade, tenho que concordar e digo que não somente isso, mas a tudo e mais um pouco, como a boca pelas de lábios sedosos, a língua pelas que sabem ouvir e todo o conjunto pelas inteligentes, companheiras, carinhosas, leais e cúmplices. O resto, parceiro, é apenas o resto.
Um brinde a esse bicho complicado que torna nossas vidas mais doces e suportáveis, mesmo aquelas que insistem em escolher os piores espécimes do sexo masculino (pior: continuam insistindo no erro) e sequer se dão conta de que a felicidade pode estar ali, parada ao lado dela.
*Trecho do livro “Terra Papagalli”, de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta.
A bem da verdade, tenho que concordar e digo que não somente isso, mas a tudo e mais um pouco, como a boca pelas de lábios sedosos, a língua pelas que sabem ouvir e todo o conjunto pelas inteligentes, companheiras, carinhosas, leais e cúmplices. O resto, parceiro, é apenas o resto.
Um brinde a esse bicho complicado que torna nossas vidas mais doces e suportáveis, mesmo aquelas que insistem em escolher os piores espécimes do sexo masculino (pior: continuam insistindo no erro) e sequer se dão conta de que a felicidade pode estar ali, parada ao lado dela.
*Trecho do livro “Terra Papagalli”, de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Vestibular
Tive um professor de matemáGica (sim, matemágica, pois só pessoas muito nerds e anormais entendem profundamente a conspiratória saga numérica) no cursinho que era muito louco. Para descontrair um pouco durante as aulas, ele contava micos cometidos na infância e intitulava as histórias como “As Aventuras do Gordinho Suado”. Entre uma peripécia e outra do tal gordinho, a que mais marcou foi a máxima de que toda vestibulanda no final do ano é igualzinha à ursa da Coca-Cola, ou seja, gorda, branca e peluda.
P.S.: E por falar na peruca pubiana alheia, uma amiga, que por coincidência é vestibulanda e não sabia sobre o que eu estava escrevendo, me mandou este link pouco depois de eu terminar o rascunho do post. Eu ri.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Lixão 2
Já contei aqui sobre o Ferro Velho que abriu perto de casa e sobre os inconvenientes com mosquitos. A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Central de Atendimento 156, em resposta final ao meu protocolo aberto no dia 23 de outubro (Mais de um mês pra atender um caso de Saúde Pública!!!), informou (contém erros de Português): "Em reinspeção no dia 29 de Novembro de 2010, os agentes da SAU encontraram a seguinte situação. Um Ferro Velho, com espaço físico que já havia sofrido inspeção há + ou - 15 dias atrás. Outrossim, pelo fato de ser um local de possível risco para o surgimento do mosquito, foi enquadrado dentro do programa de Ministério da Saúde, como ponto estratégico sofrendo inspeções quinzenais preventivas, durante o ano todo. Outrossim, são repassadas incansavelmente todas as ações de medidas preventivas permanente ao proprietário, bem como os riscos da doença e a assinatura de um protocolo conjunto de responsabilidade definido como plano de gerenciamento".
Se houve inspeção há 15 dias e reinspeção na última segunda-feira (29/11), pq é que o lixo e os pneus descobertos continuam lá jogados? Pq o proprietário não se dignou a recolhe-los ou cobri-los, já que está mais do que ciente dos riscos à saúde? Isso é só conversa pra boi dormir. O proprietário relapso só tomará ação quando começar a doer no bolso dele. Os agentes que estiveram no local, se é que estiveram, não tomaram as medidas cabíveis. Ou será que a facilidade do arrego falou mais alto? Até pensei em finalizar o post novamente com a questão de não saber se é pouco caso, falta de pessoal, má vontade ou atentar para uma possível incompetência do Prefeito. De repente nem ele e nem o secretário de saúde estejam a par da situação. Nesse caso o buraco é mais embaixo. Alguém deve estar “molhando” a mão de outro alguém, que por sua vez mexe uns pauzinhos pra não rolar autuação, multa e afins e continua tudo na mesma.
Quem vc acha que financia essa merda toda?
Se houve inspeção há 15 dias e reinspeção na última segunda-feira (29/11), pq é que o lixo e os pneus descobertos continuam lá jogados? Pq o proprietário não se dignou a recolhe-los ou cobri-los, já que está mais do que ciente dos riscos à saúde? Isso é só conversa pra boi dormir. O proprietário relapso só tomará ação quando começar a doer no bolso dele. Os agentes que estiveram no local, se é que estiveram, não tomaram as medidas cabíveis. Ou será que a facilidade do arrego falou mais alto? Até pensei em finalizar o post novamente com a questão de não saber se é pouco caso, falta de pessoal, má vontade ou atentar para uma possível incompetência do Prefeito. De repente nem ele e nem o secretário de saúde estejam a par da situação. Nesse caso o buraco é mais embaixo. Alguém deve estar “molhando” a mão de outro alguém, que por sua vez mexe uns pauzinhos pra não rolar autuação, multa e afins e continua tudo na mesma.
Quem vc acha que financia essa merda toda?
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Pastel 2
Em uma outra ocasião meu pai havia saído com a namorada dele (meus pais já eram separados) e eu ficado sozinho em casa, pra variar. Novamente bateu aquela vontade de comer pastel. Fiz os pastéis, todos bonitinhos, alguns de carne e outros de queijo. Dessa vez cabiam na frigideira! Progresso!
O fogão ficava na lavanderia, que era pra não engordurar a cozinha. Para não se molharem, os meus cachorros ficavam presos na lavanderia qdo estava chovendo muito. Tudo certo, os pastéis sobre a pia da cozinha, o óleo esquentando sobre o fogão, os cães no canto deles, aquele temporal lá fora e eu sem paciência. Resolvi assistir um pouco de tv enquanto o óleo esquentava.
Só lembrei que o raio do fogo estava aceso meia hora depois. Fui correndo pra cozinha e, qdo cheguei lá, a 1ª coisa que pensei foi "ué, eu havia deixado a luz da lavanderia acesa". Qdo cheguei à porta foi que vi o estrago: uma labareda sobre a panela com uns 40cm de altura. De fato, a luz da lavanderia estava acesa, mas estava escondida atrás de pelo menos 1m de fumaça escura que se amontoava no teto. Enquanto isso, os cães com o cu na mão se espremiam sob o armário. Cheguei de longe, apaguei o fogo, peguei a panela com uma daquelas luvas térmicas pela pontinha do cabo e a coloquei no quintal no meio da chuva. Abri a janela pra sair a fumaça e liguei um ventilador pra ajudar. Os coitados dos cães ficaram enfiados debaixo do armário por mais um tempo até criarem coragem pra sair de lá.
Resultado: pedi uma pizza, assisti um filme e fui dormir.
O fogão ficava na lavanderia, que era pra não engordurar a cozinha. Para não se molharem, os meus cachorros ficavam presos na lavanderia qdo estava chovendo muito. Tudo certo, os pastéis sobre a pia da cozinha, o óleo esquentando sobre o fogão, os cães no canto deles, aquele temporal lá fora e eu sem paciência. Resolvi assistir um pouco de tv enquanto o óleo esquentava.
Só lembrei que o raio do fogo estava aceso meia hora depois. Fui correndo pra cozinha e, qdo cheguei lá, a 1ª coisa que pensei foi "ué, eu havia deixado a luz da lavanderia acesa". Qdo cheguei à porta foi que vi o estrago: uma labareda sobre a panela com uns 40cm de altura. De fato, a luz da lavanderia estava acesa, mas estava escondida atrás de pelo menos 1m de fumaça escura que se amontoava no teto. Enquanto isso, os cães com o cu na mão se espremiam sob o armário. Cheguei de longe, apaguei o fogo, peguei a panela com uma daquelas luvas térmicas pela pontinha do cabo e a coloquei no quintal no meio da chuva. Abri a janela pra sair a fumaça e liguei um ventilador pra ajudar. Os coitados dos cães ficaram enfiados debaixo do armário por mais um tempo até criarem coragem pra sair de lá.
Resultado: pedi uma pizza, assisti um filme e fui dormir.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Rio 40ºC
Vou me abster de comentar os acontecimentos recentes no Rio de Janeiro pq pessoas melhor qualificadas para tratar da questão da violência já se pronunciaram a respeito ou simplesmente se abstiveram por questões mais do que plausíveis e justificáveis. No entanto, a velha expressão popular de que “a arte imita a vida, que por sua vez imita a arte” me fez refletir sobre uma declaração do Capitão Nascimento: “Quando o arrego é magro, amigo, o amor acaba!”
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