Freqüentemente vemos novas bandas surgindo e com elas vem também a hipocrisia. Bandas que no início de tudo conversavam com todos a fim de se auto promoverem ou de conseguirem um favor junto a alguém que possa de alguma forma, por menor que seja, projetá-las ou ao menos citá-las. Quando chega o estrelato, ou uma simples menção numa revista, estas pessoas simplesmente viram a cara para quem “não interessa” (aqui se incluem as que não trabalham no meio musical) e empinam os narizes se achando os donos do mundo. Não citarei nomes, apenas exemplos, como determinado trio gaúcho, oriundo de Pelotas, ao enviar uma fita demo conseguiu que respeitada revista de Metal publicasse em suas páginas como sendo destaque da edição, junto com formas de contatá-los. (Ou contatá-las, no caso, já que o trio é de gurias). Outro exemplo é uma banda paulista que surgiu do nada ao estrelato, inclusive abrindo shows importantes no Estado de SP, cuja arrogância se manifesta nas palavras do guitarrista em entrevista dada à mesma revista. Infelizmente, não são apenas bandas brasileiras que agem desta forma, mas também bandas que fazem parte do mainstream internacional. Li várias vezes que fulano de banda tal é super gente-fina e conversa com todos na área vip ou no backstage. Claro que é super gente-fina, afinal está rodeado de pessoas que podem promover sua carreira, e não só de promotores das gravadoras, mas da imprensa também.
Será que eles agiriam da mesma forma se estivessem rodeados apenas de fãs? Os fãs, principais responsáveis pela fama alcançada, são justamente os que mais sofrem com a hipocrisia e arrogância de seus ídolos.
Felizmente para algumas pessoas isto não é regra geral e posso citar como exemplo duas bandas paulistas, as quais faço questão de citar nomes: Claustrofobia e Torture Squad! Vi o Castor (Torture Squad, baixista) pela Galeria do Rock na época que ele ainda trabalhava por lá conversando numa boa e de igual para igual com várias pessoas. Outro exemplo legal são os caras do Claustrofobia, com quem tive a oportunidade de trocar um ou dois e-mails há alguns anos atrás e mostraram-se muito gentis com os fãs. Tive a oportunidade de trocar umas idéias com o Marcus (Claustrofobia, vocal) num show que rolou em 2006 na cidade de Curitiba no “Thrash ´till Death Metal Fest” e vi que continuavam as mesmas pessoas acessíveis de sempre.
Daqui pra frente talvez a tendência seja piorar, mas espero que as bandas possam rever um pouco seus conceitos e passem a tratar a todos por igual, independente de serem conhecidos apenas no bairro onde nasceram ou fazerem parte do mainstream.
Há 10 anos
E o senhor, Mr. PI,tornar-se-á inacessível quando sua coluna no jornal fizer com que o número de visitas deste blog cresça astronomicamente???
ResponderExcluirB.D.Q