Sampa,
meia noite e uns quebrados.
Acabei
de chegar em casa. Asfalto molhado, ruas vazias. A garoa cai leve e fina,
ligeiramente inclinada, mas nem por isso o clima deixa de estar quente. Abro a
porta, acendo as luzes e vou para o meu quarto. Mexo em algumas coisas, noto
que outras estão fora do lugar.
Este
lugar, outrora tão acolhedor, parece agora frio e distante.
Fui
tomar um banho para tirar o suor e relaxar. Aquele banheiro não é mais o mesmo.
É o mesmo, mas ao mesmo tempo não é. Não é aquele banheiro que aqui deixei outrora.
Parece vazio e sem graça. Tudo está vazio e sem graça. A comida perdeu o gosto,
as flores perderam as cores...
De
repente vem o impulso para escrever. Não agüento mais o chuveiro quente.
Preciso escrever.
Enxugo-me
às pressas, volto para o quarto, coloco o pijama “padrão”, ligo o pc e começo a
desembuchar estas linhas.
A
janela escancarada, que é para ver a garoa cair. Os olhos, molhados. Não
de chuva e muito menos da água do chuveiro. De lágrimas.
Não
sei o que acontece comigo. Faz tempo que não me sinto assim.
Não
sei se deveria te contar isso pq não quero deixá-la preocupada, mas eu precisava
desabafar.
Saudades
de vc, da sua pele, do seu beijo, do seu cheiro.
Minha
memória de peixe registrou que vc gostou do blog, por isso......