sábado, 17 de setembro de 2011

Estrela do mar

Filmes de ação são os que mais me chamam a atenção. Às vezes, dependendo do meu humor, tbm pode rolar uns documentários, comédias, aventuras e até (pasmem!) filmes “mela-cueca”, aquelas romanticidades que a gente pensa que só existe na telinha. Aliás, essa palavra existe ou baixou o santo do Guimarães Rosa por um breve suspiro? Alguns filminhos “água-com-açúcar” são bons pra desacelerar, refletir e dar uma pausa na (iminente) violência urbana em que vivo, mas confesso que alguns deles são meio perturbadores. Explico. São tão perfeitinhos que, embora a arte imite a vida que imita a arte, parece uma obra de ficção, pura e simples.
A correria diária parece nos escravizar de tal forma que a única maneira de perpetuarmos nossa espécie é chegar chegando nas mulheres com as expressões mais ridículas possíveis visando apenas a cópula. E o pior de tudo é que elas caem nesse conto da carochinha.
Como tenho apenas uns 2 ou 3 leitores posso revelar alguns segredos sem medo de cair aos quatro ventos. Eis que eu não sei “chegar junto”, fazer o “approaching”, saca? Fico numa puta dúvida de como puxar papo, o que dizer naqueles primeiros 10 segundos antes que a guria me ache um idiota ou algo do tipo. E tudo isso pq meu pai não me ensinou a ser um cafajeste fdp, aquele que “come” uma no café, uma no almoço e duas na janta. Não que a culpa seja dele, não é isso! Ao mesmo tempo em que sou tímido, tbm respeito a mulher como ser humano e não apenas como um objeto. Sou adepto de uma boa conversa sobre assuntos diversos, sem aquela neura de mostrar o currículo nos primeiros minutos da conversa e tentar impressionar com números, tanto de feitos quanto da conta bancária. Pra mim, inteligência é afrodisíaco e só me chama atenção a guria que sabe prosear sem assuntos clichê e que vão muito além de Contigo, Caras, novela e frases feitas. Acho que nasci no século errado. Conhecer a guria hj e ela já estar dormindo na minha cama no mesmo dia ou, no máximo, no dia seguinte não é a minha praia. Eu gosto de cortejar, deixar as coisas acontecerem naturalmente.
Assisti outro dia a um desses filmes “mela-cueca” em que a moça levou um pé-na-bunda do namorado e está fazendo de tudo para voltar com ele. Um professor de biologia, querendo provar sua tese, topa ajuda-la na reconquista. Numa determinada parte do filme ela vai ao laboratório onde ele trabalha e encontra a “casca” (na verdade era um exoesqueleto) de uma estrela do mar e estava faltando uma das “pernas”. A guria achou que estivesse quebrada, ao que o professor explicou que a estrela do mar, quando se sente sozinha, solta uma das “pernas” para que esta forme um novo ser e passe a fazer companhia pra ela. Metaforicamente falando, claro, afinal como uma estrela pode se sentir sozinha?
Às vezes eu queria ser uma estrela do mar só para poder formar a “tampa da minha panela” a partir de um membro autoamputado e não mais passar pelo desgosto de criar expectativas acerca das gurias que só tiram onda (mesmo sem querer nada comigo não saem do meu pé) e quebrar a cara na sequência, de ser só mais um.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Besteirol

Nem lembro mais quando foi a última vez em que escrevi algo para rir, se é que alguma vez já o fiz. Receberei um pequeno grupo de amigos (amigas, na verdade) em minha casa no final do ano e, como não tenho espaço pra todo mundo, resolvi tirar sarro delas (pra não perder o costume).
Numa despretensiosa troca de e-mails eu disse que daria pra acomodar mais uma em minha cama se ela não se importasse em dividi-la comigo, ao que ela respondeu não se importar se não for “molestada” durante a noite.
Não poderia deixar por menos em minha réplica:

Esse negócio de “não molestar” durante o sono é complicado. Veja bem, no final do ano é beemmm provável que esteja fazendo aquele calorzão. Consequentemente o traje de dormir será o "pijama" de verão, que no meu caso é cueca samba-canção e camiseta. Dormir de conchinha em trajes confortáveis com uma bela moça favorecerá uma ereção involuntária que, sendo vc a compartilhar da minha cama, será sumariamente cutucada em suas partes posteriores. Esse cutuco, mesmo de leve, deixar-me-á inspirado a dar liberdade à minha mão boba que, diga-se de passagem, tem vida própria e independe de comandos meus. Resumindo, compartilhar o leito no verão será foda, literalmente falando.

Para o bom andamento das coisas e visando principalmente minha saúde, espero que os respectivos namorados delas não acompanhem o blog.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pátria que nos pariu!

Um dia desses, li pixado num muro: “Pq será que político não faz greve?”. Simples. Político não faz greve pq são eles mesmos que decidem seus aumentos salariais e verbas adicionais para melhorar suas condições de “trabalho”, o que no final das contas acaba indo parar em seus bolsos, mesmo que não contratem ninguém, não tenham despesas de gabinete, nem de viagens. Traduzindo em miúdos, tomam posse da grana sem fazer porra nenhuma mesmo.
Enquanto isso, servidores públicos municipais de SP fazem greve por reposição de perdas e não por reajustes salariais, uma vez que depende do orçamento público (segundo Irene Batista, presidente do sindicato dos servidores públicos). Aí nosso “querido” prefeito diz que o funcionário do serviço funerário está “se recusando a prestar seus serviços num momento difícil para outro ser humano”, conforme vídeo, como se ele estivesse preocupado. Aham, senta lá. Como diz o ditado, “no dos outros é refresco”.
Os políticos promovem discussões intermináveis e não chegam a consenso nenhum qdo o assunto é de interesse público, mas são capazes de resolver em meia hora seus reajustes salariais, aumentos de mordomias e absolvição de colegas corruptos, safados e afins. Eles estão lá para nos representarem e não servirem apenas a seus próprios interesses. Estamos num estado democrático de direito, certo? Então tomemos as rédeas da situação!
Os políticos honestos podem ficar para resolver os assuntos relativos ao interesse coletivo. Já todos os sem-vergonhas serão demitidos por justa causa (“funcionário” vagabundo tem que ir pra rua mesmo e sem nenhum direito - Aliás, isso me lembra de uma música do Gabriel Pensador, especificamente entre 0’35’’ até 0’53’’) e nós, o povo, resolveremos assuntos do interesse deles através de referendo, especialmente nos casos que envolver destino correto de verba pública e aumento salarial. Simples assim.
Caso a situação não se resolva eu serei coroado Imperador absoluto e acabarei com o ninho de cobras, enviando-os diretamente para a guilhotina. Ou para a forca, dependendo do meu humor. Falando sério agora, caros leitores, não podemos deixar a situação do jeito que está, como se fosse a casa da mãe Joana. Algo precisa ser feito antes que tudo vá pra pátria que nos pariu!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Born to be King



Comemorando o 65º aniversário de Freddie Mercury.