sexta-feira, 5 de abril de 2013

Casamento


Eu quero me casar. Talvez não no sentido literal da palavra, de papel passado, mas com certeza intento dividir a responsabilidade de administrar um lar com outra pessoa, afinal tudo o que tenho a conquistar na vida não terá o menor valor se não puder ser usufruído e compartilhado ao lado de quem amo. Só não o fiz ainda por não ter encontrado a pessoa certa.
Anos atrás um colega de trabalho perguntou o motivo de ainda não ter me casado, dado um ligeiro adianto de minha idade. Na ocasião ele tinha uns 20 e poucos anos e já estava casado há pelo menos 3, ou seja, deve ter se amarrado com uns 19 ou 20. Tudo bem, não o julgo, afinal casar cedo era meio que imposição da igreja que ele frequentava.
Voltando para o assunto, um amigo perguntou outro dia o que seria a “pessoa certa” e cogitou a possibilidade de ser um bocado difícil encontra-la dada minha pré-disposição para comentários ácidos.
Simples! A pessoa certa é alguém que valha a pena passar o resto dos meus dias ao seu lado, que me honre como marido, me permita o privilégio de ser pai de seus filhos e que me deixe todo arrepiado e de pau duro só de chegar perto. Quem me conhece sabe que gosto de conversar e para alguns assuntos sou um bocado radical, em outros nem tanto. 
Se a moça em questão não conseguir manter uma conversa interessante nem sustentar suas opiniões por menos de 5min não vale a pena continuar a prosa, consequentemente pode virar alvo de algum comentário ácido num piscar de olhos. O que, no final das contas, nem é uma perda significativa, pois, ao meu ver, inteligência é um afrodisíaco poderoso. A cabeça de baixo é escrava da de cima, e não o contrário.