A
faculdade é obrigada, por lei, a realizar exercício de evacuação do prédio em
caso de incêndio pelo menos uma vez por ano. O exercício deste ano foi na noite
da última sexta-feira. Antes de prosseguir, digo de passagem que a Instituição
só faz o que a lei a obriga, pois, ao contrário, sequer se preocuparia com o
detalhe de salvar seus clientes, digo, alunos, com vida.
Se
fosse numa situação real teríamos morrido todos queimados ou intoxicados, pois
os funcionários da brigada de incêndio estavam de braços cruzados "olhando
para o mundo", orientavam tudo errado (mandavam todos seguirem pelo
corredor apertado que afunila próximo da entrada frontal do prédio enquanto
outra saída lateral estava vazia e desobstruída), e os alunos que saíam na
frente ficavam parados no estacionamento empacando a passagem de quem vinha
atrás ao invés de saírem para a rua.
Esse
tipo de exercício deve ser feito de surpresa para que tenha os efeitos
desejados, mas sabíamos desde a sexta-feira passada (15/03) que o exercício
seria realizado ontem (22/03).
Fui
para a aula pq havia me esquecido deste detalhe. Alguns amigos/colegas mais
espertos (ou não) sequer apareceram, pois sabiam que seria uma palhaçada. Concordo
com eles sobre o circo, mas houve pelo menos um lado positivo disso tudo: estar
lá me propiciou conhecer os pontos falhos para tentar contorna-los em caso de
necessidade real ou, na pior das hipóteses, saber quem pisotear primeiro para
sair de lá com vida. Se é para fazer, então que seja feito de maneira
correta. Lamentável.