sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Escrivinhadores

Ao experimentar um texto que me agrada eu tendo (“tenho tendência a”) a querer ler outras coisas do mesmo autor, mesmo que o estilo do texto mude completamente. Tbm tenho a curiosidade de conhecer quem escreve, seja por entrevista falada ou escrita e, se possível, num bate papo ao vivo. A professora de Português da 8ª série “recomendou” a leitura de um livro. Lembro que adorei o tal livro e, por isso, o nome do autor ficou marcado em minha memória. Naquela época eu ainda não tinha tão desenvolvido o hábito da leitura e tbm não tinha a menor ideia e/ou intenção de me formar em Jornalismo. Mas enfim, o tempo foi passando e anos depois me deparei com um conto erótico deste mesmo autor. A princípio não me animei muito a ler pq não sou fã deste tipo de leitura, mas como ele já havia me marcado de forma positiva resolvi dar-lhe uma colher de chá e sua narrativa me prendeu do início ao fim.
Numa outra ocasião e com o hábito de leitura apurado, costumava ler semanalmente a coluna do Fulano (que não tem nada a ver com o livro da 8ª série) em uma revista de direita e de qualidade duvidosa (em termos de manipulação de opinião pública). Apesar do tom egocêntrico dele, eu continuava lendo. Numa das edições, ele começou a coluna direto ao assunto: “Eu fiz um filme” e depois discorreu sobre a produção, dizendo que era o máximo, que era foda, que os críticos não manjam de merda nenhuma e que os outros diretores são fichinha perto dele. Não exatamente com essas palavras e nem desse jeito, mas foi isso o que ele disse. O tal filme, pra mim, não cheirou e nem fedeu, tanto é que nem perdi meu tempo assistindo. Acho que para os críticos tbm não, pois algumas semanas depois ele foi entrevistado no programa do Jô. Naquela época eu fazia cursinho à noite e estava desempregado, consequentemente não tinha que levantar cedo no dia seguinte. Mesmo morrendo de sono resolvi assistir a tal entrevista só para saciar minha velha curiosidade e conhecer melhor aquele colunista cujo centro do universo era o próprio umbigo (chegava a ser pior que o mais insuportável dos argentinos). Não sei se ele não havia pensado em nada melhor para dizer ou se era apenas um golpe de marketing para promover o filme, pois a entrevista foi basicamente a mesma ladainha que já havia escrito anteriormente. Inclusive, começou do mesmo jeito: “Eu fiz um filme”. O Fulano, pra mim, morreu naquele dia. Houve ocasiões em que começava a ler um texto qualquer e pensava: “Nossa, isso tá com cara de Fulano. Deixa eu ver quem assinou”. Batata: ele mesmo. Parava de ler no ato. Vai ser chato assim no quinto dos infernos.
Outro autor que me marcou bastante foi um jornalista carioca que é como “a menina dos olhos” para a profª de Teorias da Comunicação e tido como uma das maiores autoridades no assunto. A Universidade em que estudava sediou o Intercom, um congresso na área de comunicação, e o tal jornalista estava lá participando de uma mesa redonda. Meus olhos brilharam qdo vi o nome dele na lista dos convidados pq finalmente poderia conhecer de perto o heroi da profª e, de certa forma o meu tbm, afinal já havia lido uns 2 livros dele (por imposição da profª – o seminário do tal livro valia 30% da nota do bimestre). Como sou um cara que odeia acordar cedo acabei perdendo o evento. Tudo bem, afinal no mês seguinte ele reapareceu na Universidade como palestrante (implicitamente um golpe de marketing para promover o lançamento de seu mais recente romance). Dessa vez eu não perdi e fui assisti-lo de perto. A comunidade jornalística da facu estava em polvorosa, afinal não é todo dia que se tem acesso a alguém do nível acadêmico e profissional dele. Mas foi só abrir a boca na tal da palestra para tudo vir a baixo, pelo menos para mim. Lembrei do tal colunista egocêntrico e hj passo longe dos textos dele.
Agora eu me atenho apenas a ler o que as pessoas escrevem, sem querer conhece-las e/ou entende-las para não correr o risco de me decepcionar. Mas confesso que me surpreendo às vezes.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Futuro

O desconhecido me aterroriza, mas sei que há coisas boas me aguardando nessa nova estrada que decidi traçar. Talvez algumas frustrações também, e a maior delas é saber o quanto sentirei falta de vocês, tranqueirinhas.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Calçudos

Sem dúvida alguma, um dos pontos negativos da capital paranaense. Um “calçudo” é basicamente alguém (ou alguma “coisa”, dependendo do caso) que usa roupas enormes, com o triplo ou mais do tamanho que um cidadão usaria numa vestimenta comum adequada ao seu corpo, normalmente em tons rosa bebê e/ou azul céu e boné de aba reta no mesmo tom das roupas. As calças (ou bermudas), por sua vez, são grandes, largas e tão caídas que o fundilho fica na altura dos joelhos e a metade da bunda do fulano ficaria exposta se não fosse a cueca para cobri-la. Utilizam tênis que parece um transatlântico no pé e possuem diversos piercings do tipo “transversal” coloridos em cores aberrativas e espalhados pelo rosto, queixo, orelhas, nariz e língua. A maioria é do tipo magrelo de canela fina, acentuada pelo tamanho da bermuda e pela largura dos tênis. Esse foi um esboço de exemplar do sexo masculino. Também existem variações para o sexo feminino que não me atrevo a tentar descrever por ser bizarro demais, quase a visão do inferno. Como será que conseguem caminhar com aquelas roupas prendendo o movimento das pernas? A falta de mobilidade deve ser semelhante à das evangélicas com aquelas saias quase justas e que vão até os pés. Mas enfim, minha vontade qdo os vejo é deita-los numa cadeira de dentista, amarrar suas mãos, pés, cintura e cabeça com silvertape e arrancar aquele monte de piercings com um alicate.
Depois de conhece-los fisicamente, vamos para o lado comportamental. Calçudo só anda em grupo e são oriundos da periferia da cidade e municípios adjacentes. Já aprontaram tanto por aí (continuam aprontando) e estão tão marcados que devem borrar as calças só de pensarem na possibilidade de saírem sozinhos de casa.

Para não criar um mal entendido, deixemos claro que o simples fato de virem da periferia não constitui estereótipo de vagabundagem, mas sim suas atitudes. Continuando, os grupos andam pelas ruas com o famoso “tubão” nas mãos (refrigerante misturado com bebida alcoólica), enchendo a cara e procurando confusão. Não apenas à tarde ou à noite. São vistos nesta condição em qualquer momento do dia, inclusive durante a semana. A situação piora nos finais de semana, principalmente aos domingos, qdo a passagem de ônibus fica abaixo da metade dos outros dias. Em não raras vezes já presenciei atos de vandalismo, grupos rivais brigando pelas ruas e em outras várias já li sobre arrastões feitos pelo centro.
Não precisamos ir muito longe para encontrar exemplos: na semana passada, a RPC TV exibiu uma reportagem com imagens do circuito interno de tv sobre um grupo pixando a fachada de vidro do Memorial Curitibano no Largo da Ordem. Nem preciso dizer quem foi, né? Uma outra reportagem no mês de janeiro, desta vez exibida tbm pelo Jornal Nacional, mostrou a “brutalidade” policial em abordagem a um grupo de calçudos num município vizinho a Curitiba. Não vou entrar no mérito da questão se houve excesso ou não por parte da polícia. Se estão lá, quietinhos na deles, pode crer que estão maquinando algo. E coisa boa não é.
Preconceituoso, eu? Não, não. Escrevo o que vejo.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Rock na Veia



Dessa "droga" eu injeto tudo e até cair.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Reflexos

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Aposentadoria

Não sou fã de futebol. Nunca fui. Até tentei gostar, mas é algo que não me desce pela garganta. Primeiro pelo fanatismo que o esporte desperta nas pessoas e as faz perder a razão e o controle da situação em não raras vezes (como foram os atos de vandalismo no estacionamento do Corinthians após a eliminação na Libertadores e por torcedores do Palmeiras num prédio, ambos em São Paulo – só para citar casos recentes). E segundo pelo absurdo que é ver estes jogadores “estrela” ganharem milhões sem ao menos saberem falar direito o próprio idioma. Diante disso não poderia deixar passar em branco essa aposentadoria precoce com um sonoro “Já foi tarde!”.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Vontades

“Pela ignorância, por se meter em assuntos que não lhe dizem respeito, por ser um borra botas que não admite seus erros mesmo qdo todas as evidências o apontam como participante”.
“Por semear a discórdia em assuntos que seu antecessor apaziguou”.
“Pelos crimes contra a humanidade, pelo despreparo evidente em exercer suas funções e por semear a discórdia e a guerra entre os povos em decorrência de seu próprio egocentrismo e ignorância”.

Talvez tenha sido isso o que o artista pensou enquanto desenhava.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Paquera

Uns dois anos depois daquele piá de prédio lazarento ter tirado onda da minha cara, conforme já contado aqui, uma guria ligou em casa querendo falar comigo. Como eu mesmo havia atendido ao fone, me identifiquei e,cordialmente, perguntei o que ela desejava. O papo foi rápido e parecia uma tentativa de diálogo entre dois chapados. A guria disse que me conhecia de vista, que a tia dela morava perto da minha casa, que era minha admiradora secreta e estava ligando para me paquerar. “Ah, só. Legal”, falei. Depois perguntei o nome dela, já imaginando que “M” estava por trás daquilo. Como ela se recusou a dizer o nome, já meio que cortei o assunto, me despedi e desliguei. Ela voltou a ligar mais algumas vezes nos dias que se passaram, mas o papo não evoluiu muito além do que eu já contei, em parte por não acreditar que aquilo era de verdade (por continuar desconfiado com o “M”) e por ela se recusar a dizer quem era. Pow, eu já havia tomado altos foras até aquela altura do campeonato e era legal ter uma admiradora secreta com grandes chances de virar namorada. Bastava apenas me dizer o nome e quem era a tal tia. Coisas básicas para espantar minhas desconfianças e ganhar algum crédito comigo, afinal é lógico e óbvio não dar trela pra qualquer xarope que telefona dizendo ser “admiradora secreta”. É cada uma que aparece!
Passado algum tempo ela ligou novamente com um papo de que eu só saberia quem era ela se topasse encontra-la num Shopping da Zona Norte de Sampa naquele mesmo dia. Até aí, tudo bem. Afinal ficava perto de casa, era um local público com bastante gente e naquela época era mais seguro, de certa forma, encontrar desconhecidos (mesmo pq ainda não existia internet, pelo menos não para os cidadãos comuns). Novamente insisti para me dizer o nome dela e da tia (por causa da velha desconfiança) e mais uma vez ela se recusou. E eu, claro, nem me abalei pra ir ao Shopping. Resultado: por um lado, ela perdeu uma ótima oportunidade de namorar um cara legal (Convencido!) por ser cabeça dura e não se identificar. Por outro lado, eu perdi uma possível namorada. Às vezes lembro do episódio e fico curioso pra saber quem era, mas nem perco meu sono por causa disso.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cineminha


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Caminhos de São Paulo 2

A segunda parte da aventura será pelo marco zero da cidade, a famosa Praça da Sé; pelo Mercado Municipal; pela Avenida Paulista, todos conhecidos cartões postais da capital, exceto pelo fato de que apenas a Paulista é antigo reduto dos barões do café; entre outros. É na Sé que está a Catedral Metropolitana Paulista, ou simplesmente Catedral da Sé. Não vou entrar no mérito da questão religiosa, mesmo porque eu não sou católico. De qualquer forma, visitar as dependências da Catedral vale a visita não só pelo conteúdo arquitetônico de estilo gótico, mas também pela atmosfera interessante do lugar e pelo enorme órgão logo atrás do altar. Não sei precisar ao certo, mas o órgão tem alguns andares de altura. Um ambiente fantástico. Embora o marco zero da cidade seja a praça da Sé, a vila de São Paulo teve sua fundação no Pátio do Colégio.
[Caterdral da Sé vista do mirante do Banespa, parte da praça da Sé e Palácio de Justiça ao centro]
Aproveitando a proximidade, outras igrejinhas menores que valem a visita são as do Largo São Francisco, onde se encontra a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Foi nessa Faculdade, outrora conhecida apenas por Faculdade de Direito do Largo São Francisco, que alguns dos famosos poetas do movimento conhecido como Romantismo se formaram, como é o caso de Castro Alves, Fagundes Varella e Álvares de Azevedo. [Arcadas do pátio interno da Faculdade de Direito]

Hora do almoço chegando, não há como não pensar nos tradicionais sanduíches de mortadela ou nos pastéis do Mercado Municipal, onde há de tudo um pouco, de todos os cantos do mundo, logo ao lado da Rua 25 de Março. O Mercado sofreu uma grande reforma em 2005 para recuperação da fachada e reformulação das instalações internas. Atrativos é o que não faltam, que vão desde o colorido dos vitrais, totalmente restaurados, até ao novo mezanino, construído especialmente para abrigar restaurantes de pratos típicos e tradicionais. [Pastel de Palmito com Queijo]

Apenas um dia é insuficiente para degustar todas as delícias que o Mercado tem a oferecer. Se você estiver na capital a passeio, recomendo os pastéis das bancas no piso térreo, mas se você for morador desta cidade cosmopolita continuo recomendando os pastéis, porém há a possibilidade de retornar no próximo final de semana para degustar um dos pratos dos restaurantes ou o sanduíche de mortadela. Eu particularmente prefiro as iguarias árabes de um dos restaurantes do mezanino ao invés do sanduíche. Em qualquer um dos casos, o local virou ponto de referência de boa gastronomia e recomendo chegar cedo para conseguir uma mesa.

[Mercadão visto do mezanino e vitral ao fundo]

Deixando as ruas sujas e empoeiradas do centro para trás, vamos de Metrô rumo à Avenida Paulista, local onde moravam as tradicionais famílias em suas mansões e continua sendo hoje o metro quadrado mais caro da América Latina. Depois que o local deixou de ser moradia das famílias mais abastadas e tornou-se cobiçado ponto comercial de empresas nacionais e estrangeiras, um novo projeto arquitetônico se fez necessário. Única avenida do país a ter cabeamento elétrico subterrâneo (idêntico às maiores cidades dos países desenvolvidos), o projeto original era o de um boulevard e destinava a superfície a um grande calçadão para tráfego de pedestres e túneis subterrâneos destinados ao trânsito de veículos. Como bem sabemos, o tal projeto não foi levado a cabo e o local continua como uma avenida comum, onde carros e pedestres dividem o mesmo espaço. Claro, cada um no seu local apropriado. Os tais túneis continuaram lá por um bom tempo até que foram aproveitados para abrigar uma parte da linha 4 verde do Metrô.

[Continua...]

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mulheres que mexem com minha(s) cabeça(s) 3

[Fernanda Souza]

Nem precisa dizer pq, né?