segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Vagabunda?

Não lembro exatamente qdo foi. Acho que há umas duas semanas.
Estava no terminal já havia longos 30 minutos, esperando o busão pra voltar pra casa, qdo resolvi me virar para procurar algum conhecido na fila. Foi nesse momento que vi umas das criaturas mais lindas do mundo. Ela vestia uma calça jeans bem justa e de cintura super baixa, sapatos de salto alto, de uma cor púrpura que não sei definir ao certo e uma blusa branca de manga curta, com um decote discreto. Creio que se o ambiente estivesse mais iluminado talvez até fosse possível ver um ou dois pêlos pubianos, de tão baixa que era a cintura da calça. Ela possui quadril largo e seios pequenos, completamente o oposto do que me atrai, mas o engraçado é que mesmo assim me senti atraído por ela, de uma maneira diferente que ia além da barreira física. Os olhos eram brilhantes e hipnotizantes.
O busão chegou e, como já era de se esperar, estava lotado. Desceu uma galera no terminal e entrou o dobro daquilo. Eu no meio. A sorte foi que consegui um lugar pra sentar do lado esquerdo do coletivo. Dei uma olhada ao redor para o acaso de haver algum idoso ou deficiente precisando do assento e foi nesse momento que a vi de pé do lado direito. Logo em seguida um careca encostou nela de forma indiscreta (falando o português claro, encoxando mesmo). Ok, o busão estava cheio pra burro e eu, apesar de sentado, estava me sentindo como arroz de sushi. Imagino que estivesse um pouco pior para os que estavam de pé e, apesar de desconfortáveis, esses encoxamentos esporádicos são um pouco complicados de se evitar, mas nada impossíveis (depende muito da boa vontade do cidadão).
(Vou abrir aqui um parêntese rápido pra falar a respeito desse detalhe. Qdo estou de pé num busão cheio pra burro eu não fico encoxando a mulherada por uma questão de princípios: ela deve ser esposa, namorada, mãe ou irmã de alguém e, da mesma maneira que não quero que façam isso com as mulheres da minha família, eu não farei com as mulheres da família dos outros).
Voltando, o busão chegou ao terminal em que eu iria descer. Ainda estava sentado qdo a vi chegar até a porta para também desembarcar (a porta ficava bem na frente de onde eu estava sentado – sim, esse ônibus em questão tem as portas do lado esquerdo) qdo o tal careca voltou a encoxa-la de forma indiscreta. Notei que ele é casado pela aliança dourada na mão esquerda. Fiquei curioso a respeito e não vi anel nenhum nas mãos dela, ou seja, eles não eram casados e nem namorados. Ela deu um passo à frente para se aproximar mais da porta e notei que o careca abençoado (para não dizer filho de uma cadela sarnenta), que estava com o membro rijo, encostou novamente na moça.
Agora eu pergunto: pq ela não gritou? Pq não esboçou nenhum tipo de reação àquilo? Seria só questão dela abrir a boca para reclamar e tenho certeza de que apareceriam pelo menos dois caras para dar um tranco no folgado. Meu sangue estava fervendo, só esperando por uma reação dela pra ir pra cima do careca.
Qdo desembarcamos no terminal eu me vi hipnotizado, de punhos cerrados, indo atrás dele para enfiar-lhe a mão no focinho. Ela já havia sumido, confirmando minha suspeita de que não tinha nada com o lazarento.
Foi nesse momento que eu me dei conta da situação. Vou falar o que pra ele se ela foi assediada e não falou nada? Que direito eu tenho de tomar as dores se ela não reclamou? Das duas, uma. Ou ela estava com medo e/ou vergonha de reclamar ou é uma vagabunda que estava mesmo gostando daquilo. Quero acreditar que foi a 1ª opção.

Um comentário:

  1. Acho que a dita cuja andou lendo o blog.
    A vi no terminal duas vezes essa semana e ela estava com roupas beemmm mais comportadas do que as da ocasião que me "inspirou" a escrever o post.

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