sábado, 30 de novembro de 2013

Um sábado qualquer



Sampa, meia noite e uns quebrados.
Acabei de chegar em casa. Asfalto molhado, ruas vazias. A garoa cai leve e fina, ligeiramente inclinada, mas nem por isso o clima deixa de estar quente. Abro a porta, acendo as luzes e vou para o meu quarto. Mexo em algumas coisas, noto que outras estão fora do lugar.
Este lugar, outrora tão acolhedor, parece agora frio e distante.
Fui tomar um banho para tirar o suor e relaxar. Aquele banheiro não é mais o mesmo. É o mesmo, mas ao mesmo tempo não é. Não é aquele banheiro que aqui deixei outrora. Parece vazio e sem graça. Tudo está vazio e sem graça. A comida perdeu o gosto, as flores perderam as cores...
De repente vem o impulso para escrever. Não agüento mais o chuveiro quente. Preciso escrever.
Enxugo-me às pressas, volto para o quarto, coloco o pijama “padrão”, ligo o pc e começo a desembuchar estas linhas.
A janela escancarada, que é para ver a garoa cair. Os olhos, molhados. Não de chuva e muito menos da água do chuveiro. De lágrimas.
Não sei o que acontece comigo. Faz tempo que não me sinto assim.
Não sei se deveria te contar isso pq não quero deixá-la preocupada, mas eu precisava desabafar.
Saudades de vc, da sua pele, do seu beijo, do seu cheiro.

Minha memória de peixe registrou que vc gostou do blog, por isso......